segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Monet: VISTAS DA CATEDRAL DE ROUEN – LuDiasBH

http://www.almacarioca.net/
Monet: VISTAS DA CATEDRAL DE ROUEN – LuDiasBH:

mon11a mon11b mon11c


mon11d mon11e mon11f


Todos os dias eu capto e me surpreendo como alguma coisa que ainda não tinha sabido ver. Que difícil de fazer é essa catedral! Quanto mais avanço, mais me fatiga restituir o que sinto; eu me digo que aquele que diz ter terminado uma tela é um terrível orgulhoso. (Monet)


Monet fez vários quadros paisagísticos em que inseriu igrejas e catedrais. Mas nessa série, ele pegou como tema único a Catedral de Rouen. Foram pintadas cerca de trinta telas, onde reproduz o jogo de luz e as inúmeras mudanças na atmosfera, em vários momentos do dia, através da fachada da catedral. Aqui, o tema central não é a catedral, pois sua arquitetura é quase imperceptível, mas a variação da luz sobre sua fachada em diversos momentos do dia. Essa série é famosa no mundo inteiro.


O pintor chegou a duvidar de sua capacidade de poder transferir para a tela as diferentes mudanças cromáticas, ao pintar a Catedral de Rouen em diferentes momentos. Ele desabafou dizendo que “tudo muda, inclusive a pedra”.


Para pintar os inúmeros quadros da série, Monet submeteu-se a um grande número de sessões, indiferentemente da hora do dia e do tempo. Ele pintou sob o sol, sob a névoa, ao amanhecer, ao entardecer… O método empregado era a substituição de telas, de acordo com as variações da luz. Ele trabalhou no tema em dois períodos distintos, em que houve um intervalo de cerca de um ano. Antes de iniciar a sua pintura, ele estudou a construção e os efeitos luminosos. O seu ateliê foi montado de frente para a catedral.


De um total de trinta telas da Catedral de Rouen, apresentada como se fosse imaterial, foram expostas vinte em 1894. Na época, o jornalista Georges Clemenceau, que viria a ser primeiro-ministro da França e também responsável pela doação das Ninfeias ao Estado francês, mostrou a sua preocupação no sentido que as telas viessem a ser vendidas separadamente, pois, para ele, todo o bloco constituía um único trabalho, ou seja, uma única obra dividida em vinte sequências.


Artistas e críticos acolheram muito bem essa série de Monet, pois se tratava de um grande acontecimento. Pois, como escreveu Georges Clemenceu, tratava-se de “uma forma nova de olhar, de sentir, de expressar uma revolução”. Tanto é que artistas como Picasso, Braque ou Lichtenstein viram essa série de pinturas sobre a Catedral de Rouen como “de importância fundamental na história da arte”, pois “obrigaria gerações inteiras a mudar suas concepções”.


Obs.: A primeira gravura trata-se da reprodução de uma foto da catedral.


Fontes de Pesquisa:


Claude Monet/ Coleção Folha


Grandes Mestres da Pintura/ Editora Abril


Monet/ Editora Taschen


Monet/ Editora Girassol


Nenhum comentário:

Postar um comentário