Boa alimentação é sinônimo de vida saudável, prevenção contra o surgimento de doenças crônicas e melhor qualidade de vida. Foi com a adoção de hábitos de vida saudáveis que Sandra Regina Oliveira Rosa, de 43 anos, tem conseguido lutar contra a obesidade, adquirida há 15 anos. Desde março de 2012, a carioca se trata no Centro de Referência em Obesidade (CRO), da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e com a ajuda de nutricionistas, psicólogos e educador físico ela já conseguiu perder 49 kg, dos 238 kg que pesava antes. “Eu não conseguia ficar em pé direito, não conseguia caminhar sem que alguém me ajudasse. E agora eu já ando sozinha, já vou aqui da minha casa até o portão, consigo abrir o portão. Essas são coisas que eu já não estava conseguindo fazer mais.”, relata a paciente.
A obesidade é um fator de risco para a saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. O governo federal incentiva à população a ter bons hábitos e conscientiza sobre os riscos de doenças causadas pela ingestão prolongada de alguns produtos, como carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, linguiças, mortadelas, entre outros, que devem ser ingeridos com moderação.
Alimentação Saudável - Para auxiliar a população, o Ministério da Saúde criou o Guia Alimentar para a População Brasileira. O documento tem o propósito de contribuir para a orientação de práticas alimentares que visem à promoção da saúde e a prevenção de doenças relacionadas à alimentação. O guia também está baseado na preocupação com relação a deficiências de ferro e vitamina A, bem como o aumento da resistência imunológica relacionadas com as doenças infecciosas.
Uma boa alimentação deve conter frutas, verduras, legumes e cereais integrais que contêm vitaminas, fibras e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do corpo e devem ser ingeridos com frequência. As fibras, apesar de não serem digeridas pelo organismo, ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias nocivas com a parede do intestino grosso. A ingestão de vitaminas em comprimidos não substitui uma boa alimentação. Os nutrientes protetores só funcionam quando consumidos por meio dos alimentos. O uso de vitaminas e outros nutrientes isolados na forma de suplementos não é recomendável para prevenção do câncer. Os bons hábitos alimentares vão funcionar como fator protetor se forem adotados ao longo da vida. Nesse aspecto devem ser valorizados e incentivados antigos hábitos alimentares do brasileiro, como o consumo de arroz com feijão.
Dez passos para uma alimentação saudável – No Guia Alimentar para a População Brasileira foram descritos os principais passos para uma alimentação saudável. São eles:
Nos casos de obesidade, a nutricionista do CRO, Caroline Niquini de Assis, explica que, além da reeducação alimentar, é fundamental ofertar ao paciente o acompanhamento psicológico para enfrentar a doença. “Não adianta eu passar determinadas orientações nutricionais se não souber como é que está a questão financeira do paciente, se não souber como é que está a aceitação dele pra determinadas orientações. De repente, ele chega aqui com uma demanda psicológica e não está preparado para emagrecer”, ressalta a especialista.
Ações em Desenvolvimento - Para frear a obesidade e o sedentarismo (fatores de risco importantes para doenças crônicas) e promover hábitos de vida mais saudáveis, o Ministério da Saúde prevê uma série de iniciativas no Plano de Ação para Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), por meio de parcerias com o setor privado e outras pastas do governo. Lançado em agosto de 2011, o plano tem por meta reduzir em 2% ao ano a taxa de mortalidade prematura causada por DCNT até 2022.
O ministério investe também em ações preventivas para evitar a obesidade em crianças e adolescentes, como o Programa Saúde na Escola (PSE), que este ano está aberto a todos os municípios e passa a atender creches e pré-escolas. Para 2013, está previsto o investimento de R$ 175 milhões. Outra medida é a parceria do ministério com Federação Nacional de Escolas Particulares para distribuição de 18 mil Manuais das Cantinas Escolares Saudáveis como incentivo a lanches menos calóricos e mais nutritivos.
Para melhorar a dieta dos brasileiros e qualidade de vida, o Ministério da Saúde firmou um acordo com a indústria alimentícia que prevê a redução gradual do teor de sódio em 16 categorias de alimentos. A previsão é de que, até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio.
A autora da pesquisa apresentada nesta terça-feira (19), Michele Lessa, destacou a resposta do Ministério da Saúde à questão ao criar a linha para prevenção e tratamento da obesidade: “A partir de dados epidemiológicos disponibilizados pelo próprio ministério, foi possível fazer a associação da obesidade com outras doenças para analisar o valor gasto no SUS com o tratamento da obesidade”.
Blog da Saúde, com informações da Agência Saúde
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