domingo, 27 de janeiro de 2013

FIQUE SABENDO - Data reforça meta de eliminação da hanseníase até 2015

Data reforça meta de eliminação da hanseníase até 2015:
Uma doença tão antiga e ainda pouco conhecida: esta é a hanseníase. Há indícios da incidência dela desde antes do nascimento de Cristo, porém, é preciso reforçar que a doença tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Neste domingo, 27 de janeiro, é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase e o Ministério da Saúde quer a sua colaboração para erradicar a doença até 2015.
Ao longo da última década, o Brasil avançou muito no combate e tratamento à hanseníase. Dados do estudo Saúde Brasil 2011 mostram uma queda de 26% no número de novos infectados entre 2011 (33.955 novos casos) e 2001 (45.874 novos casos). O estudo revela ainda que o coeficiente de detecção de casos novos por 100 mil habitantes também reduziu 34%, ou seja, de 26,61 em 2001 para 17,65 em 2011.
E não vamos parar por aí: para eliminar a hanseníase de vez do Brasil o Ministério da Saúde vai repassar R$ 1,6 milhão de reais para os estados e municípios prioritários – lugares onde há uma maior incidência da doença – investirem em ações de prevenção e cura do problema. O recurso adicional será destinado à compra de materiais e equipamentos para melhoria dos centros de referência para prevenção de incapacidades e reabilitação física dos pacientes. O objetivo é que até 2015 a doença alcance menos de um caso para cada 10 mil habitantes.

Outra iniciativa criada para aumentar o diagnóstico precoce da hanseníase será uma campanha, entre 18 e 22 de março, para examinar 9,3 milhões de estudantes do ensino público. Com o apoio dos estados e municípios, a meta é identificar os casos novos na faixa etária de 5 a 14 anos, que estudam em mais de 38 mil escolas, localizadas em 720 municípios prioritários com alta carga das doenças e que fazem parte do Plano Brasil sem Miséria, do Governo Federal. A “Campanha Nacional de Hanseníase e Geohelmintiases” pretende reduzir ainda a carga do geohelmintos (parasitas intestinal conhecido como lombriga, que causa dor abdominal e diarreia). Os casos suspeitos das doenças serão encaminhados à rede básica de saúde para confirmação e tratamento. “Se a equipe de saúde identificou uma criança ou adolescente com hanseníase é porque tem um caso na casa dele ou na comunidade onde ele vive que ainda não foi detectado pelo SUS e que transmitiu para a criança. Neste sentido, a campanha vai nos ajudar a descobrir aqueles casos, aqueles circuitos de transmissão da hanseníase que ainda não foram identificados ainda”, adiantou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

Entenda a Hanseníase - A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura. No entanto, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente.
Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase se manifesta por meio de sensações de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades. Outra caraterística é o surgimento de manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e tato. As áreas da pele aparentemente normais passam a ter caroços e placas em qualquer local do corpo, além da diminuição da força muscular.
Tratamento – Todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura. A doença pode causar incapacidades físicas, evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento, gratuito e eficaz pode durar de seis a doze meses. Os medicamentos devem ser tomados todos os dias em casa e uma vez por mês no serviço de saúde. Também fazem parte do tratamento exercícios para prevenir as incapacidades físicas, além de orientações da equipe de saúde.
Prevenção - É importante que se divulgue junto à população os sinais e sintomas da doença e a existência de tratamento e cura, através de todos os meios de comunicação. A prevenção baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.
Ilana Paiva / Blog da Saúde, com a colaboração do Canal Saúde

Prática de esportes ajuda a aumentar concentração no dia a dia...

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Prática de esportes ajuda a aumentar concentração no dia a dia...:

Teste da Unicamp mostra que depois de um mês de treinos físicos maioria dos participantes consegue melhores notas em exames de raciocínio.

Se você ainda está procurando um bom motivo para começar a se exercitar, a coluna Você Não Sabia, Mas Já Existe, vai te dar um: exercício faz bem para o cérebro.

Que o esporte faz bem para a saúde, todo mundo sabe. Mas o que você vai descobrir na reportagem é que esses benefícios podem ir muito além da parte física, de deixar o corpo mais bonito.

