sábado, 9 de junho de 2012

MINISTÉRIO DA SAÚDE - Dia Nacional de Imunização: saiba mais sobre o calendário de vacinação

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Para cada faixa etária, um calendário diferente. | Foto: Corbis
Hoje é o Dia Nacional de Imunização.  E o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, tem muito que comemorar. O programa nasceu em 1973 com o objetivo de coordenar as ações de imunizações no Brasil. Mas há quase quatro décadas, vem mudando a história do país.  Ao longo do tempo, sua atuação apresentou avanços consideráveis e hoje, é parte integrante do Programa da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo a coordenadora do PNI, Carla Domingues, o Ministério da Saúde disponibiliza por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) 42 imunobiológicos (vacinas e soros) que estão disponíveis em 34 mil salas de vacinas existentes no país. “É muito importante que as pessoas procurem um posto de saúde, se protejam e mantenham o cartão de vacinação atualizado, pois a vacinação é a maneira mais eficaz de evitar diversas doenças, como sarampo, tuberculose, rubéola, gripe, hepatite B, entre outras”, explica Carla.
Cada vacina segue um esquema diferenciado, por isso é necessário que o paciente complete o ciclo determinado por cada uma. “Existem vacinas que necessitam de uma dose, outras de duas ou três. Apenas com o esquema completo, a pessoa vai estar devidamente imunizada, pois o organismo vai criar anticorpos em níveis adequados e a vacina terá uma eficácia em torno de 95 a 100%. Um exemplo é a hepatite B: você toma uma dose, depois de trinta dias outra e com seis meses, você toma a terceira dose. Mas infelizmente, muitos se esquecem da terceira dose”, explica.
A cobertura vacinal do PNI engloba diferentes faixas etárias. “Vale ressaltar que os postos de vacinação não disponibilizam apenas vacinas para crianças, mas também para os adolescentes, idosos, para a família toda”, afirma Carla.
A vacina contra meningite C, por exemplo, é administrada em duas doses aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo entre as doses de 60 dias, e mínimo de 30. O reforço é recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses de idade. Outro exemplo é vacina contra febre amarela, onde é indicada uma dose aos residentes ou viajantes para os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A população indígena também está dentro do PNI, onde são oferecidas diversas vacinas para diferentes faixas etárias.
As viagens internacionais não ficam de fora. Todos aqueles que pretendem visitar outros países devem estar vacinados contra o sarampo e a rubéola. Os vírus causadores dessas doenças ainda circulam intensamente em diversos países do mundo. Por isso, ao viajar para o exterior, as pessoas que não foram vacinadas ficam expostas ao risco de contrair sarampo e rubéola, podendo contribuir a reintrodução dessas doenças no Brasil. É importante que os viajantes não vacinados recebam a vacina pelo menos 15 dias antes da partida. A vacina tríplice viral, disponível pelo SUS, é eficaz contra sarampo, rubéola e caxumba.
Evolução - O esquema de vacinação do Brasil tem crescido a cada ano. Em 1992, por exemplo, o PNI disponibilizava 12 tipos de vacinas e atualmente, esse número subiu para 14. Outra conquista foi a manutenção da erradicação da poliomielite e do sarampo e a eliminação do tétano neonatal. Além disso, doenças como difteria, coqueluche, tétano acidental, hepatite B, meningites, febre amarela, formas graves da tuberculose, rubéola e caxumba também foram controladas em alguns estados brasileiros.
Doses – A cada ano, o Ministério da Saúde aumenta sua cobertura vacinal. Carla lembra que, em 2006, foi incluída no calendário do Ministério a vacina contra o rotavírus, e em 2010, doses para meningite C conjugada. “Neste ano, estaremos introduzindo a pentavalente e a pólio inativada no calendário. O PNI é um programa que está sempre crescendo no sentido de ampliar a oferta de imonubiológicos para a população brasileira. Lembrando também que o Brasil é o país que mais oferece vacinas gratuitas por meio da rede pública”, comemora.
Curiosidades - O último caso de varíola notificado no Brasil foi em 1971 e, no mundo em 1977 na Somália.
Outro resultado de destaque é a ausência de registros da paralisia infantil há 22 anos e do sarampo, há dez anos no Brasil.
Karolline Soares / Blog da Saúde 

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