segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Livros em braille são distribuídos gratuitamente para todo o Brasil

 http://redir.folha.com.br/redir/online/equilibrioesaude
Livros em braille são distribuídos gratuitamente para todo o Brasil: "Lino", de André Neves; "Poesia na Varanda", de Sônia Junqueira; e "O Ratinho, o Morango Vermelho Maduro e o Grande Urso Esfomeado", de Don e Audrey Wood fazem parte da Coleção Itaú de Livros Infantis, que já foi distribuída a sete milhões de pessoas. Agora essas histórias ganharam edição para deficientes visuais e saem em braille e em fonte ampliada. "Lino" (ed. Callis) fala da amizade entre o porquinho que dá nome ao livro, a menina Estrela e a coelha Lua, que desaparece de uma fábrica de brinquedos. Leia mais (07/01/2013 - 16h20)

IDÉIA DE CAMPANHA - JOGUE O LIXO NO LIXO

FONTE: http://www.pragentemiuda.org

ATENÇÃO - : DOENÇAS DA ENCHENTE APARECEM EM ATÉ 60 DIAS

 http://cvasrio.blogspot.com/
Vítimas de alagamentos estão sujeitas a infecções perigosas, como leptospirose. Males causados por vermes demoram a aparecer, aumentando os perigos

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Além de todos os transtornos causados pelas fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro nos últimos dias, a população afetada ainda precisa se preocupar com outro problema: as doenças que as enchentes podem causar, especialmente em idosos e crianças, por conta do organismo mais frágil. Especialistas alertam que, dependendo da enfermidade, a vítima pode até morrer. Algumas doenças levam até dois meses para se manifestar.

Uma das principais doenças causadas pelo acúmulo de água é a leptospirose, transmitida pela urina dos ratos. O mal costuma ter alta ocorrência quando as pessoas começam a limpar suas casas e têm contato com a água e a lama contaminadas.

O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, explica que, para evitar a contaminação, as pessoas devem se proteger no momento da limpeza. “O ideal é usar luvas e botas bem amarradas. Caso não possuam esses itens, usem sacos plásticos nas mãos e nos pés. A higienização cuidadosa também é essencial”, alerta.

Chieppe ainda relembra que é preciso prestar atenção na aparência da água ou de alimentos antes de ingeri-los.

“Por serem mais frágeis, crianças e idosos devem redobrar a atenção.”

Além da leptospirose, doenças diarreicas, hepatite A, meningite e tétano também são comuns.

O infectologista da Sociedade Brasileira de Imunização André Cunnerow alerta que um grande problema é o momento em que os sintomas aparecem.

Enquanto a hepatite A e a leptospirose são identificadas rapidamente, outras podem demorar, o que aumenta o risco. “As causadas por vermes só aparecem entre 30 e 60 dias após a contaminação. As pessoas não podem se descuidar. Precisam ir ao médico assim que notarem sintoma.”

TÉTANO
A doença pode ser prevenida com vacina. As pessoas que ainda não se vacinaram, ou não tomaram a dose de reforço depois de dez anos da primeira aplicação, devem procurar postos de saúde para receberem a injeção.

DIARREICAS E HEPATITE A
A atenção deve ser redobrada na ingestão de água e alimentos. Mesmo que o líquido venha de caminhões-pipa, ferva e filtre a água. Outra opção é diluir duas gotas de hipoclorito de sódio em um litro de água por 30 minutos para eliminar as bactérias.

LEPTOSPIROSE
As pessoas que já tiveram contato com a lama devem ter o hábito de higienizar muito bem a parte do corpo que tenha ficado suja. Procure sempre usar luvas, botas ou sacos plásticos para proteger os membros na hora da limpeza e evitar o contágio.

MENINGITE
Se estiver em ambientes fechados, evite o contato físico com pessoas que apresentem vômitos constantes, febre alta, fortes dores de cabeça, fraqueza e manchas vermelhas parecidas com os sinais de picadas de mosquito.

Disponível em: <http://odia.ig.com.br/portal/cienciaesaude/doen%C3%A7as-da-enchente-aparecem-em-at%C3%A9-60-dias-1.532721>.Acesso em: 07 jan. 2013

Áreas pobres do país ainda sofrem com doenças ‘esquecidas’

 http://www.blogdasaude.com.br/
Tracoma, hanseníase, filariose, esquistossomose, leishmaniose, doença de Chagas e geohelmintíases. Aprendidas nas escolas, mas muitas vezes esquecidas, as doenças ainda fazem vítimas no país. Elas são classificadas pelo Ministério da Saúde como doenças negligenciadas ou, ainda, doenças transmissíveis relacionadas com a pobreza.
Muitas vezes, essas doenças têm pouca atenção do setor farmacêutico e de governos. A esquistossomose, por exemplo, é transmitida onde há água contaminada.
Em comum, matam pouco ou devagar, afetam mais pobres e se concentram em áreas rurais ou marginalizadas. No país, a maior parte está no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
“Você não precisa fazer advocacia de epidemia, dizer ‘dengue é importante’. Já essas doenças, a sociedade não percebe mais”, diz Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do ministério.
Em 2010, por exemplo, 34,9 mil novos casos de hanseníase foram registrados. Doenças que provocam mobilização, como os casos graves de dengue e de Aids, tiveram 17,5 mil e 34,2 mil registros, respectivamente, no mesmo ano.
Os desafios são medicamentos mais modernos, políticas de governo mais afinadas e, ainda, uma maior mobilização dos médicos, aponta Eric Stobbaerts, diretor-executivo da DNDi (Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas) no país.

