quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Internet pode ter ajudado os que já leem, dizem especialistas



Juliana Doretto
Especial para o UOL Educação
Em Brasília
O que vem antes? O tempo gasto com a rede mundial de computadores ou o desenvolvimento da leitura? Analistas ouvidos pelo UOL Educação apontam que os dados divulgados pelo Pisa não estabelecem uma relação de causa e efeito entre as tarefas online e a melhor performance do estudante . Uma das hipóteses é que os alunos que já têm habilidades desenvolvidas sejam também os que mais leem online.
Zoraide Faustinoni, pedagoga da ONG Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), explica que, como o relatório do programa não tece uma relação entre o tipo de material com que o aluno mais trabalha na rede e o seu desempenho na prova, não se sabe se o estudante lê na internet porque já tem boa capacidade de leitura desenvolvida ou se consegue essa habilidade com o texto da rede.

“É preciso pensar em como se forma um leitor. É indiscutível que o jovem do século 21 tem de ter acesso à internet. Quanto mais acesso às fontes onde os textos circulam, melhor. Mas o que os jovens leem online? E-mail e conversas representam um nível de leitura mais elementar, diferente de uma notícia, por exemplo”, diz.

A pedagoga sugere que para que o estudante se interesse por textos mais complexos, desenvolvendo procedimentos de leitura mais eficientes, ele precisa não apenas de acesso ao material mas também do auxílio de “leitores mais experientes”, papel que tem de ser exercido sobretudo pela escola e pelo professor. “Apenas colocar o menino na frente do computador não resolve. Não existe uma relação mágica.”

Veruska Ribeiro Machado, que em seu doutorado em educação pela UnB (Universidade de Brasília) estudou o primeiro ciclo do Pisa (2000, 2003 e 2006), concorda com Zoraide Faustinoni ao se perguntar se “o hábito de ler online contribui para o desenvolvimento de habilidades de leitura ou o leitor proficiente recorre mais à leitura online?”. Ela ressalta que o “letramento digital” demanda o desenvolvimento de novas habilidades, mas não acredita, no entanto, que apenas o tempo que se passa na rede possa influenciar o desempenho dos estudantes. “Há outros fatores que precisam ser analisados nesse contexto”, diz.

Ela observa ainda que, como o teste de leitura do Pisa trabalha com textos que pertencem a diversos gêneros (que nem sempre são trabalhados em sala de aula), a internet pode ter servido também como um treino involuntário para o exame. “Os gêneros escolares não dão conta da diversidade de textos que circula na sociedade. Entretanto, para aqueles estudantes que têm contato com maior diversidade de textos em meio digital, é possível que os textos da prova de leitura do Pisa tenham sido mais familiares, facilitando, assim, a sua compreensão.”

Sociedade Brasileira de Matemática oferece mestrado para professores da educação básica


Da Agência Fapesp
O Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), curso semipresencial coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática, está com inscrições abertas para processo seletivo até 31 de janeiro.
O Profmat é um curso de pós-graduação stricto sensu para o aprimoramento da formação profissional de professores da educação básica. Curso de oferta nacional, ele é realizado por uma rede de instituições de ensino superior e tem como objetivo atender professores de matemática de ensino básico, com prioridade para os da rede pública.
O Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional é aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e está inserido no projeto Universidade Aberta do Brasil, do Ministério da Educação. O curso tem duração de dois anos, com aulas presenciais e atividades a distância.
Devido à abrangência nacional do projeto o Profmat envolve 57 instituições em 25 estados. Nesta etapa, os institutos de Geociências e Ciências Exatas (IGCE), em Rio Claro, e o de Biociências e Ciências Exatas (Ibilce), em São José do Rio Preto, ambos da Universidade Estadual Paulista (Unesp), servirão de base para as atividades do mestrado.
Ao todo, são 100 vagas disponíveis nos dois institutos (50 para cada unidade).
Mais informações e inscrições: www.profmat-sbm.org.br/default.asp

