CONTROLE DE POMBOS:
Columbia livia |
O pombo-doméstico não é uma ave nativa das Américas. Ele originou-se a partir da pomba-das-rochas (Columba livia) da Europa, norte da África, Oriente Médio e Ásia, que foi domesticada e, como tal, introduzida pelo homem em praticamente todo o mundo. Em muitos lugares, pombos domésticos que escaparam, perderam-se ou foram intencionalmente soltos reverteram a um estado selvagem ou semi-selvagem, dando origem às populações ferais hoje estabelecidas em muitas cidades e também na zona rural. No Brasil, o pombo-doméstico foi introduzido pelos europeus já no século XVI, tendo-se adaptado muito bem aos grandes centros urbanos, devido à facilidade de encontrar alimento e abrigo.
Em liberdade, os pombos-domésticos permanecem próximos de habitações humanas, onde podem causar diversos problemas quando presentes em número excessivo. As fezes ácidas dos pombos, além de sujar, podem provocar danos à pintura de veículos e ao patrimônio histórico e artístico, bem como matar plantas ornamentais e gramados. O acúmulo de penas, fezes e restos de ninhos pode causar entupimentos em calhas ou tubulações de escoamento pluvial e o apodrecimento precoce de forros de madeira. Em armazéns, mercados ou depósitos, os pombos podem promover a contaminação de alimentos, pois transportam bactérias em seus pés. Além disso, em locais onde há concentração dessas aves freqüentemente também há proliferação de ratos, baratas e moscas.
Mais importante, porém, pombos desempenham um importante papel na transmissão de várias doenças que acometem humanos e animais domésticos, tais como criptococos e, histoplasmose, ornitose, salmonelose, toxoplasmose, encefalite, dermatites, alergias respiratórias, doença de Newcastle, aspergilose e tuberculose aviária. Em muitos lugares, o pombo-doméstico já atingiu a condição de praga urbana, em razão de sua superpopulação, dos prejuízos econômicos que causa e dos riscos que representa à saúde pública, sendo necessário o controle populacional.
Porém, é importante lembrar que, apesar de não pertencerem a uma espécie nativa do Brasil, os pombos que vivem em liberdade em nosso meio são considerados parte integrante da fauna silvestre brasileira, estando, portanto, amparados pela legislação de proteção à fauna. O seu controle deve ser feito por pessoas devidamente autorizadas e deve ser precedido de uma declaração de nocividade emitida por órgão governamental da área da Saúde, Agricultura ou Meio Ambiente. Além disso, a eliminação direta dos animais só pode ser realizada quando tiverem sido esgotadas medidas de manejo ambiental que restrinjam o acesso aos abrigos e fontes de alimento (Instrução Normativa IBAMA N° 109, de 03/8/2006). Do contrário, qualquer ação de controle que resulte na morte, danos físicos, sofrimento ou apreensão dos animais pode ser considerada crime passível das penas previstas em lei.
MEDIDAS DE CONTROLE E MANEJO
São muitas as ações recomendadas para auxiliar na solução de problemas causados por pombos-domésticos. Porém, como já salientado, nem todas são aplicáveis em ambientes escolares. A experiência acumulada no combate aos pombos em outras partes
1. RESTRINGINDO O ACESSO AOS POUSOS: PARAPEITOS, GRADES DE JANELAS, BEIRAIS, MARQUISES E SALIÊNCIAS DE PAREDES
2. RESTRINGINDO O ACESSO AOS ABRIGOS E LOCAIS DE NIDIFICAÇÃO
3. ESPANTANDO OS POMBOS
4. MEDIDAS COMPLEMENTARES
5. CONTROLANDO A POPULAÇÃO DE POMBOS: ABRIGOS CONTROLADOS
MEDIDAS DE CONTROLE E MANEJO
São muitas as ações recomendadas para auxiliar na solução de problemas causados por pombos-domésticos. Porém, como já salientado, nem todas são aplicáveis em ambientes escolares. A experiência acumulada no combate aos pombos em outras partes
do país e do mundo tem mostrado que:
- o manejo do ambiente, impedindo o acesso das aves ao alimento, aos abrigos e aos locais de reprodução, é a medida mais eficaz na maioria dos casos;
- os melhores resultados são obtidos com a utilização de diversas medidas integradas;
- os métodos de controle letais são completamente ineficazes no médio e longo prazos: em muitos casos, tais métodos levam ao aumento e ao rejuvenescimento da população de pombos;
- o envolvimento da comunidade local, através de campanhas de conscientização e esclarecimento, é fundamental para o sucesso de qualquer programa de controle.
1. RESTRINGINDO O ACESSO AOS POUSOS: PARAPEITOS, GRADES DE JANELAS, BEIRAIS, MARQUISES E SALIÊNCIAS DE PAREDES
2. RESTRINGINDO O ACESSO AOS ABRIGOS E LOCAIS DE NIDIFICAÇÃO
3. ESPANTANDO OS POMBOS
4. MEDIDAS COMPLEMENTARES
5. CONTROLANDO A POPULAÇÃO DE POMBOS: ABRIGOS CONTROLADOS
Fonte: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Pombos-domésticos: sugestões para o controle em escolas públicas estaduais de Porto Alegre, 2007.
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