TESTE EM MASSA

Barbosa diz que ajustes nas estratégias permitiram que o país esteja perto de eliminar a filariose na região de Recife e a oncocercose entre Yanomamis -últimos focos dos males. É possível que se atinja neste ano a meta para 2015 de menos de um caso de hanseníase para cada 10 mil habitantes.
Em março, o ministério fará campanha em escolas de ao menos 800 municípios para achar casos de hanseníase. Filariose, tracoma e geohelmintíases também serão tratadas.
Fonte: Folha de S. Paulo

FIQUE SABENDO - Mioma aumenta fluxo menstrual e pode levar à falta de ferro no sangue

 http://www.blogdasaude.com.br/
A anemia causada pela deficiência de ferro no organismo provoca fraqueza, desânimo, falta de atenção, queda de cabelo e também prejudica a memória, o aprendizado e o desenvolvimento.
Porém, a causa desse problema nem sempre é a alimentação e por isso deve ser investigada, como alertaram o ginecologista José Bento e o hematologista Rodolfo Cançado no Bem Estar desta segunda-feira (7).
Uma das possíveis causas da anemia são os miomas nas mulheres. Eles aumentam o fluxo menstrual e há uma perda intensa de sangue, o que pode levar à carência ou ausência de ferro no organismo. Nesse caso, a histerectomia, cirurgia de remoção do útero, pode resolver o problema já que consegue retirar esses miomas.
 
Apesar de ser a cirurgia mais comum entre as mulheres, a histerectomia deve ser o último recurso contra doenças e outras complicações.Existem técnicas que retiram apenas a parte superior do útero e mantém o colo, porém mesmo assim, a irrigação dessas regiões pode se prejudicar e a mulher pode sentir sintomas como calor e perda da libido – em alguns casos, a histerectomia causa também dor na relação sexual.
É regra que na cirurgia se preserve os ovários, a não ser que eles também estejam com algum problema. Após a operação, a mulher não vai mais menstruar e não poderá ter mais filhos, mas poderá manter a qualidade de vida.
Já nos homens, a perda de sangue pode acontecer por causa de doenças inflamatórias ou câncer no intestino. Essa inflamação intestinal pode dificultar a absorção do ferro, o que causa a anemia em grande parte dos adultos.
Para evitar o problema, seja qual for sua causa, é importante detectar antes a carência de ferro no sangue através de um exame simples, barato e disponível no SUS, que avalia os níveis de ferritina, um marcador do estoque de ferro no fígado. Se diagnosticada essa carência, o médico deve agir o quanto antes para impedir que ela evolua para uma deficiência da substância.
Se for diagnosticada a anemia e descoberta sua causa, o médico pode orientar o tratamento da melhor maneira, com a ajuda também de um nutricionista que pode passar uma suplementação de ferro para o paciente seguir corretamente.
Fora isso, a alimentação também pode ajudar com a ingestão de carnes, como o fígado, e a ingestão de vegetais e frutas, como brócolis, espinafre, couve, rúcula, limão e laranja.
Fonte: Bem Estar

ATENÇÃO - Seleção de projetos para DST/aids e hepatites virais vai até 15 de janeiro

 http://www.blog.saude.gov.br/
 
Eventos nacionais e regionais nas áreas de aids, outras doenças sexualmente transmissíveis e hepatites virais podem participar de seleção para financiamento de projetos. Podem inscrever propostas organizações não governamentais especializadas, com experiência mínima de três anos de atuação no segmento. O prazo final para envio de propostas é 15 de janeiro de 2013. Serão destinados R$ 2 milhões para a iniciativa.

Serão priorizados eventos que discutam um ou mais dos seguintes temas:
  • Prevenção das DST/aids e hepatites virais;
  • Inovações no campo da promoção de saúde;
  • Promoção de direitos humanos, redução do estigma e da discriminação às pessoas vivendo com HIV/aids e portadores de hepatites virais;
  • Prevenção e promoção de saúde para populações em situação de maior vulnerabilidade às DST/HIV/aids e às hepatites virais;
  • Incentivo ao aumento da cobertura da testagem para diagnóstico precoce e prevenção da transmissão vertical do HIV;
  • Prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST), com ênfase no incentivo à prevenção da sífilis na gestação (gestante e parceiros);
  • Protagonismo e participação social de pessoas vivendo com HIV/aids e portadores de hepatites virais.
A iniciativa é do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). O resultado da seleção técnica será divulgado até o dia 21 de fevereiro de 2013.

É preciso atenção redobrada quando as crianças estão brincando em praias, rios e piscinas

 http://www.blog.saude.gov.br/

Foto: Harry Vorsteher/Corbis
Início de ano é um período de festas e as pessoas evitam falar de tristezas e tragédias. Porém elas ocorrem, principalmente as relacionadas ao lazer e viagens, como os casos de afogamentos. Segundo dados do Sistema Nacional de Mortalidade, mais de 5,4 mil pessoas morrem afogadas por ano no país, sendo que cerca de 2 mil óbitos ocorrem nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, época em que os brasileiros estão de férias.
As estatísticas são de 2010, mas servem de parâmetros para ações preventivas de saúde. A boa notícia é que este tipo de tragédia está em queda entre as crianças de até 10 anos de idade: na última década, os afogamentos caíram de 1.052 para 732 (2000-2010). Mesmo assim, todo cuidado é pouco. “O risco é maior em áreas onde se pratica atividades recreativas na água, mas até a piscina doméstica e a banheira podem trazer risco”, afirma Marta Silva, coordenadora da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde.
Marta alerta que o acidente pode tornar-se fatal ao resultar em problemas respiratórios devidos à aspiração de líquido ou a infecções adquiridas. Quem engole água pode apresentar queda da temperatura do corpo, distensão do abdome, tremores, dores musculares, náuseas e vômitos. Casos mais graves podem acarretar em parada cardíaca e morte.
Para prevenir afogamentos, os adultos devem estar sempre próximos das crianças enquanto elas estiverem na água, mesmo que elas saibam nadar. “Nem mesmo por poucos segundos as crianças pequenas devem ser deixados sozinhos no banho”, aconselha a médica. Ela lembra que para os adultos o alerta é para o consumo de álcool e de certos medicamentos, pois provoca a diminuição da concentração, piora dos reflexos e perda de equilíbrio, aumentando assim as possibilidades de afogamento. “Para bebês e crianças pequenas, até baldes, banheiras e vasos sanitários podem oferecer riscos. Um adulto deve sempre supervisionar as crianças e adolescentes onde houver água, mesmo que saibam nadar ou que os locais sejam considerados rasos; devem-se cercar piscinas”, ensina Marta.
Atendimento de emergência - O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) presta serviço também em caso de afogamento. O serviço faz parte da estratégia Saúde Toda Hora e ajuda a organizar o atendimento na rede pública prestando socorro à população em casos de emergência. O SAMU realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas, contando com as Centrais de Regulação, profissionais e veículos de salvamento.
A ligação feita para o número 192 é atendida por técnicos que identificam a emergência e, imediatamente, transferem o telefonema para o médico regulador. Esse profissional faz o diagnóstico da situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações.
Prevenção - Desde 2001, o Ministério da Saúde investe na Política Nacional de Redução da Mortalidade por Acidentes e Violências. Ao longo da última década, diversas estratégias foram desenvolvidas para a implantação dessa política. Dentre elas, está a estruturação da Rede Nacional de Prevenção da Violência e de Promoção da Saúde. Atualmente, a rede conta com mais de 800 municípios, que desenvolvem ações de promoção da saúde e de vigilância e prevenção às crianças e adolescentes. Através da Portaria 2802, de dezembro de 2012, o Ministério da Saúde estabeleceu ainda repasse de R$ 31,4 milhões para ações de vigilância e prevenção de violências e acidentes.
Foi implantado também o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA), com o objetivo de obter informações sobre o comportamento desses agravos, subsidiar ações de enfrentamento dos determinantes e condicionantes das causas externas. O Viva aponta 15.098 atendimentos por acidentes domésticos realizados em serviços de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde. Deste total, 32% eram menores de 9 anos de idade, ou seja, 4.740 crianças. A pesquisa VIVA, realizada entre setembro e novembro de 2009, mostra que 57% dos atendimentos foram de meninos. Em 58% dos casos, o tipo de ocorrência eram quedas e 31% das lesões eram cortes ou lacerações.
Fonte: Maria Vitória e Fabiane Schmidt / Agência Saúde