Olhar para a década

Em suas 20 metas, Plano Nacional de Educação mira melhorar acesso, fluxo e qualidade da educação, com valorização da carreira docente. Previsão de recursos fica abaixo da expectativa
 
Amanda Cieglinski

Após meses de debates e negociações, o Brasil tem o primeiro esboço do que será o próximo Plano Nacional de Educação (PNE), que definirá as prioridades do país na área na década 2011-2020. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em dezembro e começa a ser discutido na legislatura que tem início neste começo de ano. Em termos de formatação, o  projeto é bem diferente do PNE anterior: são apenas 20 metas (foram 295 no Plano anterior), cada uma delas acompanhada de um grupo de estratégias a serem seguidas para que os objetivos delimitados sejam atingidos. Em termos de conteúdo, não é tão inovador, já que repete algumas metas não cumpridas do plano 2001-2010. Entre elas a erradicação do analfabetismo, o atendimento de 50% das crianças de 0 a 3 anos em creche e de 30% dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior.

"Essas metas não foram cumpridas porque os governos não priorizaram o plano e  repeti-las agora é, sim, um atraso. Se o plano é de Estado, então o presidente Lula não cumpriu sua missão, já que dos dez anos de vigência oito foram no governo dele", defende Daniel Cara, presidente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Ele fez parte da comissão organizadora da Conferência Nacional de Educação (Conae), encontro convocado para traçar as bases do novo PNE. Cara avalia que o plano precisa ser melhorado, mas tem um "espírito bom", especialmente nas metas que se referem à valorização do magistério e à questão da diversidade.

Das 20 metas, pelo menos quatro tratam diretamente do professor. O PNE recomenda que o rendimento médio do profissional da educação não seja inferior ao dos demais trabalhadores com escolaridade equivalente. E também determina que os sistemas de ensino estaduais e municipais elaborem planos de carreira no prazo de dois anos e que todos os professores da Educação Básica tenham nível superior. Um terço dos 2 milhões de docentes que atuam hoje nas salas de aula têm formação inferior à superior, segundo o Censo Escolar de 2009. 

"Essas metas, colocadas em um regime de colaboração entre estados, municípios e a União, indicam a possibilidade de avançar", avalia o secretário de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo.  Ele acredita que será necessária uma atuação forte do governo federal para que essas determinações não virem letra morta. "Senão ocorrerão as distorções na interpretação das leis que os governos municipais e estaduais costumam fazer", alerta. 

Acesso
Duas em específico tratam das pontas mais frágeis da Educação Básica: a educação infantil e o ensino médio. A de número um reforça a Proposta de Emenda Constitucional 59 (PEC 59), aprovada em 2009, que determinou a universalização da matrícula de crianças de 4 e 5 anos na pré-escola até 2016. O PNE acrescenta mais uma meta de acesso: atender 50% da população de 0 a 3 anos em creche até 2020. Já a terceira meta também fala da matrícula obrigatória de todos os jovens de 15 a 17 anos até 2016, como já tratava a PEC, mas aponta para uma melhora do fluxo. Hoje, apenas 50% da população nessa faixa etária está matriculada nessa etapa; o PNE fala em elevar esse patamar para 85% até 2020. 

Já a meta de número seis fala em ampliar a oferta da educação em tempo integral para 50% das escolas públicas. Será uma tarefa difícil de cumprir, já que em 2009 apenas 4,7% das 45 milhões de matrículas se deram em estabelecimentos de ensino público com atividades no contraturno para os estudantes. 

Outra meta que poderá mexer com a organização do ambiente escolar é a 19: "garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar".  É uma tentativa de acabar com as indicações políticas para esses cargos feitas pelas secretarias de educação. Durante a entrega do PNE, o ministro da Educação, Fernando Haddad, ressaltou que essa era uma meta facilmente exequível, já que ao contrário de muitas outras não precisa de recursos, apenas da vontade do gestor.

