quinta-feira, 7 de outubro de 2010

FATOS EM FOTOS - GLAUBER ROCHA


Homenagem as crianças do CIEP Glauber Rocha - Todos lindos!!!

ORELHAS DE ABANO: Problema que faz as crianças serem alvo de chacotas tem solução simples pelo SUS

LOC/REPÓRTER: Crianças que possuem as orelhas mais pra frente, as chamadas 'orelhas de abano', acabam sofrendo com as brincadeiras dos coleginhas de escola. Mas, por volta dos cinco ou seis anos de idade, o problema já pode ser resolvido por meio de cirurgia. A otoplastia é feita pelo SUS e, segundo o otorrinolaringologista do Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro, Sidney Magaldi, é justamente por volta dos seis anos que o problema começa a incomodar os pequenos.

TEC/SONORA: otorrinolaringologista – Sidney Magaldi

"A criança, normalmente, até os cinco, seis anos de idade, quando ela ta ainda naquela faixa de inocência, ela não liga muito pra isso. Por volta dos cinco, seis anos é que a criança já entra naquela fase de escolaridade e que a visão dela do mundo começa a mudar. E a partir daí as 'brincadeiras' vão acontecendo."

LOC/REPÓRTER: O otorrinolaringologista explica que em muitos casos a chamada 'orelha de abano' aparece por causa de um problema de formação ainda durante a gestação.

TEC/SONORA: otorrinolaringologista – Sidney Magaldi

"Normalmente, isso se dá ainda no período de formação da criança, no período intra-uterino, em que você tem uma falta da dobradura da cartilagem da anti-helix. Fica com aquele aspecto característico de uma orelha um pouco protusa, um pouco proeminente e isso foge às características normais da nossa sociedade. E isso acaba sendo alvo de muita chacota, de muita implicância por parte principalmente das crianças."

LOC/REPÓRTER: Antes dos cinco ou seis anos de idade, o otorrinolaringologista do Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro, afirma que não é ideal fazer a cirurgia, uma vez que a criança ainda está em fase de crescimento e a correção pode ser feita a mais ou a menos, não alcançando o resultado esperado.

Reportagem, Gisele Daemon

DIRETO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Ex-Secretário de Urbanismo de Niterói é condenado por improbidade administrativa

O ex-Secretário Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente de Niterói, Adyr Motta Filho, foi condenado pela juíza Rose Marie Pimentel Martins, da 1ª Vara Cível (Comarca de Niterói), em 1º de outubro, a pagar uma multa, no valor de duas vezes a sua remuneração, por não atender às solicitações do Ministério Público do Rio de Janeiro, que, por diversas vezes, requisitou informações sobre a instalação de unidades de tratamento de água em prédios residenciais e comerciais na cidade.

De acordo com o Titular da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural do Núcleo Niterói, Promotor Luciano Mattos, o MPRJ enviou vários ofícios à Secretaria com o pedido de informações, sendo que o último deles foi entregue pessoalmente a Motta Filho.

Nesses ofícios, foram solicitados dados técnicos indispensáveis à propositura de ação civil pública, cujo objetivo seria apurar se a Lei Estadual 4.956/06, determinando que prédios que forem construídos instalem uma unidade de tratamento de água servida, para o reaproveitamento no esgotamento sanitário, estaria sendo efetivamente cumprida.

"Esse procedimento, ou seja, a não prestação das informações impede o regular prosseguimento da investigação, prejudica a defesa da sociedade e demonstra a intenção nítida em não atender às requisições formuladas", frisou Mattos.

O Ministério Público iniciou investigação civil para verificar o cumprimento das obrigações previstas na norma estadual. O MPRJ quer saber se a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente vem exigindo dos empreendedores imobiliários que tais determinações legais nos processos administrativos de aprovação dos projetos de construção em Niterói sejam levadas em considera

DIRETO DO D.O.