Educação no Rio - o início da virada

 http://www.andrearamal.com.br/
Educação no Rio - o início da virada

Biblioteca de Irajá inscreve gratuitamente para programa de férias

 Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/
Biblioteca de Irajá inscreve gratuitamente para programa de férias: A Biblioteca Popular Municipal João do Rio, em Irajá, oferece ao público infantil um programa de férias durante todo o mês de janeiro, com atividades recreativas.

Começa amanhã (8) na Espanha conferência da ONU sobre cooperação para água

 http://www.onu.org.br/
 Ano Internacional de Cooperação de Água 2013 
Especialistas do mundo todo se reunirão em Saragoça, Espanha, entre os dias 8 e 10 de janeiro para se preparar para o Ano Internacional da Cooperação da Água 2013. Proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 11 de fevereiro de 2011, o objetivo deste Ano Internacional é aumentar a conscientização, tanto para o potencial de uma maior cooperação quanto para os desafios da gestão da água em função do crescimento da demanda por acesso a água, alocação e serviços.
A Conferência Anual da ONU sobre Água 2012/2013 concentrará suas discussões na questão da cooperação sobre a água, o que inclui temas como a negociação e a mediação de conflitos relacionados a recursos hídricos em nível nacional e internacional. A cooperação é necessária para lidar com decisões sobre alocação da água, impactos da poluição desse recurso, captação, construção e gestão de infraestruturas novas, entre outros.
O evento será transmitido pela internet. Para mais informações, clique aqui.

IDÉIAS - Enfeites sala de aula

 http://cantinhodatiasheila.blogspot.com/
Enfeites sala de aula:

E como nem nas férias consigo ficar parada, já fiz alguns enfeites de sala de aula. Ficaram bem legais!!! Espero que gostem...

















FIQUE SABENDO - Vitamina B12: 30 informações importantíssimas, por Dr. Eric Slywitch

Esse assunto não é polêmico, mas tenho recebido diversas dúvidas por e-mail e dos pacientes que atendo devido a dados desencontrados, tanto de profissionais de saúde, quanto de pessoas adeptas ao vegetarianismo ligadas a filosofias e à espiritualidade.

Nesse artigo vamos conversar sobre diversos assuntos, que vão desde os sintomas da deficiência, tratamento e até questões filosóficas.

Apenas para relembrar: vitamina B12 só é encontrada em carnes, leite, queijos, ovos e suplementos. A B12 encontrada em algas e alimentos fermentados é diferente da que necessitamos para o nosso metabolismo.

Cerca de 50% dos vegetarianos têm carência de vitamina B12
Cerca de 40% dos não vegetarianos têm carência de vitamina B12

1)    Quais são os primeiros sintomas da deficiência?

A deficiência de vitamina B12 traz sintomas bastantes inespecíficos, o que, algumas vezes, dificulta o diagnóstico clínico (por meio de sinais e sintomas), sendo necessário a avaliação por exames laboratoriais para descartar outros problemas com sintomas semelhantes.

O sintoma mais precoce que tenho visto em pacientes que atendo são queixas de formigamento nas pernas após poucos minutos sentado com as pernas cruzadas. Da mesma forma, as queixas de redução da atividade cognitiva (concentração, memória e atenção) são regra. Na deficiência de B12 há dificuldade de manter a atividade intelectual com conforto.

A deficiência de B12 pode se manifestar com alteração da sensibilidade dos pés e das pernas, redução da propriocepção (a pessoa tem dificuldade de perceber adequadamente o próprio corpo) e sintomas psiquiátricos.

A anemia por falta de B12 pode ocorrer, mas é menos comum do que os sintomas neurológicos citados acima.

2)    Por que alguns profissionais não chegam à mesma conclusão no diagnóstico da B12?

A resposta é bem simples: porque nenhum profissional consegue saber tudo de todos os assuntos. O acúmulo de conhecimentos faz com que exista a necessidade de especialistas em diversas áreas. Isso não é uma fragmentação do todo, mas sim uma necessidade de aprofundar mais algumas áreas do conhecimento.

O diagnóstico da deficiência da B12 é claro quando o profissional conhece o assunto, e não há margem para equívocos quando há esse domínio.

3)    Como fazer o diagnóstico da falta de B12?

Esse diagnóstico é feito, basicamente, pela avaliaçaõ da B12 no sangue, associado ou não aos sintomas de deficiência. O diagnóstico pode ser complexo em algumas poucas situações, e depende dos exames que temos em mãos. Na maioria das vezes é muito simples.