Orçamento
Logo após entregar o texto do futuro PNE ao presidente Lula, Haddad afirmou que nenhuma das metas é "impossível de ser cumprida". Segundo ele, o custo de cada uma delas foi calculado para se chegar justamente à meta 20, que determina a ampliação progressiva do investimento público em educação até atingir o patamar mínimo de 7% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse percentual é suficiente para cumprir o plano segundo o MEC - a meta de equiparação dos salários dos professores aos de outras categorias exigiria 0,8% do PIB, por exemplo. 

Mas o assunto promete render muitas discussões no Congresso. A proposta aprovada pela Conae era de um investimento de 10% do PIB até 2020, chegando a 7% ainda em 2014. O texto do PNE fala em uma revisão das metas até 2015, mas não indica quando os 7% devem ser atingidos. Para Daniel Cara, a meta de financiamento é a mais "frágil" de todo o PNE. Ele também critica a falta de metas intermediárias que permitam um acompanhamento mais fino do cumprimento das ações previstas.

"Sem isso não há como dimensionar qual está sendo a capacidade dos sistemas de ensino em cumprir a meta. Pode se tornar angustiante perceber daqui a nove anos que estamos muito aquém do previsto porque não houve uma meta de meio terno para orientar o cumprimento", defende. Durante o mês de janeiro, a comissão organizadora da Conae se reúne para elaborar emendas ao PNE.

Para o MEC, o principal diferencial deste plano, que o fará ter um destino diferente do anterior, são as estratégias apontadas para cada meta. É como se elas fossem um guia de ações para o gestor. Para Heleno, uma inovação importante deste plano não está nas metas, mas nas diretrizes contidas no texto que falam da criação do Fórum Nacional de Educação. Concebido da Conae, ele será o espaço de fiscalização e acompanhamento do plano. Também será o responsável por organizar mais duas conferências na próxima década. "Esse instrumento será muito importante para verificar se as estratégias estão sendo colocadas em prática para que as metas sejam atingidas", avalia. 

Algumas das 20 metas do PNE 2011-2020
META 1 Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender 50% da população de até 3 anos.
META 3 Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
META 6 Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de Educação Básica.
META 11 Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
META 16 Formar 50% dos professores da Educação Básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.
META 18 Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.
META 19 Garantir, mediante lei específica, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
META 20 Ampliar progressivamente o investimento público 
em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do PIB.

Voluntários da Saúde chegam à região Serrana


Primeira equipe, formada por 28 profissionais, será dividida pelas localidades de Córrego Dantas, São Geraldo, Rio Grandina e Alto da Floresta 
Créditos: Adriano Schimit
Voluntários
A primeira equipe de voluntários da Rede Hospitalar Federal no Rio de Janeiro partiu, na manhã desta terça-feira (18/01), para Nova Friburgo com a missão de reforçar o atendimento às vítimas das chuvas, que atingiram a Região Serrana na última semana. Na bagagem, os profissionais levaram kits com material para curativo, imobilizações e pequenas cirurgias, entre outros itens, além da experiência adquirida na enchente de Pernambuco, em junho de 2010. 

Com a coordenação do diretor do Hospital Federal Cardoso Fontes, Paulo Fernandes, o grupo de 28 voluntários, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem, será distribuído em postos montados em quatro regiões críticas da cidade: Córrego Dantas, São Geraldo, Rio Grandina e Alto da Floresta. As localidades foram definidas após o reconhecimento técnico feito pelo Gabinete de Crise do Ministério da Saúde, que desde a semana passada está na região. 

“Como é uma situação crítica, é possível que a gente encontre feridos e pessoas que ainda não receberam atendimento médico”, afirma Fernandes. Para ele, também será necessária a atenção psicológica da população devido às perdas que tiveram. 

Créditos: Adriano Schimit
Voluntários
VOLUNTÁRIO
 - Um dos integrantes de equipe nasceu na região. Renan Ramos, enfermeiro do Hospital Federal do Andaraí, que também foi um dos voluntários na missão de Pernambuco, cresceu em Teresópolis e se mudou da cidade há dois anos, depois de passar no concurso do Ministério da Saúde. 

