FONTE: UOL
Após três anos lecionando para alunos de ensino fundamental e médio, a professora de geografia Júlia Pinheiro de Andrade percebeu que poderia abordar a temática da cidade de maneira mais criativa: passou a utilizar canções em salas de aula. “Por meio da arte, trabalhamos diferentes percepções juntamente com conceitos. O aprendizado será eficaz quanto mais associarmos diferentes linguagens”, afirma.
De acordo com Júlia, com a canção é possível estudar não apenas a letra, mas o contexto em que foi escrita, apresentando aos alunos os primeiros elementos para, posteriormente, uma análise conceitual mais aprofundada do tema tratado.
A ideia surgiu quando percebeu que os alunos tinham dificuldades para compreender a lógica das transformações do espaço urbano, pois diz respeito a representações abstratas da cidade.
“Quando se vive na sociedade urbana, onde há conflitos e inúmeras questões, é importante entender como a cidade se constrói, como diferentes sujeitos podem se apropriar desse espaço. A escola deve dar conta de pensar a cidade de modo crítico e criativo”, explica.
Júlia passou então a abordar a correspondência entre a canção como forma estética, a experiência urbana e as transformações do espaço da cidade. No entanto, isso poderia ocorrer não apenas nas aulas de geografia, mas em outras disciplinas também. “Então, desenvolver as diferentes formas de inteligência dos alunos: a musical e a sensorial, por exemplo”.
A relação que Júlia estabeleceu entre canção e ensino deu origem à suadissertação de mestrado, defendida na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP), trazendo a importância de trabalhar as diferentes linguagens da cultura no aprendizado.
Segundo a pesquisadora, especialmente no Brasil, a canção é uma forma eficaz para falar sobre as experiências da sociedade. “Temos tradição ligada mais ao corpo e à fala, que encontra expressividade na canção. Assim, existe nela uma enciclopédia da vida cotidiana”.
Para Júlia, ao diversificar a linguagem, diminui a dificuldade que as escolas têm de fazer a ligação entre conceitos que devem ser aprendidos e o que os alunos presenciam no dia-a-dia. “Hoje, existe uma distância enorme entre a vida do jovem e o que é ensinado na escola. O modelo voltado apenas para passar no vestibular mostra a educação de maneira equivocada. Temos que trabalhar valores de formação para a cidadania”, acredita.
A dissertação não propõe estratégias diretas de aplicação da canção em sala de aula, mas apresenta indicações de como perceber a canção de forma mais profunda para compreender a experiência do tempo e do espaço contemporâneos.
“Se não for dada importância para a experiência estética, se há valorização apenas na formação do sujeito para a produção do dia-a-dia, não estaremos formando pessoas melhores. A escola deve pensar na formação integral do ser humano, uma correspondência conjunta do que sentem , pensam e fazem”, conclui.
De acordo com Júlia, com a canção é possível estudar não apenas a letra, mas o contexto em que foi escrita, apresentando aos alunos os primeiros elementos para, posteriormente, uma análise conceitual mais aprofundada do tema tratado.
A ideia surgiu quando percebeu que os alunos tinham dificuldades para compreender a lógica das transformações do espaço urbano, pois diz respeito a representações abstratas da cidade.
“Quando se vive na sociedade urbana, onde há conflitos e inúmeras questões, é importante entender como a cidade se constrói, como diferentes sujeitos podem se apropriar desse espaço. A escola deve dar conta de pensar a cidade de modo crítico e criativo”, explica.
Júlia passou então a abordar a correspondência entre a canção como forma estética, a experiência urbana e as transformações do espaço da cidade. No entanto, isso poderia ocorrer não apenas nas aulas de geografia, mas em outras disciplinas também. “Então, desenvolver as diferentes formas de inteligência dos alunos: a musical e a sensorial, por exemplo”.
A relação que Júlia estabeleceu entre canção e ensino deu origem à suadissertação de mestrado, defendida na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP), trazendo a importância de trabalhar as diferentes linguagens da cultura no aprendizado.
Segundo a pesquisadora, especialmente no Brasil, a canção é uma forma eficaz para falar sobre as experiências da sociedade. “Temos tradição ligada mais ao corpo e à fala, que encontra expressividade na canção. Assim, existe nela uma enciclopédia da vida cotidiana”.
Para Júlia, ao diversificar a linguagem, diminui a dificuldade que as escolas têm de fazer a ligação entre conceitos que devem ser aprendidos e o que os alunos presenciam no dia-a-dia. “Hoje, existe uma distância enorme entre a vida do jovem e o que é ensinado na escola. O modelo voltado apenas para passar no vestibular mostra a educação de maneira equivocada. Temos que trabalhar valores de formação para a cidadania”, acredita.
A dissertação não propõe estratégias diretas de aplicação da canção em sala de aula, mas apresenta indicações de como perceber a canção de forma mais profunda para compreender a experiência do tempo e do espaço contemporâneos.
“Se não for dada importância para a experiência estética, se há valorização apenas na formação do sujeito para a produção do dia-a-dia, não estaremos formando pessoas melhores. A escola deve pensar na formação integral do ser humano, uma correspondência conjunta do que sentem , pensam e fazem”, conclui.
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