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São Paulo tem análise própria, mas avalia apenas 3 produtos: São Paulo foi o único Estado brasileiro que não quis participar do levantamento de resíduos de agrotóxicos conduzido pela Anvisa em 2010 e divulgado ontem.
A avaliação existe desde 2001. O Estado paulista colaborou apenas com a pesquisa feita em 2009 e publicada no ano passado, diz a Anvisa.
A secretaria de Estado da Saúde afirma que não entrou no programa porque já faz suas próprias análises de amostras colhidas no comércio e que esses dados são divulgados em seu site e colocados à disposição da Anvisa.
O programa paulista avalia, no entanto, apenas três produtos arroz, feijão e laranja, contra os 18 analisados pela Anvisa.
São Paulo está entre os quatro maiores produtores de morango, um dos alimentos que apresentaram mais problemas no relatório da Anvisa. Em todo o Brasil, são produzidas 133 mil toneladas do produto a cada ano.
Apenas na Ceagesp (entreposto de produtos agrícolas do Estado de São Paulo) são comercializadas 10 mil toneladas de morango. Esse número não inclui, por exemplo, o que é vendido nas grandes redes de supermercados do Estado, já que esses estabelecimentos compram diretamente do produtor.
METODOLOGIA
O estudo da Anvisa é feito com a ajuda da Vigilância Sanitária dos Estados e do DF. A Anvisa paga os custos do envio das amostras e envia o material para ser analisado em laboratórios.
Os Estados colhem seis amostras de cada produto pesquisado, para que as análises sejam padronizadas. O total de amostras coletadas foi de 2.488.
Segundo a Anvisa, a escolha das culturas se baseou nos dados de consumo do IBGE, na disponibilidade desses alimentos nos supermercados nos diferentes Estados e na intensidade do uso de agrotóxicos nessas culturas.
O procedimento é semelhante ao que ocorre nos EUA e em alguns países da Europa. A coleta é feita no mesmo lugar em que as pessoas compram os produtos, para que seja analisado o mesmo alimento que chega até a mesa dos consumidores.
Segundo a Anvisa, essas ações têm caráter de orientação: permitem que os supermercados conheçam a qualidade dos alimentos que adquirem dos fornecedores e orienta ações de fiscalização, que são regionalizadas os órgãos municipais e estaduais de saúde, meio ambiente e agricultura se dividem para tentar evitar excessos no uso de agrotóxicos nas lavouras.
SUPERMERCADOS
Para o diretor da Anvisa, José Agenor Álvares da Silva, os supermercados têm papel importante no controle do uso de agrotóxicos. A rede varejista deve dar orientação agronômica a seus fornecedores.
O diretor da Anvisa afirma que, desde 2009, existem um programa de cooperação entre a agência e supermercados que têm como objetivo diminuir os resíduos de agrotóxicos nos alimentos.
A agricultura é o elo mais fraco dessa cadeia, especialmente as pequenas culturas. É preciso haver uma orientação maior, diz ele.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1017708-sao-paulo-tem-analise-propria-mas-avalia-apenas-3-produtos.shtml
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