“Minha família é toda da Região Serrana, tanto de Teresópolis como de Nova Friburgo. É um pouco mais complicado você trabalhar na região onde morou e conhece as pessoas, uma vez que posso encontrar um familiar ou um amigo de infância, da universidade ou vizinho próximo que pode ter perdido tudo”, declara Renan. 

Assim que chegarem à cidade de Nova Friburgo, os voluntários irão se reunir com o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar, Oscar Berro, que também é o responsável pela coordenação do Gabinete de Crise, montado pelo Ministério da Saúde para atender às vítimas da chuva da Região Serrana. 

Créditos: Adriano Schimit
Voluntários
Balanço de ações: 
- Disponibilização de R$ 8,7 milhões para assistência hospitalar; 
- Envio de 30 kits de medicamentos e insumos estratégicos para atendimento a 45.000 desabrigados e desalojados (13/1); 
- Envio de 8 técnicos do Ministério da Saúde para apoio a Secretaria de Saúde do Estado (saúde ambiental, vigilância epidemiológica, urgência e emergência, e sangue e hemoderivados); 
- Envio de 30 mil frascos de Hipoclorito de s6dio; 
- Disponibilização de 250 mil doses de vacina dupla contra difteria e tétano; 
- Envio de material de orientação a população e aos profissionais de saúde (200.000 cartilhas “Saiba como agir em caso de Enchentes”, 50.000 cartilhas “Saiba como agir em caso de Enchentes – Abrigos”; e 45.000 folders que abordam cuidados; 
- Spots de rádio para orientação a população — veiculados nas rádios dos municípios atingidos no RJ desde 13/1; 
- Envio de 15 ambulâncias avançadas e básicas; 
- 44 pacientes transferidos para a rede hospitalar federal; 
- A Fiocruz disponibilizou o campo de futebol como base de apoio de resgate aéreo 
- Disponibilização de 6 pick-ups 4x4 
- INCA/RJ está dando suporte a mais de 200 pacientes da região 
- Apoio ao Hospital Municipal Raul Sertã, de Nova Friburgo; 

Patrícia Gomes, da Agência Saúde - Ascom MS/RJ 
21/3985-7475

Metas da educação para esta década estão em análise na Câmara

Metas da educação para esta década estão em análise na Câmara: "
Em 2011, os deputados vão discutir e votar as metas da educação brasileira para os próximos 10 anos. Os objetivos propostos pelo Executivo estão no projeto de lei que estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE), que chegou ao Congresso no último dia 20 de dezembro (PL 8035/10). A proposta prevê universalização da educação infantil até 2016, duplicação das matrículas no ensino profissional técnico de nível médio e no ensino superior até 2020, melhoria da qualidade dos ensinos fundamental e médio, aumento dos recursos aplicados na área, entre outras metas.

Algumas medidas previstas coincidem com as prioridades já anunciadas pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, para este governo. Haddad, que é ministro desde 2005 e foi confirmado no cargo pela presidente Dilma Rousseff, já anunciou que pretende garantir melhores índices de qualidade na educação básica e ampliar o acesso ao ensino médio e às creches e pré-escolas. Essas medidas também já foram destaque do discurso de posse feito no Congresso pela presidente eleita. Para o presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), o PNE é o item mais importante na pauta de toda a Câmara para este ano.

Profissionalização dos jovens
A duplicação das matrículas no ensino profissionalizante é uma das estratégias do governo para atrair os adolescentes de 15 a 17 anos de idade para a escola, segundo Vanhoni. Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) mostra que o número de jovens no ensino médio tem aumentado nos últimos anos, mas que a quantidade de adolescentes fora das salas de aula permanece estagnada.

