segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Não é errando que se aprende, mas sim corrigindo os erros #educação

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Não é errando que se aprende, mas sim corrigindo os erros #educação:

Seu filho não gosta quando é abordado na rua por uma pessoa estranha que o achou “uma gracinha” e quis mexer com ele por simpatia… Num outro exemplo, um familiar o repreende por não ter agido corretamente e ele se chateia com isso. Qualquer pai e mãe já presenciou ou precisou lidar com essas situações a partir do momento que o filho responde mal a uma outra pessoa, certo?! Meu filho, #aos4, lida com muito receio em relação a pessoas estranhas que lhe passam a mão na cabeça ou iniciam uma conversa sem maiores apresentações, como já contei* um tempo atrás.


Observando de longe e tentando analisar cada situação em separado, parece-me que por vezes ele sente-se “invadido” e outras vezes até “desrespeitado”, por isso, reage agressivamente proferindo as palavras feias que conhece ou elevando o tom de voz e repetindo algo que, sub-entende, irá fazer com que a pessoa o deixe em paz. O famoso “pare com isso”, que já virou jargão e motivo de piada na família é uma das frases mais recorrentes.


E para que ele construa uma postura mais adequada à convivência social, temos conversado frequentemente e exposto exemplos feios e desagradáveis em comparação a outros gentis e bacanas, a fim de mostrar em quais momentos podemos exigir nossa privacidade e respeito – ainda que crianças – sem sermos grosseiros e quando precisamos “tolerar” certas invasões e sair delas sem aceitar provocações, ou seja, indiferentes.


Confesso que é um exercício diário e através do qual estamos aprendendo todos, inclusive papai e mamãe. Falo sobre isso hoje, porque percebi que não se trata de uma vivência particular, visto que ambas as avós do CJ tem manifestado, por observação, intuição e experiência de vida, interesse e apoio a respeito de como creem os outros devem agir quando não estão agrandando. Vejo-as “repreendendo” uma conversa ou uma provocação aqui, outra ali, no seio familiar, pois elas – como eu – são capazes de enxergar o que agrada e desagrada o pequeno a partir da sua personalidade, do seu jeitinho, coisa que outras pessoas não são capazes de ver. É interessante isso, porque é algo que exige sensibilidade para que seja um cuidado específico sem virar superproteção – o que acarretaria outras dificuldades – e nitidamente, o 6º sentido de mãe pode ajudar.



Pensando em educação familiar, a básica e fundamental na vida das nossas crianças, eu lembro do especialista em educação, o psiquiatra e escritor Içami Tiba, referência no assunto e relembro das seguintes expressões: 


 “A falta de preparo e conhecimento dos pais dificulta a educação dos filhos. Há muita superproteção e excesso de liberdade”.



*


“Os pais devem buscar conhecimento e aprender a se comunicar entre si e com os filhos. Também devem trabalhar em equipe e formar parceria com a escola. Somente assim é possível formar uma geração competente, ética e progressiva”


 *


“Não é errando que se aprende, mas sim corrigindo os erros.”



 


São citações de exemplos do cotidiano infantil e familiar cujo apoio está em demonstrar aos pais de hoje como podem adotar posturas inadequadas devido às próprias experiências familiares inconsistentes. Mas ao mesmo tempo, em como podem consertar as falhas e lacunas que houveram em sua educação, observando a tempo e desejando fazer diferente, frente a educação dos filhos, hoje.


O modo como pais e mães, independente da forma severa ou liberal com que possam ter sido criados ontem,  estabelecem limites aos filhos, hoje, influenciará positivamente a habilidade dessas crianças agirem com relação ao mundo ao seu redor. Limites, sempre eles. E quando não estamos tratando de limites, precisamos lembrar dos exemplos, àqueles primordiais, de educação, respeito ao próximo, exercício da cidadania, solidariedade e compaixão.


Devemos ter em mente a necessidade de conhecer nossos filhos a fundo, identificando peculiaridades em suas personalidades, em suas preferências e gostos, priorizar suas necessidades assim como a dos pais num encontro de equilíbrio na rotina familiar para, por fim, podermos moldá-los a ajustá-los para uma boa, pacífica e construtiva relação social, seja sócio-afetiva, cultural e/ou intelectual. E mais, se lá adiante encontrarmos erros, precisamos ser humildes para reconhecer a falha e ajudar nossos filhos a melhorar. Tarefa difícil, claro, mas necessária. E quando conseguirmos, que sociedade melhor e mais saudável estaremos ajudando a construir, não?!



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