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Depressão pós-parto exige cuidados e apoio integral do companheiro:
Entre o segundo e quarto dia após o parto, quase todas as mulheres sentem-se mais sensíveis e cansadas, com uma tristeza sem motivo, chorosas, reflexivas, com um sentimento de incapacidade de cuidar do filho. “É uma conscientização da responsabilidade de como é importante a criação daquele bebê para que ele se torne um ser humano responsável e feliz. Em geral esta tristeza é breve e não requer uso de medicamento”, explica a coordenadora de obstetrícia do Hospital Fêmina, vinculado ao Ministério da Saúde, Sandra Canali Ferreira. “O instinto vai ajudar, não precisa ter medo, a mãe vai saber cuidar do filho”, garante a médica.
Nestes casos, os sintomas melhoram espontaneamente com apoio familiar e sem intervenção médica ou psicológica. “Para evitar o desencadeamento da tristeza pós-parto, cabe ao obstetra orientar o marido da gestante para que divida tarefas que ele irá cumprir”, aconselha a especialista.
Mas, se o quadro persiste, com certa severidade, o diagnóstico de depressão pós-parto precisa de tratamento medicamentoso e apoio integral do companheiro, para que a mãe não se sinta tão sobrecarregada de responsabilidades pela criança. “A mulher sente-se, então, apática, abandona os próprios hábitos de higiene e cuidados pessoais. Algumas não conseguem levantar da cama, não têm interesse em amamentar o bebê. O obstetra e o psiquiatra precisam ser acionados. Se não tratados, podem evoluir para casos graves”, alerta a médica.
De acordo com a obstetra não há como saber se uma mulher terá ou não depressão pós-parto durante a gestação. Algumas mulheres têm mais probabilidades, como as que já tiveram algum tipo de depressão, as que na gravidez anterior apresentaram depressão pós-parto, aquelas que não desejavam a gravidez ou passaram por momentos difíceis durante a gestação. “Os sintomas do estado depressivo dependem da história de vida, bem como, no aspecto fisiológico, das mudanças bioquímicas que se processam logo após o parto”, explica. E acrescenta: “É patologia. Exige medicamento, terapia, exercício físico e alimentação balanceada”.
Fonte: Ana Paula Ferraz / Agência Saúde
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