A conclusão do instituto é que o aumento dos jovens de 15 a 17 anos na escola é consequência do fato de que cada vez mais estudantes terminam o ensino fundamental na idade correta. Mas, segundo os pesquisadores, a escola ainda não conseguiu atrair o interesse da população que desistiu de estudar, correspondente hoje a 18% do grupo.

“É necessária uma reforma profunda no currículo do ensino médio brasileiro. O jovem deve sair da escola capacitado para exercitar uma profissão. Caso contrário, o Brasil ainda terá de conviver com altos índices de abandono”, argumentou Vanhoni.

Qualidade do ensino
A melhoria da qualidade do ensino é outro grande desafio. O Ministério da Educação (MEC) criou em 2007 o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para avaliar, em uma escala de zero a dez, o desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. Hoje, por exemplo, a média geral da nota dos alunos que cursam os últimos anos do ensino fundamental é 4,0. O objetivo do governo é chegar a 5,5 até 2021.

Para a deputada Andreia Zito (PSDB-RJ), que é integrante da Comissão de Educação e Cultura, o governo já deveria ter tomado medidas para melhorar a qualidade da educação básica “há muito tempo”. “Nesses oito anos, a preocupação do governo foi com a interiorização do ensino superior, enquanto que nossas maiores necessidades já estavam caracterizadas na educação básica. Parece-me que, neste momento, o novo governo descobriu a roda e está declarando que atacará essa área. Quero acreditar que as ações sejam efetivas, pois os problemas já estão mais que identificados na base do sistema educacional”, alertou a deputada.

Mais investimento
Para executar todos esses objetivos, o PNE prevê o aumento proporcional dos recursos aplicados pela União na educação. Os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que, em 2007, União, estados, DF e municípios aplicaram 5,1% do PIBIndicador que mede a produção total de bens e serviços finais de um país, levando em conta três grupos principais: - agropecuária, formado por agricultura extrativa vegetal e pecuária; - indústria, que engloba áreas extrativa mineral, de transformação, serviços industriais de utilidade pública e construção civil; e - serviços, que incluem comércio, transporte, comunicação, serviços da administração pública e outros. A partir de uma comparação entre a produção de um ano e do anterior, encontra-se a variação anual do PIB. na área. A meta é que, até 2020, sejam investidos pelo menos 7% do PIB.

Segundo Vanhoni, a proposta do PNE deverá ser aprovada até o final do primeiro semestre de 2011. Até lá, a Comissão de Educação e Cultura vai promover uma série de audiências públicas sobre o tema. A ideia é chamar profissionais de educação, empresários, representantes de governos e de entidades filantrópicas para discutir as metas descritas no projeto.

Para o deputado, o debate deverá ser “tranquilo”. “Os partidos políticos de situação e oposição vêm tendo ideias convergentes no que diz respeito à importância da educação para o processo de desenvolvimento da nação. Nessa área, os objetivos são comuns”, disse.

Fonte: Agência Câmara

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Jovens têm pouco interesse em fazer testes de HIV


Marli Moreira

Repórter da Agência Brasil

São Paulo-As pessoas com 30 anos ou mais idade - principalmente as mulheres - são as mais preocupadas com a contaminação do vírus HIV, transmissor da aids, segundo o levantamento feito pela Secretaria Estadual da Saúde com base em 36 mil testes de diagnósticos gratuitos, realizados durante a campanha Fique Sabendo 2010, entre os meses de novembro e dezembro, do ano passado.

Uma em cada três pessoas que procuraram o teste pela primeira vez tinham mais de 40 anos de idade e a maioria dos interessados, 56,8% , na faixa dos 30 anos. Comparando-se homens e mulheres, o sexo feminino teve maior participação (53,6%), mas os resultados comprovando a infecção prevaleceu entre os do sexo masculino com número de casos três vez mais.

Entre os homens com diagnósticos positivos 53,3% tinham idade na faixa de 25 a 39 anos e a minoria 16,9% de 14 a 24 anos. Já os casos confirmados em mulheres, 56,2% tinham entre 25 e 39 anos e 13,3% de 14 a 24 anos.

