domingo, 15 de maio de 2011

A escola da família

Leiam a indicação da ZUZU, esta reportagem da Nova Escola é muito interessante.

http://cmzuzuangel.blogspot.com/

A escola da família: "
No dia 21/05/2011 nossas escolas e creches estarão abertas para receber os responsáveis de nossas crianças.
VAMOS APROVEITAR PARA ESSA APROXIMAÇÃO!
Marilene

Aproximar os pais do trabalho pedagógico é um dever dos gestores.





Mãe da CM Zuzu Angel
Está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacionale no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): as escolas têm a obrigação de se articular com as famílias e os pais têm direito a ter ciência do processo pedagógico, bem como de participar da definição das propostas educacionais. Porém nem sempre esse princípio é considerado quando se forma o vínculo entre diretores, professores e coordenadores pedagógicos e a família dos alunos.
O relacionamento chega a ser ambíguo. Muitos gestores e docentes, embora no discurso reclamem da falta de participação dos pais na vida escolar dos filhos - com alguns até atribuindo a isso o baixo desempenho deles - não se mostram nada confortáveis quando algum membro da comunidade mais crítico cobra qualidade no ensino ou questiona alguma rotina da escola. Alguns diretores percebem essa atitude inclusive como uma intromissão e uma tentativa de comprometer a autoridade deles. Já a maioria dos pais, por sua vez, não participa mesmo. Alguns por não conhecer seus direitos. Outros porque não sabem como. E ainda há os que até tentaram, mas se isolaram, pois nas poucas experiências de aproximação não foram bem acolhidos e se retraíram.

No Brasil, o acesso em larga escala ao ensino se intensificou nos anos 1990, com a inclusão de mais de 90% das crianças em idade escolar no sistema. Para as famílias antes segregadas do direito à Educação, o fato de haver vagas, merenda e uniforme representou uma enorme conquista. "Muitos pais veem a escola como um benefício e não um direito e confundem qualidade com a possibilidade de uso da infraestrutura e dos equipamentos públicos. Isso de nada adianta se a criança não aprender", afirma Maria do Carmo Brant de Carvalho, coordenadora geral do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), em São Paulo.

A escola foi criada para servir à sociedade. Por isso, ela tem a obrigação de prestar contas do seu trabalho, explicar o que faz e como conduz a aprendizagem das crianças e criar mecanismos para que a família acompanhe a vida escolar dos filhos. "Os educadores precisam deixar de lado o medo de perder a autoridade e aprender a trabalhar de forma colaborativa", afirma Heloisa Szymanski, do Departamento de Psicologia da Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Um estudo realizado pelo Convênio Andrés Bello - acordo internacional que reúne 12 países das Américas - chamado A Eficácia Escolar Ibero-Americana, de 2006, estimou que o "efeito família" é responsável por 70% do sucesso escolar. "O envolvimento dos adultos com a Educação dá às crianças um suporte emocional e afetivo que se reflete no desempenho", afirma Maria Amália de Almeida, do Observatório Sociológico Família-Escola, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Mas o que significa uma parceria saudável entre essas duas instituições? Os pais devem ajudar no ensino dos conteúdos e os professores no dos bons modos? Claro que não. A colaboração que se espera é de outra ordem. "O papel do pai e da mãe é estimular o comportamento de estudante nos filhos, mostrando interesse pelo que eles aprendem e incentivando a pesquisa e a leitura", diz Antônio Carlos Gomes da Costa, pedagogo mineiro e um dos redatores do ECA. Para isso, é preciso orientar os pais e subsidiá-los com informações sobre o processo de ensino e de aprendizagem, colocá-los a par dos objetivos da escola e dos projetos desenvolvidos e criar momentos em que essa colaboração possa se efetivar.

Quando o assunto é aprendizagem, o papel de cada um está bem claro - da escola, ensinar, e dos pais, acompanhar e fazer sugestões. Porém, se o tema é comportamento, as ações exigem cumplicidade redobrada. Ao perceber que existem problemas pessoais que se refletem em atitudes que atrapalham o desempenho em sala de aula, os pais devem ser chamados e ouvidos, e as soluções, construídas em conjunto, sem julgamento ou atribuição de culpa. "Um bom começo é ter um diálogo baseado no respeito e na crença de que é possível resolver a questão", acredita Márcia Gallo, diretora da EME Professora Alcina Dantas Feijão, em São Paulo, e autora do livro A Parceria Presente: A Relação Família-Escola numa Escola de Periferia de São Paulo.

Visando ajudar você a dar os passos necessários para cumprir o dever legal e social de ter um relacionamento de qualidade com as famílias, NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR elaborou uma lista com 13 ações, que vão desde o acolhimento no começo do ano letivo até as atividades de integração social.