4)    A dosagem da vitamina B12 no sangue

Esse exame é o mais comumente utilizado, e sujeito a muitos erros de interpretação. Para entendermos o porquê, é necessário conhecermos a forma que ele foi elaborado.

No passado, foram recrutadas cerca de 250 pessoas aparentemente normais, sendo coletado o sangue dessas pessoas. Dos valores encontrados, 95% delas estavam entre 200 a 900 pg/mL de vitamina B12.  Assim, esse valor foi utilizado como faixa de normalidade.

Veja que problema é essa faixa de normalidade! Primeiro: a normalidade foi estabelecida de forma muito subjetiva. Segundo: a faixa é muito ampla (200 a 900 pg/mL, o que já sugere uma flexibilidade exagerada na análise dos dados).

Com marcadores sanguíneos diferentes, verificamos que estar nessa faixa de normalidade não significa estar com bons níveis sanguíneos.

Logo abaixo veremos os níveis que ela deve ser mantida.

5)    Então a avaliação da B12 no sangue não é útil para o diagnóstico?

Ela é útil sim, inclusive é o melhora parâmetro de análise, mas deve ser avaliada com critério pelo seu médico, pois é necessário correlacioná-la com outros dados clínicos e laboratoriais.

6)    Ouvi dizer que a dosagem de B12 não é adequada para o diagnóstico, pois ela é feita no sangue, e não dentro da célula (intracelular).

A dosagem da B12 no sangue é muito útil para o diagnóstico sim! Os níveis no sangue refletem os níveis dentro das células.

A deficiência de B12 pode ser dividida em 4 estágios. Nos 2 primeiros estágios, os compostos que ficam alterados (já decorrentes da falta de B12) só podem ser dosados em laboratórios muito especializados, e por isso não conseguimos o diagnóstico precoce. Nesses dois estágios iniciais, a B12 já está baixa dentro da célula (no plasma intracelular), e por isso os compostos ficam alterados.

No terceiro estágio, outros compostos estão alterados, como a homocisteína e o ácido metilmalônico. Portanto, a alteração desses 2 compostos, que podemos dosar, já indica uma deficiência mais avançada.

No quarto e último estágio, além das alterações já descritas, podem aparecer os sintomas e alterações no hemograma.

Assim, desde os estágios mais precoces da deficiência a B12, ela já se encontra reduzida dentro das células. A B12 no sangue simplesmente reflete a B12 intracelular.

7)    Então quais são os exames necessários para avaliar a B12?

A dosagem da B12 no sangue sempre deve ser feita. É o primeiro exame que deve ser pensado para avaliá-la.

A dosagem da homocisteína e do ácido metilmalônico (que se elevam na deficiência da B12) podem ser utilizados, mas na prática, são desnecessários.

O hemograma, para ser utilizado, depende de muita habilidade de quem o lê, pois diversos fatores interferem nos parâmetros que podem indicar a deficiência de B12.


8)    A B12 deve sempre permanecer acima de 490 pg/mL!!

Esse número não é um número mágico e muito menos arbitrário.

Estudo publicado há vários anos já demonstrou que quando a B12 está abaixo de 490 pg/mL (sendo a referência de 200 a 900 pg/mL), ela já é potencialmente deficiente.

Outro estudo demonstrou que quando a B12 está abaixo de 350 pg/mL, muitas pessoas podem apresentar sintomas de deficiência de B12, especialmente relacionados ao sistema nervoso.

9)    Qual é o valor ideal que a B12 deve ser mantida?

Essa pergunta pode ser respondida de formas diferentes.

A melhor forma de avaliar isso é por meio de diversos exames interligados, pois a B12 muda vários parâmetros do nosso metabolismo.

Assim, como regra simples, utilizando como referência um estudo científico que fez essas correlações com dezenas de indivíduos (vegetarianos e não vegetarianos), podemos seguir as seguintes diretrizes:

- quando a B12 no sangue está acima de 490 pg/mL, raramente um indivíduo tem carência de B12;
- a homocisteína é outro parâmetro, e deve permanecer sempre abaixo de 8 mcmol/L.Essa dosagem é dispensável.

Assim, a dica é:

Mantenha sempre a B12 acima de 490 pcg/mL. A homocisteína deve permanecer abaixo de 8 mcmol/L.
Pessoas com níveis abaixo de 490 pg/mL podem ou não estar com deficiência de B12, mas isso só pode ser avaliado por um médico que domine o assunto.

10)    Talvez você se confunda ao avaliar os exames laboratoriais.

Talvez não, com certeza haverá confusão, pois essa avaliação deve ser feita pelo seu médico.

Não basta olhar as referências de normalidade nos exames, pois é necessário conhecer diversas condições do organismo. Avaliação de exames não se faz simplesmente olhando as faixas de normalidade.

11)    Tratamento da deficiência e manutenção são coisas diferentes

Quando a pessoa está com deficiência há necessidade de tratar a deficiência, elevando os níveis de B12 para valores seguros. Após a pessoa ter níveis adequados de B12, o suplemento ou a alimentação, é utilizada para manter esses níveis adequados.

Assim, a dose e freqüência de uso da B12 para tratar a deficiência são diferentesdo utilizado para a sua manutenção.

12)    O custo da B12

A B12 é barata. Algumas pessoas questionam que a necessidade de uso da B12 é uma mentira inventada pela indústria farmacêutic para ter lucro, mas isso não é verdade. Ela é muito barata, além de ser necessária. Basta avaliar os sintomas de quem tem deficiência, o que corresponde a cerca de 50% das pessoas.

13)    Absorção da B12

Após ingerida, retirada do alimento (o que depende em parte do ácido do estômago), ligada ao Fator Intrínseco (produzido no estômago), a B12 é absorvida no final do intestino delgado. Só para relembrar: para a B12 ser absorvida em condições fisiológicas, ela deve estar ligada ao fator intrínseco.

Precisamos absorver, para manter os níveis de B12 no organismo, cerca de 1 mcg de B12 por dia. A recomendação de ingestão diária de 2,4 mcg para um adulto leva em consideração o fato de que conseguimos absorver a metade do que ingerimos numa dieta onívora, de forma geral.