“Domingo é Dia de Teatro a R$ 1” apresenta 13 espetáculos pela cidade

A Prefeitura do Rio, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura, apresenta no dia 10 de outubro o projeto Domingo é Dia de Teatro a R$ 1. Sucesso no calendário do Rio, a programação traz 13 peças e musicais nos teatros da cidade, inclusive Circo Roda Brasil - DNA, com texto e direção de Hugo Possolo, às 16h e às 19h, no Teatro Municipal Carlos Gomes. O espetáculo DNA aborda grandes questões da humanidade, como os mistérios de nossa origem e do destino de nossas vidas. A manipulação de objetos e de bonecos compõe as encenações do Circo Roda Brasil, com elementos abstratos que ganham vida em cena. São 16 artistas em cena, grandes elementos cenográficos, música, iluminação e efeitos especiais de alta qualidade.

PROGRAMAÇÃO DO DIA 10 DE OUTUBRO, DOMINGO

TEATRO MUNICIPAL CARLOS GOMES

ENDEREÇO: Praça Tiradentes, s/n°, Centro. Tel.: 2232-8701.

CIRCO RODA BRASIL - DNA - terceiro espetáculo do Circo Roda Brasil, com uma linguagem contemporânea e números circenses inovadores. O espetáculo DNA aborda grandes questões da humanidade, como os mistérios de nossa origem e do destino de nossas vidas. A manipulação de objetos e de bonecos compõe as encenações do Circo Roda Brasil, com elementos abstratos que ganham vida em cena. São 16 artistas em cena, grandes elementos cenográficos, música, iluminação e efeitos especiais de alta qualidade. Autoria e direção de Hugo Possolo. Produção de Daniella Angelotti. Domingo, às 16h e às 19h, R$ 1. Classificação livre.

ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA - JOVEM – concerto, às 11h, R$ 1.

SALA PARAÍSO

OS DESCONTROLADOS - sete esquetes de humor (Qualquer coisa, menos isso; Etevalda; Eduardo Look; Erva Santa; Magnólia; Não tenho problemas; e Macho, muito macho) onde personagens comuns descobrem sua bipolaridade e se descontrolam com pequenas situações. Texto e direção de Ed Lopez, com Anderson Guimarães, Dila Guerra, Ed Lopez e Maristela Guimarães. Domingo, às 19h, R$ 1. Classificação: 14 anos.

CENTRO DE REFERÊNCIA CULTURA INFÂNCIA / TEATRO MUNICIPAL DO JOCKEY

ENDEREÇO: Av. Bartolomeu Mitre, 1.110, Leblon. Tel.: 2540-9853.

CAQUI - a história parte de uma situação surreal: um menino que vive dentro de um caqui. O enredo se inspira em duas histórias orientais em torno da fruta. Em “Caqui”, o mote é o medo que Adalton (o menino) tem de sair de seu caqui. Adalton esquiva-se de crescer, o que levaria a sua expulsão do fruto. Esse Peter Pan pós-moderno tem como objetivo manter intacto o fruto que lhe esconde. Nesse intento, ele conhece personagens tão surreais como sua condição e que lhe convidam a repensar sua história. Às 16h30, R$ 1. Classificação: livre.

DEVOLUÇÃO INDUSTRIAL – a peça é um rastreamento divertido da evolução da raça humana e suas invenções. Ao mesmo tempo, mostra o lado místico e inexplicável da vida. Tudo isso é contado através de música melódica, máquinas malucas, metáforas místicas e muito humor. Domingo, às 18h30, R$ 1. Classificação: livre.

TEATRO DA GRANDE MARIONETE - história de uma trupe de artistas do Teatro do Horror e Suspense, que foi sucesso na França no século XIX. O espetáculo, que investigando a origem do mito dos vampiros, é inspirado no Expressionismo Alemão, em Nosferatu e nas peças apresentadas no Grand Guignol Francês. Domingo, às 21h, R$ 1. Classificação: 16 anos.

TEATRO MUNICIPAL MARIA CLARA MACHADO

ENDEREÇO: Rua Padre Leonel Franca, 240, Gávea. Tel.: 2274-7722.

MELODRAMA – a peça é composta por um emaranhado de histórias melodramáticas, que se misturam num verdadeiro labirinto cênico. Domingo, às 20h, R$ 1. Classificação: livre.

O RICO AVARENTO E OUTRAS HISTÓRIAS DE ARIANO SUASSUNA - a partir de duas entremezes curtas, escritas para teatro de bonecos, o espetáculo retrata através de brincadeiras lúdicas e cantigas, o cotidiano do povo nordestino. Domingo, às 16h, R$ 1. Classificação: livre (recomendado para crianças a partir de 4 anos).