O que normalmente a gente aprende é que, quanto mais cedo a gente começa um esporte e quanto mais a gente treina , melhor fica. Pois a ciência agora quer mostrar mais claramente que o exercício feito ao longo da vida traz benefícios não apenas a parte física, mas também a mental.

No interior de São Paulo, pesquisadores querem fazer suar para pensarmos mais e melhor. Foi há cerca de um ano que a Faculdade de Educação Física da Unicamp começou a desenvolver uma pesquisa sobre o cérebro humano. E se isso já surpreende você - uma faculdade de Educação Física pesquisar o cérebro da gente - vai se surpreender ainda mais com o esporte que foi escolhido pra fazer essa pesquisa: o badminton.
Ele exige rapidez, reflexo, estratégia. E não é fácil. Foram escolhidos 12 alunos sedentários, sequer conheciam badminton. Primeiro, passaram por testes de raciocínio e concentração. Depois, treinaram por um mês, jogadas do esporte. E repetiram os testes. O resultado: dos 12, 11 obtiveram melhores notas.

Rosária de Digangi, aluna de doutorado, foi uma delas. “Pode-se comparar o meu cérebro sem o exercício e após um tempo fazendo o exercício. Antes eu era nota 6, depois 8,5. Tudo graças ao badminton, eu acredito”, conta.

“Se ela melhora a atenção e concentração no jogo, consequentemente ela vai melhorar a atenção e concentração. Quando ela estiver dirigindo, executando qualquer atividade outra, fazendo um problema, qualquer tipo de situação essa atenção e concentração também é melhorada”, explica Paula Teixeira Fernandes, professora de Educação física da Unicamp.

O que pode estar por trás desses resultados é o estímulo aos neurônios. Na grande estrutura cerebral, eles são responsáveis por transmitir informações para o corpo todo. Para que essa comunicação flua melhor, é preciso estimular o cérebro com diferentes trabalhos. A leitura, a música, palavras cruzadas - isso é bem conhecido. Com o exercício físico, acontece algo semelhante. O esporte seria uma forma de também melhorar as conexões entre os neurônios.

No laboratório de Neuroimagem da Unicamp é possível enxergar como o cérebro é influenciado, como o cérebro é ativado, durante um exercício físico. Pela primeira vez - e o pessoal da Unicamp foi pioneiro nisso - colocou-se em uma máquina de ressonância magnética um equipamento que permita um exercício, um esforço físico.

O Bom Dia Brasil fez o teste, acompanhado da equipe do professor Li Li Min. Com metade do corpo dentro de uma máquina de ressonância magnética, a medida que o repórter mexe as mãos ou as pernas, como se estivesse pedalando uma bicicleta, é possível enxergar o cérebro. E ver como o exercício físico está fazendo o cérebro reagir.

O exame revela imagens que mostram as áreas do cérebro que vão sendo ativadas. Com uma carga leve de exercícios e uma mais pesada: quanto o maior o esforço, maior a concentração em uma área específica do cérebro.

Para o professor Li Li Min, essa ginástica cerebral deve começar desde cedo. “Se a criança começa a investir na sua saúde corporal como um todo, mas que também tem hoje repercussão no cérebro, ele vai ter uma reserva, uma poupança cerebral, muito mais alta do que aquela pessoa que começa mais tarde”, explica.

Pequenos judocas são treinados pelo medalhista Flávio Canto. Sempre que pode, Flávio participa das aulas e mostra que a força física não é a única que precisa ser trabalhada.

“O judô é um esporte individual, você entra sozinho em uma luta. Você tem que se programar para vencer. E você lá dentro está o tempo inteiro precisando improvisar. E isso te obriga a estar toda hora pensando. É um xadrez do corpo”, diz.

Para o esporte fazer bem para o cérebro, é preciso ter rotina e sempre buscar um melhor desempenho. A remadora Fabiana Beltrame, medalhista de ouro, conta o que passa pela cabeça dela na hora de uma competição: “Eu estou sempre concentrada em fazer o barco andar mais. Então, concentrada na técnica, olhando também como eu estou em relação aos meus adversários, vendo como estão as condições da lagoa, da raia em que eu estou competindo”.

