terça-feira, 6 de setembro de 2011

PSENSEC06 - As doenças e cuidados exclusivos dos meninos #saúde

PSE NSEC06
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As doenças e cuidados exclusivos dos meninos #saúde:

Pode parecer complicado ser mãe de menino e ter que cuidar de um corpinho totalmente diferente do seu. Conheça as principais doenças que só os meninos têm e os passos básicos para tratá-las.


(Por Paula Montefusco, filha de Regina e Antonio. Revista Pais e Filhos de agosto/2011)


 



 


Toda mãe sabe que de início parece simples cuidar da higienização do corpinho de seus meninos, mas devagar surgem dúvidas, curiosidades sobre certo e errado ou até mesmo a insegurança no manuseio e cuidado diário. Nada que nenhuma de nós não tire de letra usando a sensibilidade, respeito pelo corpo do filho (necessário em ambos os sexos) e claro, conversas com o pediatra, pois estas podem eliminar pequenas dúvidas e problemas e, devem ser feitas, ainda que possam parecer bobagens aos olhos de alguns.


Focada nestes cuidados particulares que o corpo dos meninos exige e que, invariavelmente, nos estimulam a ser o mais cuidadosos possível, li uma reportagem da revista Pais e Filhos, edição de agosto de 2011 e, achei muito interessante o resumo de informações acerca das doenças e probleminhas típicos do sexo masculino.


Transcrevo parte do conteúdo abaixo e reforço o quanto devemos estar atentos a sintomas como a dificuldade para urinar, o xixi feito em “doses homeopáticas”, a dificuldade para um desfralde completo e especialmente, as infecções urinárias de repetição como uretrites e cistites.


Meu pequeno operou a fimose, eliminando o excesso de pele do prepúcio e, cá entre nós, estamos vendo como é delicada a recuperação, embora graças, estejamos progredindo a olhos vistos com um guri quase 100% apenas 4 dias após a cirurgia. Mil e um comentários, muitas histórias sobre dor, cuidados, fragilidade, muita preparação para algo maior, mas por sorte, estamos ótimos, curtindo muito os dias de brincadeiras forçadas…


Mas, vamos lá!



Fimose


Todo mundo já ouviu falar, mas muita gente não sabe direito o que é. A doença se manifesta quando o prepúcio, ou a chamada “pelinha” do pênis, tem uma abertura estreita demais e não deixa a glande, ou a “cabecinha”, sair, o que pode resultar em infecção urinária. Em recém-nascidos, é comum essa abertura ser meio “fechadinha”, já que o prepúcio ainda está se formando, mas com o passar do tempo, a situação deve se normalizar. A fimose pode ser diagnosticada mesmo por volta dos 3 anos. Nessa idade, cerca de 10% dos meninos descobrem ter a doença. O tratamento pode ser feito com aplicação de pomada de corticoide por dois meses e, dependendo da gravidade do caso, com uma cirurgia que remove uma parte do prepúcio.


A parafimose é uma situação similar à fimose. Nela, o prepúcio pode ser retraído, mas não consegue voltar ao lugar, formando um anel que “estrangula” a cabeça do pênis, como uma gravata bem apertada, interrompendo o fluxo sanguíneo e podendo até gangrenar. Esses casos devem ser resolvidos rapidamente. O médico vai priorizar o tratamento clínico, com aplicação de pomada no local. Caso esse tratamento não funcione, a cirurgia é indicada. Como é uma coisa relativamente simples, não exige internação e o risco de complicações é pequeno.


Infecção urinária


As modalidades da infecção urinária do trato baixo, ou seja, ali nos “países baixos” mesmo, mais comuns são a cistite, inflamação da bexiga, causada principalmente pela ação de bactérias, e a uretrite, inflamação da uretra, que é o canal que leva o xixi da bexiga até o meio externo. Os principais sintomas delas são febre baixa e dificuldade de urinar.


A ocorrência é de 60 a 70% entre meninos de 0 a 4 anos. Apesar de acontecer com bastante frequência com os meninos, as infecções urinárias são mais comuns entre as meninas.


Já as infecções do trato alto são mais graves porque atingem os rins e podem levar à insuficiência renal. Os sintomas mais característicos são febre alta e dor na região lombar – na parte de baixo das costas. Os casos afetam 5% dos meninos e representam 20 a 30% dos casos de infecção urinária.


Disfunções miccionais


São alterações do funcionamento da bexiga, como incontinência urinária, o aumento da freqüência das urinas sem necessariamente apresentar infecção urinária. Essas são alterações do mecanismo da micção, não tem nada a ver com manifestações de trauma psicológico. Os meninos têm mais chances de ter esse tipo de problema, que ocorre com 5% deles.


Daltonismo


Mais uma doença ligada ao cromossomo X. Pessoas que têm daltonismo não conseguem identificar as cores verde e vermelho. Para elas, essas cores são vistas como tons de cinza e as outras cores como azul e amarelo são vistas normalmente.


Circuncisão, fazer ou não fazer?


A circuncisão é um procedimento de ordem médica, religiosa ou cultural em que o prepúcio do pênis do recém-nascido é removido cirurgicamente. Ela pode ser feita em um ambiente hospitalar por médicos ou em uma cerimônia por uma pessoa qualificada. A prática é comum entre judeus e muçulmanos – na cultura judaica a cerimônia ocorre no oitavo dia de vida da criança.


Cada família deve decidir, baseado em suas crenças religiosas e culturais, no bom senso e em uma conversa com o pediatra se deve fazer a circuncisão ou não. A vantagem é que meninos circuncidados não sofrem de fimose. A desvantagem, porém, é que a criança fica com uma ferida exposta a urina e fezes da fralda, abrindo as portas do organismo para uma infecção. Portanto, o cuidado com a higiene deve ser reforçado.


A remoção parcial ou total do prepúcio é medicamente recomendada quando há o estrangulamento da glande por um anel fibroso, quando há infecções urinárias de repetição ou inflamações recorrentes do local. Lembrando que, em crianças pequenas, em algumas situações, é possível fazer o tratamento apenas com medicamento sem ter que recorrer à cirurgia.


Para saber mais



Criando Meninos, de Steve Biddulph

Discute as principais questões sobre ser um menino desde o nascimento até a vida aulta.

Editora Fundamento R$39,40


* Sobre este livro eu mesma já postei referências aqui*


 



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