A absorção intestinal é limitada. A B12 não entra aleatoriamente no organismo. No intestino há “seguranças” (receptores de B12) que permitem a entrada de cerca de 1 a 1,5 mcg de B12 a cada 4 a 6 horas. Dessa forma, se você pensou na matemática, calculou que, considerando 3 refeições, podemos absorver até 4,5 mcg de B12 por dia.

Pronto! É aqui que começa a confusão, pois medicina é diferente de matemática!!

Vamos começar pela manutenção e depois falaremos sobre o tratamento da deficiência.

14)    Manutenção dos níveis de B12

Nesse momento vamos entender que os seus níveis de B12 estão adequados, e pretendemos mantê-los adequados.

14.1- Com o uso da B12 diariamente, por via oral

A dose preconizada para isso é de 5 mcg de B12 por comprimido, no mínimo. Alguns suplementos no mercado apresentam doses maiores que essa, como 10 ou 15 mcg. Não há problema em utilizá-los.

Na minha experiência profissional, verifico que essa dose é insuficiente para manter os níveis adequados. São pouquíssimas pessoas que conseguem fazer uma manutenção com doses tão baixas. As doses de manutenção não podem ser padronizadas, pois a variação de necessidade de uma pessoa para outra são enormes. Um pessoa pode necessitar menos que 10 mcg por dia ou até mais que 2.000 mcg por dia.

14.2- Com o uso da B12 semanal, por via oral

Há tempos atendi uma pessoa que fez o seguinte cálculo: se preciso ingerir 2,4 mcg de B12 por dia, isso significa que devo tomar uma dose única semanal de 16,8 mcg (2,4 mcg x 7 dias). Esse cálculo é lógico para a matemática, mas não para a biologia.

A dose de manutenção preconizada para ser tomada 1 vez por semana é de 2.000 mcg.

No entanto, na minha prática profissional, também observo que essa dose não é adequada. Atendo muitas pessoas tomando essa dose que estão fazendo manutenção da deficiência. A dose para uso semanal, além de individual, para ser eficiente, costuma ser bem maior que essa.

Mas por que devo tomar 2.000 mcg 1 vez por semana se consigo absorver apenas 1 a 1,5 mcg a cada 4 ou 6 horas? Não vou perder o que ingeri?

Mais uma vez: biologia e matemática são coisas diferentes.

Quando a B12 ingerida é proveniente da alimentação, ou de suplementos com baixas doses, a regra de absorção de 1 a 1,5 mcg a cada 4 ou 6 horas é válida, pois os “seguranças do intestino” (os receptores intestinais) conseguem limitar a entrada da B12.

No entanto, quando uma megadose de B12 é administrada ocorre um “arrastão de B12”, que entra no intestino passando por cima dos “seguranças”.

Tecnicamente dizemos que a absorção de B12, que segue o processo de pinocitose, passa a ser por difusão.

Assim, apenas para ilustrar, a B12 é uma pessoa que quer entrar numa festa (dentro do organismo). Para isso ela chega na porta, onde está o segurança da festa (o receptor intestinal), que a deixa entrar conforme as suas possibilidades. No entanto, se há muitas pessoas (uma multidão) para entrarem na festa, elas começam a pular o muro.

14.3- Com o uso da forma injetável

Para isso pode ser utilizada uma aplicação de B12 com cerca de 5.000 UI a cada 6 meses ou um ano.

Essa é a recomendação médica que existe na literatura e que eu mesmo prescrevi por algum tempo. No entanto, raramente prescrevo dessa forma, pois tenho visto que a via oral é muito mais eficiente. Sugiro não confiar na aplicação semestral da B12 intramuscular.

14.4- Com a alimentação

Muito cuidado aqui!! Os alimentos que contém B12 ativa são as carnes, queijos, leite e ovos, além dos alimentos enriquecidos.

A ingestão de B12 por meio de derivados animais precisa ser constante e em quantidade adequada. Apenas para termos uma idéia, a quantidade de leite necessária para conseguirmos uma quantidade diária mínima de B12 seria de cerca de 650 mL por dia.

Muitos vegetarianos que utilizam derivados animais, tendem a reduzir o consumo desses produtos, o que torna a ingestão de B12 ainda menor.

São raros os pacientes ovolactovegetarianos que atendo com níveis adequados de B12, após anos de dieta vegetariana.

E mesmo ingerindo até mais que o preconizado (2,4 mcg), você pode ter deficiência, pois essa vitamina depende muito mais do funcionamento do nosso organismo do que da quantidade que ingerimos.

Não complique! Dose a B12 no sangue!

A biodisponibilidade da vitamina B12 nos alimentos

De forma geral, a quantidade de B12 que conseguimos absorver dos seguintes “alimentos” é a seguinte:

Alimento/ Biodisponibilidade da B12 (%)
Carne vermelha  56 a 77
Peixe 42
Frango 61 a 66
Leite 65
Ovos menos do que 9
O teor de B12 nesses alimentos é variável (veja a tabela no meu livro: Alimentação sem carne – guia prático; na página 61)


15)    Tratamento da deficiência

Para elevar os níveis de B12 no organismo e assim tratar a deficiência há algumas possibilidades:

15.1-    Forma injetável

Eu já utilizei muito essa forma de correção, raramente utilizo atualmente, pois a via oral (desde que em dose adequada e por período adequado), é muito mais eficiente e fisiológica para essa correção.  Eu não sugiro mais essa forma de correção.

Essa forma de tratamento (via injetável) é a mais antiga e mais conhecida pelos médicos. Sendo assim, é a mais utilizada e divulgada.

A quantidade de aplicações, a sua freqüência e a dose de B12 em cada aplicação deve ser levada em consideração de acordo com as características da pessoa tratada e da sua evolução frente às aplicações.

2- Via oral

A via oral também pode ser utilizada para tratar a deficiência, desde que o seu médico saiba prescrever a quantidade e freqüência necessária para tratá-la.

Essa forma de correção pode ser muito segura. É a que tenho recomendado.

PERGUNTAS FREQÜENTES

16)    Por que antes as pessoas não falavam da deficiência de vitamina B12? Essa descoberta é recente?