TEATRO MUNICIPAL CAFÉ PEQUENO

ENDEREÇO: Av. Ataulfo de Paiva, 269, Leblon. Tel.: 2294-4480.

DANI CALAZANS EM “HARD BOLERO” - show com a cantora acompanhada de André Poyart (guitarra e direção musical), Alexandre Berreldi (baixo), Ricaro Rito (piano) e Mario Gennari (bateria). O repertório mistura jazz, maracatu, bolero, tango e salsa. Domingo, às 18h, R$ 1. Classificação: 18 anos.

CHICO CARUSO E A BOSSA NO LEBLON – comemorando os cinco anos do CD "A Bossa do Leblon", o caricaturista e cantor Chico Caruso conversará e cantará com Wanda Sá e Dôdo Ferreira trio. Domingo, às 21h, R$ 1. Classificação: 18 anos.

SALA MUNICIPAL BADEN POWELL

ENDEREÇO: Av. Nossa Senhora de Copacabana, 360, Copacabana. Tel.: 2548-0421.

GRUPO DE CÂMARA DA ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA - o trio apresentará obras de Saint Saëns, Villa-Lobos e Haendel. Domingo, às 19h, R$ 1. Classificação: livre.

QUINTANARIA - obras de Mário Quintana, domingo, às 16h, R$ 1.

ESPAÇO CULTURAL MUNICIPAL SÉRGIO PORTO

ENDEREÇO: Rua Humaitá, 163, Humaitá. Tel.: 2266-0896.

FESTIVAL ARTCENA - Festival de Teatro com direção artística de Fábio Ferreira e Isabel Lito. Às 19h, Meg Stuart (USA) e às 20h, Ibrahim Quraishi (Iran). Domingo, R$ 1.

Prefeito apresenta balanço das ações de recuperação da cidade seis meses após chuvas de abril

Município investiu em contenção de encostas, limpeza de rios, construção de moradias e compra de radar meteorológico

05/10/2010

O prefeito Eduardo Paes apresentou na manhã desta terça-feira, dia 5, no Palácio da Cidade, o balanço do conjunto de obras e ações emergenciais realizadas pela Prefeitura do Rio na recuperação da cidade depois das chuvas de abril. Estão sendo investidos R$ 442 milhões em contenção de encostas (280 frentes de serviço em 47 bairros), limpeza de 26 rios e canais, reconstrução de vias e criação de novas moradias. De acordo com o prefeito, R$ 200 milhões desse total são para a construção do Bairro Carioca, em Triagem, que vai oferecer 3 mil casas para famílias afetadas pelas chuvas.

Entre os principais investimentos feitos pelo município estão ainda a aquisição de um moderno radar meteorológico pelo Sistema Alerta Rio, com alcance de 250 km e capacidade de captar mais rapidamente a chegada de temporais, e a construção de um centro de operações que vai reunir todos os órgãos de emergência da prefeitura e estará em funcionamento no próximo verão:

- A Prefeitura tomou uma série de medidas para recuperar a cidade. Cerca de 75% das obras de recuperação já foram concluídas. Com o radar meteorológico da Prefeitura em funcionamento, o que esperamos que aconteça em breve, vocês perceberão que a cidade do Rio de Janeiro será uma das mais modernas do mundo na prevenção de acidentes e incidentes. A Prefeitura também já está construindo um grande e moderno centro de operações. Nosso objetivo é que já no próximo verão tenhamos condições de emitir boletins mais adequados, com precisão sobre áreas de alagamento.

Acompanhado dos secretários municipais de Obras, Conservação e Habitação, Alexandre Pinto, Carlos Roberto Osório e Pierre Batista, respectivamente, e dos subprefeitos, Eduardo Paes disse que a Prefeitura está preparando um plano de enfrentamento para o próximo verão, que será anunciado até o início de dezembro.

O secretário de Obras, Alexandre Pinto, destacou as principais intervenções feitas na cidade:

– Sem dúvida foram as avenidas Menezes Cortes (Estrada Grajaú-Jacarepaguá) e Guanabara (que liga a Prainha ao Grumari), onde nós tivemos o maior volume de deslizamentos na cidade. Foram mais de 10 mil m3 de rocha deslizadas. Tivemos também na Grota Funda investimento de porte para recuperar a estrada e investimentos em 17 comunidades.