Ela garante que o esforço e a concentração também ajudam fora do esporte. “Sou muito mais focado no que estou fazendo. Não importa se eu estou lendo um livro, na internet ou vendo um filme. Eu estou muito mais focada, mais concentrada, em tudo o que eu estou fazendo”, diz.

Fonte: globo.com


DOENÇA CELÍACA | Enteropatia por glúten

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DOENÇA CELÍACA | Enteropatia por glúten: A doença celíaca, também conhecida por enteropatia sensível ao glúten, é uma doença do intestino delgado caracterizada pela intolerância ao glúten, uma proteína presente em diversos alimentos, como trigo, aveia e cevada.

Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre a doença celíaca:
  • O que é o glúten.
  • O que é a doença celíaca.
  • Fatores de risco para doença celíaca.
  • Sintomas da doença celíaca.
  • Diagnóstico da doença celíaca.
  • Tratamento da doença celíaca.
  • Alimentos sem glúten.

O que é glúten?


O glúten é uma proteína presente em vários cereais, principalmente trigo, aveia, centeio, malte, triticale, espelta, kamut ou cevada. Isso significa que uma enormidade de alimentos feitos à base destes produtos contém glúten na sua fórmula, incluindo cereais, pães, massas, pizzas, bolos, doces, biscoitos, salgadinhos, barra de cerais, empanados, waffles, sopas, croutons, batata frita industrializada, cerveja, uísque e vodca destilada de grãos.

Você já deve ter notado que um grande variedade de alimentos apresenta na sua embalagem o aviso "contém glúten". Este aviso é voltado para pacientes portadores da doença celíaca, que, como veremos a seguir, não podem consumir qualquer alimento que contenha glúten.

O que é a doença celíaca


A doença celíaca é uma doença de origem imunológica e se caracteriza pela ocorrência de uma intensa reação inflamatória no intestino delgado toda vez que este é exposto a alimentos que contenham glúten. Em alguns casos, a inflamação pode ser tão severa, que destrói as vilosidades da mucosa do intestino delgado, que são responsáveis pela absorção de boa parte dos nutrientes. O resultado deste processo de inflamação e lesão da mucosa intestinal é uma síndrome de má absorção intestinal (explicarei melhor esta síndrome mais à frente).
Não contém glúten

A doença celíaca é uma patologia de origem autoimune, sendo uma doença diferente da alergia ao glúten. O mecanismo imunológico da doença celíaca é distinto, assim como o quadro clínico. (leia: DOENÇA AUTOIMUNE e ALERGIA ALIMENTAR | Alergia à comida).

A doença celíaca é uma doença relativamente comum e pode acometer qualquer pessoa, porém é mais frequente em caucasianos (brancos) descendentes de europeus do norte. Na Europa e nos EUA cerca de 1 a cada 150 pessoas tem doença celíaca. Nos países nórdicos, esta taxa chega a ser de 1 para cada 90 pessoas. No mundo inteiro, cerca de 25 milhões de pessoas sofrem com esta doença.

Antes considerada uma doença pediátrica, hoje sabemos que a enteropatia por glúten pode surgir em qualquer idade. 60% dos casos ocorrem em adultos, sendo 20% em pacientes com mais de 60 anos. Nas crianças, em geral, a doença se torna aparente quando estes ainda são bebês, logo após as primeiras exposições à dieta com glúten.

A maior parte dos pacientes com doença celíaca apresenta uma forma branda da doença, com poucos ou nenhum sintomas, fazendo com que os mesmo passem anos ser nem sequer suspeitar que possuem qualquer problema. Estima-se que para cada paciente com sintomas típicos de doença celíaca haja outros 7 com doença celíaca silenciosa ou oligossintomática (com sintomas discretos). Portanto, apesar dos avanços nos métodos diagnósticos, a real prevalência da doença celíaca pode ainda estar subestimada.

Fatores de risco para doença celíaca


A enteropatia por glúten tem um forte componente hereditário. Cerca de 10% dos parentes de primeiro grau de um paciente com doença celíaca também são portadores da doença.