Por meio de nota, a coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids, Maria Clara Gianna, alertou que “o diagnóstico tardio da doença prejudica o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes”. Diante disso, observou ser importante que haja maior interesse da população jovem porque “as pessoas iniciam a vida sexualmente ativa cada vez mais cedo”.

Ministério da Saúde divulga novo mapa de risco da dengue no Brasil



Dezesseis estados apresentam risco muito alto de enfrentar epidemia. Ministério fará o acompanhamento sistemático da implantação dos planos de contingência nesses estados, para garantir atendimento de qualidade em tempo adequado

Luis Oliveira/MS
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulgou nesta terça-feira (11), o novo mapa de risco para a dengue no Brasil. Agora, com a atualização do Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), passam de dez para 16 os estados com risco muito alto de epidemia. Por outro lado, o número de estado com risco considerado alto cai de nove para cinco. Pela manhã, Padilha e representantes de outros 12 ministérios e órgãos do governo federal se reuniram com a presidenta Dilma Rousseff para articular a formulação de ações integradas capazes de prevenir e controlar a doença, bem como garantir atendimento de qualidade, em tempo adequado, para a população acometida pela dengue.

“Queremos, no dia de hoje, reforçar duas coisas: a atuação intersetorial e a integração entre atenção à saúde e vigilância em saúde. Queremos estimular os estados e municípios a ampliarem suas parcerias no combate à dengue. O Governo Federal, os estados, os municípios e as pessoas: todos podem fazer mais no combate à dengue”, disse o ministro Alexandre Padilha.

No novo mapa da dengue no país, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro são os estados com alto risco de enfrentar epidemia neste começo de ano. Roraima, Amapá, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul estão com risco alto para a dengue e também precisam reforçar as ações de prevenção e combate à doença.

PLANO DE CONTINGÊNCIA – O ministro também determinou que o Ministério da Saúde faça o acompanhamento sistemático da implantação dos planos de contingência para enfrentar epidemias de dengue nos 16 Estados que atualmente apresentam maior risco. O monitoramento será feito em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde e vai integrar as ações de vigilância, assistência e mobilização em saúde. Na próxima semana, o ministro se reunirá com secretários de Saúde dos 16 estados com risco muito alto de epidemia da doença. “A cobrança e a parceria do Ministério da Saúde com esses secretários é a implantação das diretrizes de combate à dengue e a rede de atenção. Os estados têm papel fundamental de apoiar municípios”, disse o ministro.

O novo mapa da doença foi traçado com base no Risco Dengue, ferramenta lançada pelo Ministério da Saúde em setembro de 2010 que leva em consideração seis critérios básicos, dos quais quatro são do setor Saúde – Incidência atual de casos; incidência de casos nos anos anteriores, índices de infestação pelo Aedes aegypti e sorotipos em circulação. O quinto critério é ambiental – cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo; e o último é demográfico – densidade populacional.

A mudança no mapeamento se deve aos novos dados do LIRAa e ao monitoramento do número de casos de dengue no início de 2011. Atualmente, de acordo com as Secretarias Estaduais de Saúde, cinco Estados apresentam aumento no número de casos da doença: Amazonas, Acre, Mato Grosso, Goiás e Espírito Santo.
mapa


Em setembro de 2010, quando o Risco Dengue foi lançado, os Estados que estavam em risco muito alto de epidemia eram Amazonas, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro. Nove Estados estavam em risco alto: Mato Grosso, Pará, Tocantins, Rio Grande do Norte, Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais São Paulo e Paraná.

70 MUNICÍPIOS – Com a aplicação do critério de densidade populacional (previsto no Risco Dengue) aos 178 municípios com alto índice de infestação pelo Aedes aegypti, o Ministério da Saúde identificou 70 considerados prioritários para o controle da dengue neste momento. De acordo com o LIRAa 2010, 24 cidades, incluindo Rio Branco e Porto Velho, estão com índice alto de infestação (acima de 4% dos imóveis pesquisados). Outras 154 cidades, incluindo 14 capitais, estão em situação de alerta (índice de infestação entre 1% e 3,9%).