Os maiores estudos científicos com populações vegetarianas começaram a ser publicados na década de 70. Esses estudos começaram a demonstrar que os vegetarianos tinham baixa ingestão de B12 (no caso dos ovolactovegetarianos) ou nula (no caso dos veganos).

Em novembro de 1993, o parecer oficial da Associação Dietética Americana já recomendava, explicitamente, que os vegetarianos fizessem a suplementação dessa vitamina.

Portanto essa recomendação é antiga e já adotada pelo menos desde 1993.

17)    Conseguíamos B12 do solo e da pouca higiene dos alimentos na antiguidade?

Provavelmente, e historicamente não. Não vou entrar em aspectos religiosos da existência humana, mas apenas em questões históricas.

Há mais de 3 milhões de anos existiu um hominídeo que chamamos Paranthropus bosei . Segundo suas características fósseis eram vegetarianos.

Esse hominídeo não era exatamente como nós, e se alimentavam de partes dos vegetais que nós hoje não conseguimos. Eles foram dizimados na era das glaciações, pois houve escassez de alimentos vegetais.

Todos os demais hominídeos, incluindo os nossos descentes, eram onívoros. Eles comiam carne e não era pouca.

A idéia do ser humano antigo numa vida completamente harmônica com a natureza não encontra respaldo em inúmeras pesquisas. A vida era bem selvagem (talvez não menos, mas uma forma diferente da que é hoje). A história da medicina e nutrição mostra claramente as inúmeras carências nutricionais que sempre existiram, mas que não eram diagnosticadas por falta de conhecimento na época. As descobertas vieram aos poucos, como é de se esperar.

Os nossos remotos ancestrais conseguiam a B12 provavelmente porque comiam carne.

18)    Se precisamos suplementar a vitamina B12 quer dizer que a dieta vegetariana não é adequada ao ser humano?

Não, não quer dizer isso.

Em diversos ciclos da vida e condições orgânicas pode ser necessário o uso de suplementos. Isso pode ocorrer por baixa ingestão dos alimentos ou nutrientes, por dificuldade de retirarmos o nutriente do alimento ou por problemas no organismo que fazem com que a sua absorção, utilização ou perda seja comprometida.

Todas as descrições que farei agora são para as pessoas onívoras.

Como exemplo, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que as crianças, dos 6 meses aos 2 anos de idade, recebam suplementação de ferro, frente ao elevado índice de anemia nesse período. É estimado que metade das crianças com menos de 5 anos e 1/3 das gestantes no Brasil tenham carência de ferro.

A suplementação com ácido fólico é feita para mulheres que querem engravidar. Diversos obstetras prescrevem rotineiramente suplementações vitamínicas e minerais para gestantes. A gestação exige aporte de ferro extra, com suplementação.

O Instituto de Medicina dos Estados Unidos recomenda que as pessoas com mais de 50 anos de idade utilizem suplementos de B12, pois pelo menos 30% dessa população mostra deficiência dessa vitamina.

O iodo é adicionado ao sal que consumimos, para que esse mineral chegue a pessoas que moram em regiões distantes do mar. A sua falta causa sérios problemas mentais em crianças (cretinismo), além de dificuldade de produção de hormônio da glândula tireóide.

A fortificação das farinhas com ferro e ácido fólico não visa atingir os vegetarianos, mas sim a população onívora.
Como você pode notar, mesmo os onívoros estão sujeitos a diversas deficiências nutricionais.

O fato que incomoda alguns profissionais de saúde é o fato de que mesmo com uma dieta bem balanceada, uma dieta vegana não supre todos os nutrientes (por causa da B12).

No entanto, assim como o ferro, a B12 depende muito mais do nosso metabolismo, do que da quantidade que ingerimos. Enquanto 50% dos vegetarianos apresentam deficiência de B12, isso ocorre com 40% dos onívoros da América Latina. Veja que a diferença é pequena!

19)    Há pessoa que são vegetarianos há anos e não têm sintomas de deficiência de vitamina B12. Como explicar isso?

O nosso organismo pode estocar a B12 por muitos anos.

Uma pessoa com bom estoque de B12 precisa absorver, diariamente, 1 mcg de vitamina B12 proveniente da dieta para manter os bons níveis dela.

Por meio da secreção biliar, 1 a 10 mcg de vitamina B12 são lançados diariamente no intestino e ela pode retornar para o sangue após ser absorvida.

Assim, conseguimos “reciclá-la” evitando a sua perda intestinal por meio desse ciclo que chamamos êntero-hepático (do intestino para o fígado). No entanto, mesmo com esse ciclo preservado, pequenas perdas de B12 para as fezes ocorrem e os seus níveis sanguíneos são reduzidos. Assim, quem não ingere B12, vai perdendo gradativamente a que tem no organismo.

Existe a possibilidade do indivíduo excretar muito pouca B12 pelas vias biliares ao intestino e reabsorvê-la com muita eficiência, fazendo com que mantenha a B12 no organismo facilmente. São poucos os indivíduos com essa habilidade.

Pessoas que são vegetarianas há muito tempo podem não ter sintomas de deficiência, mas costumam apresentar níveis baixos dela. Com isso, compostos que dependem da B12 para serem metabolizados ficam alterados e isso é nocivo para a saúde.

Lembre-se que diversas alterações orgânicas são assintomáticas, mesmo sendo nocivas. Para ilustrar, o colesterol elevado não traz sintomas, assim como o início de problemas renais e hepáticos também não. Muitos órgãos no nosso corpo “avisam” que estão com problemas apenas quando o seu comprometimento limita 70 a 80% das suas funções. A sua artéria carótida (que fica no pescoço e leva sangue ao cérebro) pode ter uma obstrução (entupimento) de mais de 50% e não trazer sintoma algum.

Não é prudente aguardar os sintomas aparecerem para verificar o que ocorre. Um bom profissional de saúde está apto a fazer uma avaliação para verificar como está a sua saúde.

Na minha experiência profissional, vejo que praticamente todos os indivíduos com níveis baixos de B12 têm sintomas, mas esses sintomas não são atribuídos à falta de B12 até que seja mostrado à pessoa que não é normal sentir o que ela sente. Esses sintomas desaparecem ao utilizar a B12.

