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Ácido fólico pré e durante a gestação previne malformações no bebê:
A gravidez exige uma série de cuidados na vida da mulher. Muitos deles devem ser tomados antes mesmo da concepção, durante o planejamento da gravidez. Para evitar malformações no feto, médicos recomendam a ingestão de ácido fólico, vitamina hidrossolúvel do complexo B, importante para a formação do tubo neural do feto.
“O ácido fólico participa da bipartição dos cromosomos. Ele é importante para que não ocorra o que nós chamamos de Defeitos do Tubo Neural, conhecido como DTN. É a única prevenção contra esse problema”, explica o ginecologista e chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Federal do Andaraí, vinculado ao Ministério da Saúde, Luiz Augusto Santana.
O tubo neural do feto começa a se fechar no primeiro mês de gestação. Ele é o sistema nervoso inicial do feto, que formará o cérebro e a medula espinhal do bebê. A deficiência do ácido fólico pode prejudicar o desenvolvimento do tubo neural, causando males como a anencefalia, levando à morte do bebê poucos dias após o nascimento.
O ginecologista lembra que a prevenção deve ser feita com antecedência. “Como a mulher ainda não sabe em quanto tempo vai acontecer a gravidez, o recomendado é começar a tomar com 3 ou 4 meses antes desse planejamento”. E depois da confirmação da gravidez, a prevenção deve continuar. “Ela deve manter a medicação durante o período de embriogênese, que vai até o terceiro mês da gravidez”, acrescenta Luiz Augusto Santana.
Apesar do ácido fólico estar presente em diversos alimentos, a quantidade não é suficiente para fazer essa prevenção. “O ideal é que a mulher comece a ingeri-lo de forma medicamentosa. Recomendamos a ingestão de um comprimido de 5 miligramas por dia”, orienta Luiz Augusto Santana. O medicamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) assim como o sulfato ferroso, essencial para prevenir a anemia durante a gravidez.
O ácido fólico não engorda, previne contra a anemia, assim como o sulfato ferroso, e auxilia o funcionamento do sistema vascular. Verduras de folhas verdes, castanhas, grãos integrais, feijão, tomate e cogumelos são considerados boas fontes de ácido fólico. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vinculada ao Ministério da Saúde, determinou em 2002 que as farinhas de trigo e de milho vendidas no país também sejam enriquecidas com ferro e ácido fólico.
Rede Cegonha – A Rede Cegonha, lançada em 2011 pelo governo federal, vem qualificando a assistência prestada às gestantes no SUS. A estratégia já conta com R$ 213 milhões para propostas apresentadas por estados e municípios. As ações vão desde o reforço do planejamento familiar à confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal, parto, pós-parto, até os dois primeiros anos de vida da criança. Até o momento, 25 estados e 2.731 municípios já iniciaram o processo de adesão à rede, com previsão de atendimento de 1,58 milhão de gestantes. Também já foram destinados R$ 25 milhões para a oferta de novos exames de pré-natal em 228 municípios de 13 estados.
Ouvidoria Ativa – O Ministério da Saúde está aprimorando os mecanismos de comunicação direta com o cidadão para melhorar o atendimento e ampliar a transparência do SUS. Neste ano, o ministério começou a distribuir a Carta SUS, uma nova ferramenta que permite aos usuários avaliar o atendimento e os serviços prestados nos hospitais da rede pública ou unidades conveniadas. Para evitar que o usuário seja cobrado indevidamente, a carta informa ainda quanto o SUS pagou pelo atendimento e pede que eventuais cobranças realizadas sejam comunicadas.
Além da Carta SUS, o usuário pode fazer a avaliação, sem custos, por meio do Disque-Saúde (136). A ligação pode ser feita de telefones fixos, públicos ou celulares, de qualquer local do país. A avaliação também está disponível na internet, no Portal Saúde.
Fonte: Fabiana Conte/Comunicação Interna do Ministério da Saúde
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