O IPEA publicou anteontem (dia 9) uma pesquisa sobre a satisfação dos brasileiros com o SUS e com os planos de saúde, e constatou que 80,7% dos brasileiros atendidos pela estratégia Saúde da Família (PSF
) avaliam o atendimento como bom
ou muito bom
.
Na estratégia Saúde da Família, cada família tem um agente comunitário de saúde de referência, e cada agente tem um médico de referência. A continuidade da relação entre o paciente e o médico facilita em muito o cuidado adequado de condições a longo prazo, como a necessidade de exames periódicos (os check-ups
) ou o controle da pressão arterial. Como o médico da família é o primeiro a ser procurado quando a pessoa precisa, ele conhece melhor o histórico e pode resolver os problemas com mais eficiência.
Coincidência ou não, no dia seguinte (10 de fevereiro) o Bom-Dia Brasil fez uma matéria sobre a medicina de família de comunidade. Em resumo, na medida em que o médico tem menos contato com o paciente, ele pede mais exames complementares, gerando um cuidado mais caro e menos satisfatório. O médico de família e comunidade é especialista em fazer o contrário disso, e por isso é que ele agrega valor — faz mais por menos.
Para os leitores de primeira viagem
, deixo aqui algumas sugestões de leitura:
- Entrevista com um médico de família e comunidade
- Clínico geral não é médico de família
- Especialidade está associada a melhor atenção primária à saúde
- Médicos de família fazem a diferença nos Estados Unidos
Não é de se admirar que planos de saúde de todo o Brasil estejam experimentando a criação de serviços de Saúde da Família — mas isso é assunto para outro dia.
Leia também:
- Farmácias em unidades de saúde tornam prescrição mais efetiva
- IBGE documenta expansão da Saúde da Família
- Professor da UFES analisa a estratégia Saúde da Família no estado
- Ministro da Saúde inaugura Clínica de Saúde da Família
- Especialidade está associada a melhor atenção primária à saúde
"
Nenhum comentário:
Postar um comentário