20)    Só após 5 anos de dieta vegetariana devo começar a me preocupar com a B12?

Claro que não! Essa idéia surge pelo fato de podermos estocar a B12 e o estoque ser possível para o seu uso por 3 a 5 anos.

Preste bem atenção: a matemática nem sempre serve para as ciências biológicas. E nesse caso, definitivamente, não serve!

O cálculo do estoque que dura 5 anos é teórico. Além disso ele parte do princípio que o estoque está cheio no momento que a pessoa se torna vegetariana. Ledo engano!

Tenho pacientes, vegetarianos há 1 mês, com deficiência de B12. Claramente o problema não é devido à dieta vegetariana, pois o tempo de prática dela não seria suficiente para isso. Há fatores orgânicos e dietéticos que influenciam o estoque de B12.

Portanto, vegetariano ou não, você deve avaliar a B12 desde já. Todo profissional que recebe no consultório alguém que tem e intenção de se tornar, ou que já é vegetariano, deve dosar os níveis de B12 dessa pessoa imediatamente, não importando o tempo e o tipo de dieta seguida.

Todo profissional que acompanha vegetarianos deve solicitar a dosagem de B12 na primeira consulta, independente da pessoa ter sintomas ou do tempo que é vegetariana.

Não falo isso apenas baseado em estudos publicados, mas sim pela experiência em consultório. Tem muito vegetariano com baixos níveis de B12! E da mesma forma, muitos onívoros com carência dela!

21)    Ciência e espiritualidade

Não existe diferença entre ciência e espiritualidade.

Ciência é um conjunto de métodos lógicos que permitem a observação sistemática de fenômenos empíricos visando a sua compreensão. A idéia de buscar uma explicação satisfatória que demonstre o funcionamento das leis físicas e divinas não exclui a rejeição do “sobrenatural”. No entanto, esse “sobrenatural” também tem regras que devem ser descobertas.

Se alguém diz que consegue materializar a B12 no seu próprio organismo sem ingeri-la, e após análise verificamos que realmente isso ocorre é porque há leis para isso. Essa pessoa tem algo diferente que permite isso. A ciência simplesmente vai investigar, sem preconceitos, como isso pode ocorrer.

Um pesquisador que utiliza animais em experimentos está tentando fazer ciência, da mesma forma que outro que repudia essa atitude. Ambos estão atrás de respostas, mas com conceitos éticos completamente divergentes. Não confunda: ciência busca explicações. O ser humano é que escolhe como fazer isso: de forma ética ou não.

Podemos aplicar a ciência em todas áreas da nossa vida, desde os relacionamentos humanos, nas áreas mais técnicas da biologia e das ciências exatas, assim como nas religiões e filosofias espiritualistas.

A ciência e a espiritualidade devem chegar ao mesmo consenso. Quando isso não ocorre é porque uma delas, ou ambas, ainda não conseguiu decifrar as leis de funcionamento da vida.

Cuidado com o ser humano: gostamos de ouvir aquilo que gostamos de ouvir. Sem imparcialidade não há condições de um julgamento adequado.

Quem defende um ponto de vista de forma parcial não pode ter uma visão ética dos seus propósitos. Não são as leis divinas que têm que se adaptar às nossas convicções, mas sim as nossas impressões se ajustarem às leis divinas após exaustivas verificações com olhar não tendencioso.

Seja neutro nas suas avaliações e confira os resultados com a prática.

Seja qual for a filosofia que você segue, não descuide da B12, pois ela é um fator de atenção nas dietas vegetarianas e não vegetarianas.

22) De onde vem a B12 utilizada nos suplemento?

A B12 é proveniente de cultura de bactérias em laboratório.

Preste atenção se você for utilizar produtos comprados em farmácias, pois alguns deles podem conter alguns derivados animais. O fato é que a B12 provém de bactérias.

23) Algas, alimentos fermentados e o levedo de cerveja contém B12?

Nenhum desses alimentos podem ser considerados fontes seguras de B12. Apesar de algas e alimentos fermentados, como o missô, poderem apresentar pequenas quantidades de vitamina B12, ela é considerada uma forma inativa da vitamina, não sendo adequada aos seres humanos.

Muitas algas necessitam de B12 para o seu desenvolvimento e metabolismo e, por um processo simbiótico com bactérias (que são as produtoras de B12), incorporam essa vitamina. As algas Nori e Chorella são as que apresentam teor mais elevado. No entanto, nenhuma delas, até o momento, se mostrou adequada para corrigir os baixos níveis de B12 apresentados em humanos que se submeteram a testes de correção ingerindo essas algas.

Portanto, nenhuma alga deve ser consumida com o intuito de obtenção de vitamina B12. Não se arrisque!!

24) Consumo ovos, derivados de leite e alimentos fortificados. Devo me preocupar com a B12?

Sim, deve! Apesar de esses produtos conterem B12, a quantidade necessária para a manutenção do organismo, via de regra, não é mantida a longo prazo. São inúmeros os pacientes ovo-lactovegetarianos que atendo com baixos níveis de B12. Apesar desses indivíduos ingerirem B12, e o decaimento teórico dela no sangue ser mais lento do que o dos veganos, a longo prazo costuma haver redução dos níveis sanguíneos.

25) Posso utilizar a B12 sem saber como está o seu nível no meu organismo?

Como não há relato de efeitos tóxicos por excesso de B12 na literatura científica, podemos considerar que ela é uma vitamina bastante segura (quanto a toxicidade) para uso, mesmo se você estiver com bons níveis no sangue.

No entanto, seu uso sem correta avaliação pode causar consumo metabólico de outros elementos no organismo.

A importância de saber como estão os seus níveis sanguíneos se faz para a definição da conduta terapêutica (tratar a deficiência ou fazer apenas a manutenção), assim como para saber se outros cuidados devem ser tomados em conjunto.

26) Devo utilizar a B12 proveniente de farmácia de manipulação ou das indústrias farmacêuticas?

Para se utilizar qualquer produto proveniente de farmácias de manipulação deve-se ter o cuidado de conhecer bem a farmácia e a qualidade dos insumos que ela trabalha.