Novas evidências indicam que o tempo e o modo da primeira exposição ao glúten podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença celíaca. Estudos observacionais sugerem que o risco para a enteropatia por glúten pode ser reduzido pela introdução gradual do glúten na dieta do bebê, de preferência após o sexto mês de vida e enquanto a criança ainda está sob aleitamento materno.

A doença celíaca pode ocorrer em qualquer pessoa, mas indivíduos com algumas doenças autoimunes apresentam um risco maior que a população em geral. São elas:

- Diabetes mellitus tipo 1 (leia: O QUE É DIABETES?).
- Tireoidite de Hashimoto (leia: HIPOTIREOIDISMO | Tireoidite de Hashimoto).
- Doença de Graves (leia: HIPERTIREOIDISMO | Sintomas e tratamento).
- Lúpus (leia: LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO | Sintomas e tratamento).
- Doença de Addison.
- Hepatite autoimune (leia: O QUE É HEPATITE?).
- Artrite reumatoide (leia: ARTRITE REUMATOIDE | Sintomas e tratamento).
- Síndrome de Sjögren.
- Síndrome de Raynaud.
- Alopecia Areata.
- Esclerodermia.
- Esclerose múltipla (leia: O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA).

Outras doenças sem origem autoimune também estão relacionadas a uma maior incidência de doença celíaca, como:

- Doenças do fígado (leia: 12 SINTOMAS DO FÍGADO).
- Fibromialgia (leia: O QUE É FIBROMIALGIA?).
- Síndrome da fadiga crônica (leia: SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA).
- Síndrome de Down.

Sintomas da doença celíaca


Os sintomas clássico da doença celíaca ocorrem devido à atrofia das vilosidades do intestino delgado, o que impede a absorção de diversos nutrientes, incluindo gorduras, proteínas e vitaminas. A falta de absorção de alimentos no intestino causa a chamada síndrome disabsortiva (ou síndrome de má absorção), caracterizada por diarreia (muitas vezes com gotas de gorduras nas fezes, chamada esteatorreia), flatulência, cólicas abdominais, emagrecimento e problemas causados por deficiência de vitaminas e nutrientes, como anemia por carência de ferro, ácido fólico e/ou vitamina B12, osteopenia (ossos fracos) por carência de vitamina D e cálcio, e sangramentos por deficiência de vitamina K. Nas crianças, se o diagnostico não for feito precocemente, é comum haver desnutrição e atraso no desenvolvimento e no crescimento.

Entre as manifestações não-gastrointestinais da doença celíaca, podemos citar:

- Dermatite herpetiforme (lesão de pele típica da enteropatia sensível ao glúten).
- Nefropatia por IgA (leia: DOENÇA DE BERGER | Nefropatia por IgA).
- Alterações do esmalte dentário.
- Artrites (leia: ARTRITE E ARTROSE).
- Atraso puberal.
- Alterações menstruais.
- Enxaqueca (leia: DOR DE CABEÇA | Enxaqueca e sinais de gravidade).
- Alterações neurológicas.
- Câimbras (leia: CÂIMBRAS | Causas e tratamento).
- Alterações do fígado.

O quadro clínico da doença celíaca varia muito de paciente para paciente. Alguns podem ter vários dos problemas citados acima enquanto outros apresentam uma forma atípica, com poucos ou nenhum sintomas de má aborção intestinal e brandos sintomas não-gastrointestinais. Há ainda também um grupo que não apresenta sintoma algum de doença, chamada doença celíaca silenciosa.

Os sintomas tendem a melhorar com a eliminação do glúten da dieta. Cerca de 70% das pessoas começam a se sentir melhor dentro de duas semanas após a retirada do glúten.

Diagnóstico da doença celíaca


A doença celíaca pode ser difícil de diagnosticar porque os sinais e sintomas são semelhantes a várias outras doenças que causam sintomas gastrointestinais e síndrome disabsortiva. Além disso, se o médico não estiver muito atento, a falta de sintomas gastrointestinais nas formas atípicas pode fazer com que o mesmo não pense na doença celíaca como diagnóstico diferencial, não solicitando, assim, os exames necessários para o seu diagnóstico.