“É importante nos antecipar a um crescimento de casos e óbitos de dengue. Para isso, estamos monitorando, nesses 70 municípios, o número de óbitos diariamente e o número de casos semanalmente”, informou o ministro Alexandre Padilha. O sistema de monitoramento de casos e óbitos nesses municípios será implantado em parceria do Ministério com as secretarias estaduais e municipais de saúde.

Padilha disse, ainda, que o Ministério divulgará o protocolo de atendimento de paciente com dengue junto às operadoras privadas de saúde; e estimulará estados e municípios a ampliarem suas parcerias no combate à dengue.

Outras ações realizadas ao longo de 2010 para reforçar o apoio do Ministério da Saúde aos estados:

Equipamentos e insumos: • 40 picapes cabine dupla
• 375 nebulizadores costais
• 134 veículos fumacê na reserva estratégica nacional
• 5.544 kits para testes de laboratório, suficientes para realizar 530 mil exames
• 400 mil Cartões de Acompanhamento do Paciente
• 2,7 milhões de folderes educativos ( população geral, profissional e gestor de saúde)

Medicamentos: • 2,77 milhões de unidades de paracetamol (gotas e comprimidos)
• 2,03 milhões de frascos de soro fisiológico injetável
• 562,7 mil envelopes de sais de reidratação oral

Remessas de inseticidas:
• Larvicidas: 3,42 toneladas
• Adulticidas: 219.236 litros


Outras informações
Atendimento à Imprensa
(61) 3315 3580 e 3315 2351

Grupo de hipertensos e diabéticos

Grupo de hipertensos e diabéticos: "
No dia 12/01/2011 as 8:00h da manhã a Equipe Dedé realizou atividade educativa em grupo com os hipertensos e diabéticos, pertencentes a área de abrangência da equipe, no total foram 31 usuários atendidos.

Logo no inicio eles foram pesados medidos e verificado a pressão arterial e teste glicêmico, na sequência foi feita uma roda de conversa, com a Médica, Enfermeira, Tec. de Enfermagem e Agentes de Saúde,falando sobre controle sobre estas doenças , alimentação e dicas de hábitos saudáveis para melhoria de vida.

Próximo encontro esta marcado para o dia 26/01/2011. As 14:00h

Saiba um pouco sobre estas doenças:

HIPERTENSÃO: A pressão sanguínea é a força que o sangue exerce sobre as paredes dos vasos sanguíneos. O coração bombeia sangue para as artérias (vasos sanguíneos), que levam o sangue para o corpo todo.
A pressão alta, também chamada de hipertensão, é perigosa porque faz o coração trabalhar mais para bombear o sangue para o corpo.
Isso contribui para o endurecimento das artérias (arteriosclerose) e para o desenvolvimento de uma parada cardíaca.

DIABETES: Diabetes é uma doença causada pela deficiência na produção de insulina.
O pâncreas é o órgão responsável pela produção deste hormônio, que tem uma função bastante simples: aumentar a permeabilidade da membrana plasmática a glicose.
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PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: O BRASIL LEVADO A SÉRIO NO REINO UNIDO


por Newton Lemos, do via blog Saúde com Dilma
Muitos setores do Brasil ainda se perdem numa discussão sobre o valor e as potencialidades da Estratégia de Saúde da Família, procuram separar o PSF do conceito de Atenção Primária, enfim, resistem a uma visão mais abrangente do modelo substitutivo de APS adotado pelo Brasil.
Como santo de casa não faz milagre mesmo, a opinião técnica externa passa a ter um valor de maior relevância e isenção. E quando esta opinião é publicada como EDITORIAL no British Medical Journal (BMJ), um dos mais respeitados e rigorosos periódicos científicos de saúde no mundo, cujo berço é o Reino Unido (onde nasceu a primeiro grande modelo de saúde pública do pós-guerra – o NHS), não tem como considerarmos o assunto como coisa pouca (clique aqui para ver o editorial).
Publico aqui a tradução deste editorial em Português, para que todos possam conhecer o seu conteúdo, e chamo a atenção para duas partes muito especiais do texto escrito pelo autor, que diz assim:

