A partir do segundo semestre do ano os brasileiros poderão acessar a ficha profissional de médicos especialistas de todo o país por meio do Cadastro Nacional de Especialistas. O banco de dados está sendo elaborado em ação conjunta do Ministério da Saúde e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Por meio dele, os usuários dos sistemas de saúde privado (planos) e público (SUS) poderão procurar pelo nome do profissional, conhecer a sua formação e onde atua. Segundo o ministério, as informações irão contribuir para o paciente ter mais segurança sobre o atendimento que será feito, quando a consulta for marcada.
Os números do banco de dados também irão direcionar os investimentos do governo e instituições parceiras na formação de novos profissionais. Segundo o secretário da Gestão do Trabalho e da Educação do ministério, Mozart Sales, a iniciativa da criação do Cadastro Nacional é o ponto de partida para a formulação de uma política de formação de especialistas no país nos próximos dez a 15 anos.
“Por meio do banco de dados vamos ter uma radiografia da situação da saúde em todas as regiões. Saberemos quais especialidades estão mais em falta e poderemos investir na formação destes profissionais para suprir os gargalos de cada região”, explica o secretário.
Investimentos que, segundo Mozart, já começaram. Só este ano, informa, foram distribuídas 1.623 novas bolsas de residência para 19 especialidades em todo o país. De acordo com o secretário, a previsão é que o banco de dados seja disponibilizado para consulta ao público no segundo semestre. Os dados serão reunidos em uma página especial, que ficará hospedada no site do ministério.
A iniciativa conta com a parceria do Observatório de Relações Humanas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Para a elaboração deste banco de dados, serão utilizadas inicialmente informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB).
O representante do Ministério da Saúde destacou, ainda, a importância de construir com a ANS um caminho para entender como é desenvolvido o trabalho das especialidades que atuam na área de saúde suplementar.
O Diretor-Presidente da ANS, André Longo, reiterou que para que o Cadastro Nacional de Especialistas cumpra o seu papel é fundamental a integração de esforços entre as instituições parceiras para que haja o compromisso com a atualização periódica dos dados, facilitando o acesso às informações pelos beneficiários de planos de saúde, gestores e sociedade em geral sobre a atuação dos profissionais do setor de saúde no país.
Fonte: O Globo
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