Mais de 90% das pessoas com doença celíaca não tratada têm níveis elevados de alguns anticorpos no sangue, entre eles os anticorpos antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase (anti-TTG), sendo este último o mais sensível para o diagnóstico.

Antes de realizar esses testes sanguíneos, é importante continuar a consumir uma dieta normal, incluindo os alimentos que contêm glúten. Pacientes que já não estão mais ingerindo glúten pode ter níveis baixos destes anticorpos, dificultado o diagnóstico.

Os níveis de anticorpos também servem para acompanhar a eficácia da dieta, devendo estes estarem baixos caso o paciente esteja mesmo evitando glúten.

Se o exame de sangue for positivo, o diagnóstico deve ser confirmado através da biópsia da mucosa intestinal, realizada durante uma endoscopia digestiva alta (leia: ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA). Mais uma vez, o paciente não deve estar fazendo dieta sem glúten para que as lesões típicas da doença celíaca estejam presentes.

Pacientes com anticorpos positivos e lesões de pele sugestivas de dermatite herpetiforme podem fazer o diagnóstico através da biópsia destas lesões, pois elas são a manifestação de pele da doença celíaca. Nestes casos, a biópsia intestinal pode não ser necessária.

Tratamento da doença celíaca


A doença celíaca não tem cura, mas pode ser controlada adequadamente. Em geral, não são necessários medicamentos. A base do tratamento é somente a eliminação completa do glúten da dieta. Manter uma dieta sem glúten é uma tarefa desafiadora que pode exigir importantes ajustes no estilo de vida do paciente. O glúten não só está presente em uma grande quantidade de alimentos habituais da dieta ocidental, mas também em alguns medicamentos e suplementos alimentares.

O auxílio de um nutricionista é imprescindível, pois muitos alimentos que supostamente não são feitos à base de cereais podem ter glúten escondido em sua composição, como sorvetes, iogurtes, chocolates, salsichas, salame, produtos marinados e outros.

Uma vez que o paciente tenha removido o glúten da sua dieta, a inflamação do intestino delgado começará a desaparecer dentro de algumas semanas, mas a melhora sintomática é mais rápida, ocorrendo em apenas alguns dias de dieta. A resolução completa do quadro e a recuperação das vilosidades do intestino pode levar vários meses, ou até anos, dependendo da gravidade. A melhora tende a ocorrer mais rapidamente em crianças do que em adultos.

Alimentos sem glúten


Apesar da grande quantidade de alimentos que contém glúten, as opções para uma dieta sem glúten também são imensas. Exemplos de alimentos que não contém glúten e podem ser consumidos por pacientes com doença celíaca:

- Frutas frescas, legumes, carne, frango, peixe, porco, maioria produtos lácteos, arroz, milho, soja, batata, mandioca, feijão, amaranto, fubá, farinhas sem glúten (arroz, soja, milho, batata, feijão), quinoa, tapioca e vinho.

Tosse e Alergia nas crianças

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Tosse e Alergia nas crianças:
Meu filho tem tosse alérgica. O que é isso?
A expressão “tosse alérgica” é usada comumente, mas na verdade, por si só, não constitui um diagnóstico. A tosse é um sintoma que faz parte do quadro de diversas doenças alérgicas, sendo as principais: a asma (ou bronquite alérgica) e a rinite alérgica (ou rinossinusite alérgica). 

A asma, também conhecida como bronquite alérgica, bronquite asmática ou simplesmente bronquite, pode ocasionar crises caracterizadas por falta de ar (dispneia), cansaço, dificuldade respiratória, chiados no peito (sibilos) e tosse. Em alguns casos, a tosse pode ser o único sintoma da doença, caracterizando-se por surgir aos esforços, ao falar muito, no choro excessivo, ao correr ou à noite. 