Principais Ações emergenciais

- 280 frentes de obras de contenção de encostas em 47 bairros;
- 26 rios e canais desassoreados (quase 1,6 milhão de toneladas de detritos retirados);
- 610 mil metros de galerias de águas pluviais e caixas de contenção limpas ou construídas;
- 25 pontos de alagamento eliminados em Jacarepaguá, uma das áreas mais atingidas pelas chuvas;
- 483.371 buracos tapados (113 mil toneladas de asfalto / 1,36 milhão m2 de área);
- 4 mil famílias deixaram áreas de risco e receberam novas casas ou aluguel social.


Geo-Rio / Alerta Rio

- Investimento de R$117,5 milhões;
- Pontos de obras (frentes de serviço): 280;
- Volume deslizado: 450 mil toneladas;
- Estrutura de contenção: 39 mil m3;
- Limpeza dos sistemas de drenagem: 700 toneladas;
- Bairros atendidos: 47 ( Zonas Norte, Sul, Oeste e Centro);
- População beneficiada: 300 mil pessoas;
- Aquisição de radar meteorológico: R$ 2,2 milhões.


Rio-Águas

- Investimento: R$ 28 milhões;
- Desassoreamento de 26 rios, canais e lagoas: 529.162m3 ou 1,6 milhão de toneladas de detritos retirados;
- Reconstrução de muro de contenção: 1.121 m3.


Conservação

- Investimento: R$ 20 milhões;
- Operação Tapa-buraco: 483.371 buracos tapados / 113 mil toneladas de asfalto / 1,36 milhão m2 de área;
- Recuperação de paralelepípedos, pisos e pedras portuguesas: 175.975 m2;
- Limpeza / construção de galerias de águas pluviais, valas, canais e caixas de contenção: 609.552 metros;
- Limpeza / construção de caixas de areia e ralos: 97.390 unidades;
- Instalação / substituição de tampões e grelhas: 9.234 unidades.


Habitação

- 4 mil famílias que viviam em áreas de risco em 80 comunidade receberam aluguel social ou novas moradias;
- O valor do aluguel social passou de R$ 250 (antes das chuvas) para R$ 400;
- R$ 23 milhões utilizados até o momento com aluguel social, indenizações e aquisição assistida;
- 1.071 famílias reassentadas em unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.


Habitação (em construção)

- 20 mil unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida para famílias com rende de até R$ 1.395;
- Frei Caneca: 2 mil unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida no Centro;
- Bairro Carioca: investimento de R$ 200 milhões para 3 mil moradias em Triagem.

Texto: Anna Beatriz Cunha
Fotos: Beth Santos

CULTURA - sarau mesquiteiros2

MOMENTO ARTE - FOTOGRAFIA - Rosangela Guella Tamagnone - Professora Nota 10 - Arte - 2009

Pensamento infantil - A construção da moralidade

Educação Infantil - Roda de conversa

Unidades de saúde do Rio terão esquema especial de funcionamento no feriadão

Plantão | Publicada em 07/10/2010 às 11h17m
Isabela Bastos

RIO - Durante o feriado prolongado de Nossa Senhora Aparecida, as unidades de saúde do Rio funcionarão em esquema especial. No sábado, os postos de saúde abrirão normalmente, das 8h às 13h. Já na segunda-feira, quando será ponto facultativo nas repartições municipais do Rio, o expediente nos postos será mais curto, terminando às 13h e não às 17h como acontece normalmente. Os hospitais de emergência e as unidades de pronto-atendimento funcionarão 24 horas durante todo o feriadão. A listagem com as unidades que abrirão ininterruptamente foi publicada hoje no Diário Oficial. A lista é a seguinte:

- Hospital Municipal Souza Aguiar, Centro

- Hospital Municipal Miguel Couto, Gávea

- Hospital Municipal Salgado Filho, Méier

- Hospital Municipal Lourenço Jorge, Barra da Tijuca

- Hospital Municipal Paulino Werneck, Ilha do Governador

- Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, Irajá

- Hospital Municipal Jurandir Manfredini, Jacarepaguá

- Hospital Maternidade Fernando Magalhães, São Cristóvão

- Hospital Maternidade Oswaldo Nazareth, Praça Quinze

- Hospital Maternidade Carmela Dutra, Lins de Vasconcellos

- Hospital Maternidade Herculano Pinheiro, Madureira

- Hospital Maternidade Alexander Fleming, Marechal Hermes

- Policlínica Rodolfo Rocco, Del Castilho

- Policlínica César Pernetta, Méier

- Instituto Municipal Philippe Pinel, Botafogo

- UPAS de Paquetá, Vila Kennedy, Rocinha, Complexo do Alemão, Manguinhos, Cidade de Deus e Santa Cruz (João XXIII)

Pensamento Infantil - Noção de espaço

DIRETO DO TWITTER

MultiRio
Está sendo distribuído mais um MultiKit, dessa vez com 12 programas da série Rio, uma Cidade de Leitores. Todas as UEs deverão receber.

by HEMORIO
O Hemorio convoca toda a população para doar sangue!

Pensamento Infantil - Sexualidade

O despertar da sexualidade

FONTE - NOVA ESCOLA - 229 JANEIRO/FEVEREIRO 2010
Desde o nascimento, a criança explora o prazer, os contatos afetivos e as relações de gênero. Saiba como responder às dúvidas infantis sobre o tema

Thais Gurgel (novaescola@atleitor.com.br)

"A gente tá de mãos dadas, passeando com o cachorro. Eu e o Luís." Ana Beatriz, 4 anos

Apreciar a textura de um sorvete, relaxar numa massagem, desfrutar o beijo da pessoa amada: tudo o que se relaciona ao prazer com o corpo está ligado à sexualidade. Embora pelo senso comum ela se confunda com o erotismo, a genitalidade e as relações sexuais, o fato é que esse campo do desenvolvimento humano pode ser entendido num sentido mais amplo e deve incluir a conscientização sobre o próprio corpo e a forma de se relacionar amorosamente.

Ainda que esse processo se estenda pelo resto da vida, ele se inicia na infância, desde o nascimento. "As crianças sentem prazer em explorar o corpo, em serem tocadas, acariciadas. Elas experimentam a si próprias e ao entorno, vivenciam limites e possibilidades", diz Cláudia Ribeiro, professora da Universidade Federal de Lavras (Ufla), em Minas Gerais.

De modo geral, é possível falar em três "frentes de descobrimento", que ocorrem paralelamente: a da dinâmica das relações afetivas, a do prazer com o corpo e a da identificação com o gênero. Tudo se inicia com a primeira percepção de prazer: o ato de mamar, uma ação que dá alívio ao desconforto da fome e que intensifica o vínculo afetivo, baseado na sensação de cuidado e acolhimento. "A ligação entre mãe e bebê é um embrião relacional que, mais adiante, será desafiado com a percepção de que a figura materna desvia sua atenção para outras pessoas, como o pai ou um irmão", explica Ada Morgenstern, psicanalista e professora do Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo.

Ao constatar que não é o centro das atenções, a criança sente certo abalo em seu "reinado", mas também percebe que a sensação boa de se relacionar pode ser estendida para além da figura da mãe. Inicialmente, ela se volta para outros membros do contexto familiar e, em seguida, depois do primeiro ano de vida, para fora dele. "Essas relações dão uma referência à criança sobre sua própria identidade. Interagindo com amigos, ela percebe a si mesma", diz Maria Helena Vilela, educadora sexual e diretora do Instituto Kaplan, em São Paulo.

Para compreender as relações entre casais, os pequenos criam representações com faz de conta e imitação.

O prazer do vínculo afetivo e das interações sociais se dá em paralelo com a percepção das relações amorosas entre casais. Para compreender essa realidade do mundo, a criança se utiliza de recursos próprios da fase que vive: o faz de conta e a imitação. Falas como a de Ana Beatriz (primeira imagem), que representa no desenho um passeio de mãos dadas com um colega - ou seja, uma situação típica de namoro -, demonstram o interesse sobre os relacionamentos.