Para ler, clique nos itens abaixo:

1. Apresentar a escola e funcionários para a família
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Visita ao Sítio Burle Marx

http://nucleodeartegrandeotelo.blogspot.com/
Visita ao Sítio Burle Marx: "
O Sítio Burle Marx, situado na Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, o Sítio está no Morro do Capim Molhado, que, por sua vez, pertence ao Maciço da Pedra Branca.


Fruto de décadas de trabalho, as coleções de plantas e o acervo artístico existentes no Sítio, representam o que há de mais significativo em termos de patrimônio natural e de cultura brasileira.


Uma das mais valiosas coleções de plantas autóctones do mundo está reunida no Sítio, graças às excursões feitas por equipes comandadas por Burle Marx ao longo de décadas. Muitas vieram do Pantanal, de Minas, do Espírito Santo, do interior de São Paulo e outros estados brasileiros, alem de países como a Índia, Porto Rico, Haiti, Havaí, Equador, África do Sul, etc. Algumas dessas plantas chegaram a ser obtidas pelo paisagista mediante permuta por obras de arte de sua autoria.


Lagos, morros, nascentes, encostas, brejos e até pequenas áreas áridas abrigam cerca de 3.500 espécies de plantas, desde as rasteiras até árvores de grandes portes, sempre cultivadas em locais cujas condições climáticas e de relevos mais se aproximam às de seus habitat de origens. Considerável parte do terreno é ocupada pelo cultivo das plantas em condições especiais: existem três grandes ripados, subdivididos, e outros um pouco menores, para abrigar famílias afins; duas estufas, onde se concentram as sementeiras locais com irrigação e umidade controladas para possibilitar o enraizamento mais rápido.

Aproximadamente quinhentas espécies de Philodendron e,


250 de Anthurium gêneros da família araceane,


250 espécies de Bromeliaceae,


120 de Velloziaceae predominam na coleção



Plantas raras, em extinção, tradicionais ou desconhecidas da flora brasileira e muitas cujos ambientes de origem já foram destruídos pelo homem.
Foi residência particular de Roberto Burle Marx, de 1973 até 1994, ano da sua morte.
Nossos alunos na entrada do Sitio...



Nosso Núcleo foi visitar o Sítio Burle Marx no dia 4/5/2011, numa Aula/ Passeio muito especial. O dia estava gostoso, com um solzinho de outono, que tornou nossa caminhada pelo sítio ainda mais agradável. Junto conosco, estava a professora Daise do Ciep Zumbi dos Palmares e Maria Rodrigues, mãe da nossa aluna Tamara Rodrigues.



As crianças estavam ansiosas...


Prosseguindo a aula/passeio, Rafaela falou da árvore pau_ferro.


Eles já conheciam a árvore pau-ferro, por visitarem, anteriormente o Jardim Botânico.




Os nossos alunos assisteram anteriormente o Documentario dos 100 Anos de Roberto Burle Marx/'Um Pé de Quê?', cedido gentilemente pela querida Regina Casé ao Núcleo de Arte. No ano do centenário do mais importante paisagista brasileiro, o 'Um Pé Dê Que?' - especial' homenageia a obra e a vida de Roberto Burle Marx.
Partindo de uma das mais importantes coleções de plantas vivas do mundo, o Sítio Roberto Burle Marx (RJ), o 'Um Pé De Quê?' investiga a diversidade das espécies preservadas e os princípios do paisagismo modernista criado por Burle Marx.


Ao chegarmos, conhecemos o prédio da administração do Sítio, onde funciona a diretoria e as equipes de técnicos e de administradores.


O imóvel foi projetado pelo arquiteto Ary Garcia Rosa. O local acolhe uma biblioteca especializada com cerca de 2.600 títulos em botânica, arquitetura e paisagismo, duas salas de aula, um auditório, um herbário e um laboratório para pesquisas. A estrutura permite o funcionamento regular de cursos de jardinagem, paisagismo e botânica para o público em geral e, mais especificamente, para níveis superiores de graduação. Por falta de uma reserva técnica, encontram-se nas paredes internas desta edificação várias pinturas de Burle Marx, bem como seus diplomas, certificados e medalhas.




Fomos guiados por Rafaela Nunez, que durante todo o passeio nos informou sobre a vida de BURLE MARX, sobre seu trabalho como paisagista, plantas que cultivava em seu sítio, hábitos do artista, assim como sobre a casa onde morava…


As crianças interagiam com Rafaela, respondendo as perguntas que ele eventualmente fazia, e também se colocando sobre os assuntos abordados pelo guia, mostrando-se familiarizados com o que estava sendo abordado.