” O Programa de Saúde da Família do Brasil é provavelmente o exemplo mundial mais impressionante de um sistema de atenção primária integral de rápida expansão e bom custo-efetividade. Mas seus êxitos não têm recebido o merecido reconhecimento internacional. O potencial das reformas em saúde no Brasil e, especificamente, do Programa de Saúde da Família, em prover atenção em saúde a um custo acessível foi mencionado há 15 ou mais anos atrás no British Medical Journal (BMJ). Em muitos aspectos aquela promessa foi mais do que cumprida, mas a história de sucesso da atenção primária em saúde do Brasil continua pouco compreendida e ainda fracamente difundida ou interpretada para outros contextos.”
“A ascensão política e econômica do Brasil no mundo deve englobar seu papel de liderança na atenção primária em saúde (APS). Todos temos muito a aprender – façam o sistema funcionar corretamente e os resultados virão, mesmo com recursos limitados. Os formuladores de políticas em saúde no Reino Unido têm um histórico em observar os Estados Unidos da América na busca de exemplos de inovação no provimento de atenção à saúde, apesar de seus resultados relativamente fracos e altos custos. Eles poderiam aprender muito voltando seus olhares ao Brasil.”
Obrigado ao BMJ por este arroubo de lucidez e pelos elogios ao Brasil. O PSF precisa mesmo ter o seu “merecido reconhecimento internacional”; mas isso é muito verdadeiro e necessário também aqui dentro do Brasil.
PS: Quem puder, faça este artigo chegar às mãos do Ministro Padilha, por favor.

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Casos graves de dengue deverão ser notificados

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Inscrições abertas para as escolas da Prefeitura

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Educopédia pelos alunos

Educopédia pelos alunos: "
Conheça a Educopédia pelos alunos da Rede Municipal de Educação.


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Modelo de cracha

Modelo de cracha: "




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Desafio da nova presidente do Inep é recuperar Enem. E permanecer no cargo

Desafio da nova presidente do Inep é recuperar Enem. E permanecer no cargo: "Em oito anos, instituição teve seis presidentes. Para especialistas, trocas constantes prejudicam trabalho da autarquia responsável pelo Enem

Projeto No Ar, Todos Pela Educação de janeiro aborda a volta às aulas

Projeto No Ar, Todos Pela Educação de janeiro aborda a volta às aulas: " Já estão disponíveis no site do Todos Pela Educação as peças de janeiro do projeto “No Ar Todos Pela Educação”, com o tema “Volta às Aulas”. Ao acessar o conteúdo deste mês você ouve o depoimento do ator Thiago Lacerda, dicas interessantes sobre a volta às aulas e uma música que aborda esta importante [...]"

São João de Meriti: chuva provoca 14 ocorrências, entre quedas de árvores, deslizamentos e desabamentos

São João de Meriti: chuva provoca 14 ocorrências, entre quedas de árvores, deslizamentos e desabamentos: "

RIO - A subsecretaria de Defesa Civil de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, informa que a cidade agora está está em alerta nível 3, devido às 14 ocorrências registradas depois da forte pancada de chuvas que castigou a cidade no final da tarde desta terça-feira, por 35 minutos, causando um acumulo de 45 mm
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Saúde reforça alerta contra epidemias na região serrana do Rio

Saúde reforça alerta contra epidemias na região serrana do Rio: "

BRASÍLIA - O Governo Federal quer evitar surtos de doença na região serrana do Rio de Janeiro, devastada por fortes chuvas e avalanches de terra na semana passada
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Academias Cariocas da Saúdejá beneficiam 3.600 cidadãos e apresenta resultados positivos

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