segunda-feira, 26 de março de 2012

Diagnóstico precoce é fundamental para normalizar crescimento infantil

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Repassando

Diagnóstico precoce é fundamental para normalizar crescimento infantil:

Desde o nascimento, os pais devem levar os filhos ao pediatra e registrar a altura da criança no gráfico de crescimento Foto: Corbis
Todo indivíduo nasce com um potencial genético de crescimento, que pode ou não ser atingido. Para que toda criança alcance a estatura máxima, os pais devem estar atentos para o desenvolvimento dos filhos. A endocrinologista pediátrica do Hospital Federal dos Servidores do Estado, Maria Cristina Mopurgo, afirma que somente com diagnóstico precoce é possível normalizar o crescimento infantil. Para casos que necessitem de tratamento, é recomendado iniciá-lo até os 5 anos de idade. Aos 15 anos, já não há mais o que ser feito.
De acordo com a especialista, desde o nascimento, os pais devem levar os filhos ao pediatra e registrar a altura da criança no gráfico de crescimento. “Com isso, logo irão descobrir se a estatura está normal para a idade. É importante também comparar o tamanho da garotada na escola. Percebendo que a altura está abaixo do esperado, é recomendado levar a criança a um especialista para avaliação”, afirma.
Maria Cristina Mopurgo afirma que o hormônio responsável pelo crescimento é a somatropina, produzido pela glândula hipófise. “Antes da puberdade, ocorre o avanço da idade óssea, que promove a interrupção do desenvolvimento dos ossos. Depois disso, os hormônios não tem mais como agir. É por isso que o tratamento hormonal deve ser feito desde cedo”, explica. Doenças reumatológicas, artrite, anemia e asma aguda são algumas das que podem interferir no processo de crescimento, assim como uso de medicamentos com corticoides.
Se for detectada na criança a necessidade de tratamento hormonal, ela deve ser encaminhada a um endocrinologista pediátrico, que vai estudar o histórico familiar. Caso os pais tenham baixa estatura, é normal que a criança também não fique tão alta. O especialista vai usar uma fórmula para calcular o tamanho da criança e descobrir se ela está dentro do alvo genético, que é baseado na estatura dos pais.
Esse tratamento é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) há mais de 10 anos. Basta procurar uma unidade de saúde e pedir encaminhamento para um endocrinologista pediátrico. Para ter acesso ao atendimento, a criança deve ser matriculada no serviço público e estar dentro dos critérios que a secretaria de saúde exige, além de apresentar todos os exames necessários. Então, é feito um relatório e encaminhado para a farmácia do SUS, que vai fornecer o medicamento gratuitamente.
Perigo – Alguns pais querem que os filhos sejam mais altos e procuram pelo tratamento hormonal, mas, de acordo com Maria Cristina Mopurgo, essa é uma medida imprudente caso a criança não necessite realmente da ajuda. “O tratamento não é totalmente isento de alguns efeitos colaterais nesses casos. Em famílias com histórico de câncer, o medicamento pode causar predisposição ao surgimento de tumores, ou desencadear um quadro de diabetes, por exemplo. Por isso, se a criança tem estatura normal ou é mais baixa somente por fatores genéticos, o tratamento hormonal é extremamente contra-indicado”, completa.
Fonte: Samuel Bessa/ Agência Saúde

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