FIQUE SABENDO - Situações de estresse, ansiedade e mudanças de hábitos podem causar insônia

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Situações de estresse, ansiedade e mudanças de hábitos podem causar insônia:

Foto: Rick Gomez/Blend Images/Corbis

A insônia é um distúrbio do sono, caracterizado pela ausência do sono ou dificuldade na hora de dormir, o que gera impactos na rotina das pessoas. A insônia pode ser causada por diversos fatores, como: estresse, ansiedade, depressão e mudanças de hábitos. “Alterações no padrão do sono podem desencadear cansaço, depressão, dificuldade de concentração, falta de energia, irritabilidade e sonolência”, explica a especialista em Medicina do Sono, responsável pelo setor de Polisonografia e pelo Ambulatório de Ronco e Apneia do Hospital Federal da Lagoa, vinculado ao Ministério da Saúde, Luciane Mello.
A insônia pode ser classificada como crônica – quando é permanente –, transitória – curto-prazo – ou intermitente, quando vai e vem. “Pessoas com o sono normal podem apresentar a insônia de ajuste que dura menos de três meses e é caracterizada por algum fator identificável como, por exemplo, o estresse e pressão no trabalho. Se o distúrbio durar mais do um trimestre é caracterizada como insônia crônica permanente. Já que dura de uma noite até algumas semanas, some e depois de um tempo volta, é classificada como intermitente”, afirma.
A maioria dos adultos necessita de sete ou oito horas de sono durante cada noite. “A quantidade de sono ideal em adultos é essa, as o padrão de sono pode variar bastante no decorrer da vida de cada indivíduo. Pessoas com mais idade, por exemplo, tendem há dormir menos horas durante a noite e tiram cochilos durante o dia“, explica. Segundo a especialista, é considerado normal dormir por, pelo menos, seis horas – desde que a pessoa reponha suas energias e se sinta satisfeita com as horas de sono. “Quem fica insatisfeito com a qualidade ou com padrão de sono deve sempre procurar orientação médica para uma avaliação. É importante nunca se auto medicar”, diz.
O tratamento pode ser feito com o uso de medicações, mas normalmente sendo identificado e tratado o problema causador da insônia, melhora o distúrbio. “Tanto nos casos primários, como nos secundários, é efetuada a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), cuja eficácia é igual ou superior ao tratamento medicamentoso. Pode ser necessário também mudar hábitos alimentares, alterar ou suspender certas medicações e evitar cochilos durante o dia para estabilizar o padrão do sono”, orienta.
Uma boa medida para amenizar os quadros de insônia é procurar tranquilizar a mente e o estresse diário, com meditações e atividades físicas. Ter uma alimentação saudável, não ingerir café ou qualquer outra substância estimulante antes de dormir e evitar o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas é fundamental para a qualidade do sono. “Ter uma alimentação saudável sempre faz bem ao organismo. Se recomenda que a ingestão de cafeína seja atá às 18h. Isso também serve para prática de exercícios físicos, que devem ser realizados preferencialmente pela manhã e em até três horas antes de dormir”, orienta. O uso de remédios para dormir não deve ser feito sem indicação médica.
Fonte: Érica Santos/ Comunicação Interna do Ministério da Saúde