Os produtos provenientes de grandes marcas da indústria farmacêutica costumam ser confiáveis.

27) Quais os cuidados que devemos ter na gestação e infância com relação à B12?

Nesses ciclos da vida sempre é recomendada a suplementação de B12, independente do indivíduo consumir ovos ou laticínios.

Para bebês e crianças costumo prescreve-la na forma de xarope.

É importante realizar a dosagem de B12 para todas as gestantes e bebês.

Mulheres, vegetarianas ou não, que pretendem engravidar devem, obrigatoriamente, avaliar a B12. A vitamina B12 tem a mesma importância que o Ácido Fólico para a formação do bebê.

Gestantes e crianças: toda a atenção deve ser tomada com relação à B12.

28) O consumo de carne garante um bom estado nutricional de vitamina B12?

Não, não garante!

Tanto é que 40% das pessoas que comem carne têm carência dessa vitamina, enquanto que isso ocorre com 50% dos vegetarianos. Veja que a diferença é pequena.

29) Por que podemos ingerir boa quantidade de B12 e mesmo assim ter deficiência?

Porque ela depende mais do seu metabolismo do que da sua dieta.

Há 2 formas principais para perdermos a B12 que está no nosso organismo.

Uma delas é pelo processo de reciclagem intestinal que todos nós temos (tecnicamente chamamos isso de ciclo êntero-hepático). Nossa vesícula biliar pode lançar até 10 mcg por dia de vitamina B12 no intestino. O intestino procura colocá-la de volta no sangue. Essa quantidade lançada ao intestino e a habilidade dele reabsorver a vitamina é variável de pessoa para pessoa. Uma dieta rica em carnes, queijo e ovos (fontes de B12) dificilmente conseguirá atingir 7 mcg. Isso significa que pode haver mais perda pelas fezes do que a pessoa consegue ingerir.

30) Minha recomendação

Dose sempre a B12 no sangue. Esse exame deve fazer parte de qualquer avaliação nutrológica.

As doses para correção ou manutenção são variáveis e não é possível estabelecer uma dose padrão para todas as pessoas.

Fonte: http://www.alimentacaosemcarne.com.br/nutrientes/diagnostico-da-deficiencia-de-b12

PREVI-RIO BILÍNGUE: QUARTO LOTE É DEPOSITADO

 http://cvasrio.blogspot.com/
O Previ-Rio deposita, nesta segunda-feira (7), o quarto lote de pagamentos para o segurado que já renovou a sua inscrição no Previ-Rio Bilíngue. 

Com este pagamento, de R$ 567 por aluno, o servidor já pode efetivar ou renovar a matrícula dos seus dependentes, para o primeiro semestre de 
2013, nos cursos de inglês escolhidos entre os diversos conveniados com o Instituto. Este terceiro lote, no valor global de R$ 1.089.207,00, vai beneficiar mais 1.921estudantes, dos cerca de 20 mil inscritos no programa.
O Previ-Rio lembra que o prazo de renovação do Previ-Rio Bilíngue, para o primeiro semestre do próximo ano, foi prorrogado até o próximo dia 15 de janeiro. A renovação deverá ser feita na página do Previ-Rio, mediante a impressão da Carta Benefício. Após a impressão da carta e o recebimento do pagamento, o servidor poderá matricular o seu dependente até o próximo dia 8 de fevereiro. À medida que os servidores forem imprimindo a carta, o instituto irá disponibilizando novos lotes.

O Instituto lembra também que quem não utilizar os valores recebidos - em um prazo de até 30 dias após a impressão da Carta Benefício -  deverá devolver a importância ao Previ-Rio, enviando um e-mail para: atendimento.beneficios@previrio.rj.gov.br, com nome, matrícula e a discriminação da quantia recebida, quando então receberá um boleto para pagamento na rede bancária.

Disponível em <http://doweb.rio.rj.gov.br/> acesso em 07 jan. 2013 (edição de 07 jan. 2013) 

FIQUE SABENDO - Mulheres que caminham três horas por semana têm menos chances de sofrer AVC ...

 http://ligadasaude.blogspot.com/
Mulheres que caminham três horas por semana têm menos chances de sofrer AVC ...:

Pessoas ativas apresentaram menos 43% de risco do que inativas. Não foi observada uma redução similar em homens

A pesquisa teve como base um questionário enviado a 33 mil homens e mulheres em meados dos anos 1990 Bia Guedes/19-08-2012

MÚRCIA - Mulheres que caminham pelo menos três horas por semana têm menos probabilidade de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC ). A conclusão é da Autoridade Regional de Saúde de Múrcia, na Espanha.

As mulheres que caminharam por 210 minutos ou mais por semana tiveram menor risco do que as inativas, mas também menor do que as que pedalavam e faziam outras atividades mais intensas em curtos períodos de tempo. A pesquisa teve como base um questionário enviado a 33 mil homens e mulheres em meados dos anos 1990 como parte de um projeto de estudo sobre o câncer na Europa.

Para o trabalho, Jose Maria Huerta, autor do estudo, dividiu os participantes por sexo, tipo de exercício e tempo total gasto nas atividades durante cada semana. Os autores analisaram os analisaram periodicamente para registrar qualquer sinal de problema. Durante o período de 12 anos de acompanhamento, 442 acidentes vasculares ocorreram entre homens e mulheres. Os resultados para as mulheres que faziam caminhadas regulares mostraram uma redução de 43% no risco de AVC em comparação com o grupo inativo.

Não foi observada uma redução similar nos homens estudados.
— Não temos uma explicação clara para essa diferença — admitiu Huerta ao jornal Daiy Mail.

O estudo não chega a provar a relação entre a atividade e os menores riscos, mas, de acordo com os pesquisadores, contribui para indicar evidências de associações entre exercícios específicos a doenças específicas.

Trabalhos anteriores já haviam feito a associação entre caminhadas e menos chances de AVC, o que pode ter como motivo a aglomeração de sólidos nas artérias ou vasos sanguíneos danificados no cérebro.
— A mensagem para a população continua a mesma. Engajar-se em atividades recreativas moderadas faz bem à saúde — resumiu Huerta.

Fonte: http://oglobo.globo.com

*** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.