A rinite alérgica se acompanha de: espirros repetidos, nariz escorrendo (coriza), congestão nasal e coceira no nariz, olhos, ouvidos e garganta. Em alguns casos, ao invés de produzir a coriza, a secreção (catarro) escorre por trás das narinas produzindo o que se chama de “gotejamento pós nasal “ que escorre em direção à garganta, provocando o aparecimento da tosse. Neste caso, caracteriza-se por piorar de forma acentuada à noite, com acessos ao deitar, na madrugada ou pela manhã ao acordar.  

Tosse e sibilância (chiados no peito) são sintomas respiratórios muito comuns em crianças com menos de três anos de idade e podem ser a expressão clínica de uma grande variedade de problemas, localizados nas vias respiratórias ou mesmo fora delas.  Crianças pequenas são mais suscetíveis para tossir, em especial no caso dos vírus respiratórios, resfriados e gripes. Outro fator que poderia agravar ou desencadear a tosse na criança alérgica é o refluxo gastroesofágico, isto é, nos casos de regurgitação do conteúdo do estômago para o esôfago – tubo que faz o trajeto da garganta ao estômago.    Em resumo, na criança, vale o antigo aforisma:  "Nem tudo que chia é asma. Nem toda asma, chia".

Crianças pequenas mesmo saudáveis e não portadoras de imunodeficiências podem ter cerca de 8 a 10 viroses por ano. Após uma infecção respiratória viral, podem tossir por dias ou semanas, sem outro problema associado. Laringite estridulosa é uma virose respiratória causadora de tosse rouca, popularmente conhecida como "tosse de cachorro".  Citam-se ainda os fatores emocionais, que podem resultar em tosse crônica sem motivo aparente, ou ainda os casos de aspiração de corpo estranho.

Como diagnosticar  
A tosse na criança é um sintoma frequente numa grande variedade de doenças - alérgicas ou não, respiratórias ou não-respiratórias, indo desde resfriados e gripes até doenças respiratórias graves. Definir a causa da tosse nem sempre é uma tarefa fácil já que  não há um exame que seja definitivo para tal. O médico alergista se baseia nos protocolos para
investigação da tosse, incluindo uma história clínica detalhada seguida de exame físico cuidadoso.


Como são as características da tosse? Há quanto tempo começou? É seca ou tem catarro? Piora em algum horário, durante o dia ou à noite? Logo que deita? Na madrugada? Tosse após mamar? Ao acordar? A tosse se acompanha de outros sintomas? Há febre? Como está o estado geral da criança? Emagreceu muito? Está abatida? Tem alteração da voz ou rouquidão? Há fumantes no domicílio? 

Crianças podem ter crises de tosse ocasionadas ou agravadas pelo convívio com a fumaça de cigarro. Da mesma forma, as condições ambientais, como por exemplo, ácaros da poeira domiciliar, animais de estimação, focos de umidade, infiltração e mofo podem agravar a alergia e impedir a melhora da tosse.

Na sequência e baseado nos dados obtidos, o alergista solicitará exames e/ou testes alérgicos (na pele ou no sangue) para definir a causa da tosse.

Entenda melhor a tosse infantil
A tosse não é uma doena, mas sim um sintoma que precisa ser investigado. Xaropes não resolverão se a causa da tosse não for detectada e controlada, o que nem sempre é uma tarefa fácil. Os remédios são úteis para aliviar o sintomas, mas o principal aspecto do tratamento é o reconhecimento da causa do problema. 

- A expressão "tosse crônica" não indica gravidade, mas define a tosse de duração longa, com mais de seis semanas.  A tosse de início recente é considerada uma tosse aguda.

- Na tosse por sinusite, a crise aparece algum tempo após o paciente deitar, tempo suficiente para escorrer secreção por trás do nariz, irritando a garganta. 

- Na tosse por refluxo, os episódios aparecem após se alimentar e deitar em seguida. Nos bebes ocorre principalmente após a mamada da noite. Crianças não devem mamar deitadas e só devem deitar uma hora após mamar.

- Na tosse por asma, rinite, associada à exposição aos aeroalérgenos, o tratamento não se resume a tratar crise. É preciso tratar a a alergia e a imunoterapia está indicada. 

Leia mais sobre a tosse - em adultos e crianças, clicando aqui.