FONTE: PCRJ
Contemplados por edital, os cursos foram lançados no 1º Seminário Internacional Arte e Educação
27/08/2012 » Autor: Marco Antonio Costa / Fotos: Eduardo Rocha
‘As maravilhas da Pequena África’, enredo da escola de samba mirim Pimpolhos da Grande Rio para o Carnaval 2013, servirão de inspiração para os alunos da oficina Escola de Carnaval, uma das muitas opções de cursos oferecidos pelo Centro Municipal de Artes Calouste Gulbenkian, na Praça Onze, neste segundo semestre. Para isso, a agremiação carnavalesca montou um barracão na área externa da instituição, apelidado carinhosamente de ‘Barraquinho’.
A iniciativa é fruto do edital das Oficinas Artísticas e Culturais, publicado no mês de março pela Secretaria Municipal de Cultura. O projeto foi lançado no 1º Seminário Internacional de Arte e Educação, realizado entre os dias 14 e 19 de agosto, no Centro Calouste. Com as inscrições já abertas, o pacote reúne uma diversidade de oficinas gratuitas, que vão ocorrer em diversos espaços, como lonas e centros culturais, vilas olímpicas e escolas municipais onde acontece o Programa Segundo Turno Cultural.
O professor de alegorias, Otávio Avancini, está entusiasmado na coordenação do projeto Escola de Carnaval, que contará com jovens a partir de 14 anos.
- É uma felicidade o grêmio Pimpolhos estar na Praça Onze, um dos berços do carnaval. Isso aqui faz parte da Pequena África e nós vamos desenvolver o nosso enredo com os alunos nesse local. Vamos montar as alegorias e fantasias do próximo desfile no ‘Barraquinho’, onde os alunos terão noções de marcenaria, pintura em tecido, reciclagem e aulas de História. Será uma experiência fantástica - disse.
Entre as mais de dez oficinas disponíveis, há novidades como a de Maquiagem Artística. O professor Cléber de Oliveira deu uma prévia de como será o curso durante o Seminário, quando fez uma demonstração com uma turma de 20 pessoas. Ele explicou que prefere trabalhar com grupos heterogêneos, de diversos perfis e idades, enriquecendo assim a troca de experiências. Na aula, todos aprendem e se maquiam uns aos outros. Um bom exemplo era a jovem Giovanna Pereira de Carvalho, 13 anos, estudante do Pedro II e aluna de teatro no centro cultural da Praça Onze.
- Acho tudo isso muito interessante, já que maquiagem artística tem tudo a ver com o teatro. É uma forma de expressão importante e a gente aqui tem oportunidade de aprender como fazer, além de praticar – afirmou Giovanna, que estava acompanhada da mãe, Marta Pereira, também participante da aula.
O mesmo entusiasmo tomava conta dos 15 participantes da oficina Livros de Pano, com as professoras Beth Araújo e Martha Loureiro. O trabalho, totalmente artesanal, reutiliza sobras de tecidos, botões, fios de lã, entre outros elementos recicláveis. Os temas lidam com questões do cotidiano, como segurança, meio ambiente, família e amizade.
- Estamos desenvolvendo esse trabalho nas escolas municipais e podemos afirmar que ele muda o comportamento dos alunos. O milagre que esse pedacinho de pano provoca é avassalador, pois mexe com a autoestima das crianças. Os livrinhos de pano estimulam a leitura, a pesquisa e o conhecimento literário – explica Beth Araújo.
Para Rômulo Sales, o lançamento das oficinas culturais dentro da programação do Seminário Arte e Educação marca o início de um novo ciclo de trabalho no Centro Calouste, unidade na qual é coordenador geral. Cursos como Literatura de Cordel, Hip-hop e Ritmos Folclóricos, entre outros, terão a missão de propagar ainda mais as linguagens artísticas entre a população.
- Essa agitação cultural faz parte do projeto original do Calouste. Essa proposta, que se perdeu ao longo do tempo, está sendo retomada agora com a diversidade das oficinas. As pessoas que produzem arte e cultura precisam de espaço para dar visibilidade e continuidade ao trabalho desenvolvido.
Enquanto Rômulo falava do novo momento do polo cultural, o saguão principal do tradicional espaço recebia a Caravana do Passinho, direcionada aos jovens interessados em dança de rua. A performance dos dançarinos Felipe Lima (17), Iago Pereira (19), Felipe Benedito (19) e Alessandro Silva, o caçula do grupo, com 14 anos, não só valorizava, mas confirmava as palavras do coordenador-geral: a efervescência cultural está de volta à Praça Onze.
Mais informações e inscrições pelos telefones 2224-2628 e 2224-3038 ou direto no Centro Cultural Calouste que fica na Rua Benedito Hipólito, 125, na esquina com a Rua Marquês de Pombal.
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