Outras tantas espécies que nunca tinham visto, assim como árvores enormes e tão diferentes, e muitas obras de artes…



Caminhando pelo labirinto natural de Burle Marx ela mostrou a Corypha umbra, natural do sul da Índia, conhecida no Brasil como palmeira dos cem anos. 'Suas flores são belas. Mas a palmeira demora um século para florescer. E morre'.


Continuando a subida pela alameda, nos mostrou o ripados “ Margareth Mee” que acolhe as plantas que necessitam de condições ambientais especiais de sub-bosque, totalizando mais ou menos 14.000m2 de área coberta por um tipo de tela de proteção especial denominada “sombrite”.


E a cada passo uma surpresa verdejante. Plantas imigrantes (africanas, européias, latinas, asiáticas), plantas nativas (pau-brasil, sapucaia, açaí, samambaia). Troncos de pau-ferro do qual se tiram substâncias mineralizadas para construir ferrovias. Árvores que cheiram a alho. Flores de jade.


As crianças, numa pausa para observar a flor de jade, que se destaca entre as outras plantas do local, pela sua linda cor verde azulada.


Passear por esse delicioso caminho natural ajuda a entender melhor o gênio Burle Marx. Seu amor pela arte. Sua grandiosa paixão pela natureza.


Entre orquídeas e berimba (da qual se constrói o instrumento berimbau), assimilo a que, creio, foi a grande frase de Burle Marx: 'Os jardins devolvem às pessoas o verde que a cidade lhes roubou'.


A Capela de Santo Antônio da Bica, construída no século XVII e restaurada pelo paisagista, com assessoria de Lúcio Costa e Carlos Leão. Tombada pelo patrimônio estadual, a Capela ainda hoje é utilizada pelos habitantes da região para cerimônias religiosas administradas pela paróquia de Guaratiba.







Ao lado da capela, localiza-se a casa em que Roberto Burle Marx viveu. Os alunos não puderam entrar, visto que o prédio estava em restauro.


A casa foi construída no início do século passado, mas sem grande valor como representante da arquitetura de uma época, pois sofreu várias alterações e acréscimos. Abriga importantes conjuntos, entre os quais enumeramos coleções de arte sacra, pinturas e esculturas do próprio Burle Marx e de artistas contemporâneos, arte pré-colombiana, obras de arte popular brasileira em cerâmica (principalmente do Vale do Jequitinhonha) e madeira, mobiliários e objetos de decoração, bem como uma coleção de conchas.


A varanda da casa de Burle Marx, com as carrancas na parede, vindas do Rio São Francisco.




Na área externa da casa, localiza-se a “Loggia”, local utilizado para produzir suas serigrafias, pintura e grandes painéis. Mais adiante vimos um grande salão de festas projetado por Haroldo Barros e Rubem Breitman, premiado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil em 1963. Em ambos os locais, existem painéis de azulejo de autoria de Burle Marx.


Local onde Burle Marx pintava. Nesse ambiente Burle Marx projetou os azulejos, criando grandes mosaicos nas paredes.
O mosaico de azulejos projetados por Burle Marx.




O teto pintado em tecido por Burle Marx




Vista do salão de pedras, onde Roberto reunia seus amigos.


A Rafaela nos mostrou num nível mais alto do terreno, uma construção que Roberto Burle Marx pretendia usar como atelier de pintura, desenho, serigrafia, gravura e escultura e também para aulas e exposições. A construção apresenta uma fachada original feita de pedras de cantaria, pertencente a um imóvel do século XVIII, antes localizado no centro da cidade do Rio de Janeiro e transportado para o sítio, cujo projeto é provavelmente de um discípulo do arquiteto Grandjean de Montigny.

O projeto local foi do arquiteto Acácio Gil Borsoi (que também ficamos impossibilitados de entrar, por motivo do restauro). No seu interior abriga uma tapeçaria e alguns quadros de grandes dimensões, pintados por Burle Marx expressamente para o local, bem como parte de sua coleção bibliográfica. Contendo ainda alguns exemplares de suas esculturas em bronze, em vidro e algumas peças de artesanato brasileiro.








Descemos até encontrarmos o Lago, foi uma agradável surpresa.




Num terreno baixo, onde as águas de um córrego foram parcialmente represadas, Burle Marx criou um nicho para plantas aquáticas. Ai floresce Eicbornia, coletada em Minas Gerais, os Hydrocleis, das margens do Río-Bahía, a vitória-régia da Amazónia, além da Nymphaea, etc. As pedras que cercam o lago, abrigam espécies saxícolas, cactáceas, bromeliáceas e outras.







Eu acho que ví um macaquinho!


Os alunos se despedindo de Rafaela Nunez.



E, assim terminou a nossa aula/passeio ao Sitio Burle Marx.!


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