Experiências e perguntas nas investigações sobre o prazer

A descoberta de que o corpo é uma importante fonte de prazer costuma vir acompanhada de perguntas sobre a sexualidade. É comum, por exemplo, uma criança pequena perguntar a uma visita se ela tem "pinto" ou "perereca" - causando certo constrangimento aos adultos. A questão explicita que ela começa a identificar as diferenças entre o corpo do homem e o da mulher e toma consciência das características do próprio físico. Nesse contexto, além da investigação visual, experimenta as sensações causadas pelo toque em diferentes partes do corpo (e no de outras crianças), sejam elas do mesmo sexo ou do sexo oposto. "Também fazem parte dessa vivência beijos e abraços entremeados por risos e cócegas", completa Cláudia.

"O neném primeiro fica na barriga. Depois, sai pela perereca."
Maria Luísa, 5 anos

Um dos pioneiros a estudar a exploração do prazer corporal foi o neurologista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), criador da psicanálise, que chocou a sociedade de sua época ao falar da sexualidade infantil - rompendo com a imagem da criança inocente, assexuada. Ele mapeou o desenvolvimento nesse campo em diferentes fases, cada uma valorizando o prazer em uma região do corpo. A primeira delas é a fase oral, que se estende até os 2 anos e em que os pequenos concentram na boca a maior parte das sensações de prazer - mamar no seio ou na mamadeira, chupar chupeta etc. Em seguida, passa-se à fase anal (em torno dos 3 e 4 anos), quando a criança ganha controle sobre os esfíncteres e passa pelo processo de largar as fraldas. Nesse momento, sente-se bem em eliminar ou reter urina e fezes, fazendo do ânus uma região de prazer.

Depois os pequenos descobrem o prazer genital e investem nessa exploração do próprio órgão sexual. Esse período ocorre entre os 3 e os 5 anos e, depois dele, instaura-se um período de latência, em que as questões da sexualidade ficam secundárias nas inquietações infantis (até a puberdade). Embora não tenha sido superada, essa divisão em etapas é hoje relativizada pelos especialistas. "A separação por fases tem a intenção de facilitar a compreensão sobre o amadurecimento da sexualidade e não pode ser entendida como algo estanque, que ocorre linearmente", explica Ada.

As dúvidas sobre a concepção são frequentes e devem ser respondidas com precisão.

É também durante a Educação Infantil que os pequenos começam a se colocar questões sobre a origem dos bebês. Os caminhos para resolver esse "mistério" costumam ser perguntar a um adulto ou elaborar teorias próprias com as informações que coletam das mais variadas fontes - conversas, filmes e livros, por exemplo. A fala de Luís Antônio, que parece se contentar com a ideia de que os bebês vêm do hospital, é um exemplo disso (veja o diálogo abaixo).

"A minha mãe tá perguntando para o meu pai se ela pode me dar um irmãozinho. Se ele deixar, vai nascer." Luís Antônio, 4 anos
"E de onde ele vai vir?" repórter
"Do (hospital) Samaritano." Luís Antônio

"Nessa hora, o importante é responder exatamente o que a criança está perguntando, sem antecipar dúvidas", diz Marcos Ribeiro, sexólogo e coordenador geral da ONG Centro de Educação Sexual, no Rio de Janeiro. Se uma criança indaga como os bebês nascem, dizer que eles saem do hospital, embora não seja errado, não resolve a dúvida, pois poderia indicar que eles são comprados ou pegos no local. Uma possibilidade é dizer que eles vêm da barriga da mãe, sem dizer como ele entra ou sai dela (a menos que o pequeno pergunte). "Assim, é possível garantir que eles tenham acesso à informação à medida que as questões façam sentido para eles ou os inquietem", diz Ribeiro.

No espaço escolar, fale sobre o que é público e o que é privado

"Aqui é um homem porque ele é forte. Olha o muque dele."
Felipe, 4 anos

Além de explicações sobre anatomia e concepção, os pequenos vão aos poucos construindo ideias sobre cada gênero. Por volta dos 2 anos, a criança percebe se é do sexo feminino ou masculino e, no contato com os adultos ao seu redor e pela mídia, aprende o que é ser menino ou menina em sua sociedade - e, claro, tem contato com os rótulos associados a eles. Os pequenos logo percebem que se espera que o homem seja forte (veja o desenho e a fala de Felipe ao lado) e que a mulher seja frágil e delicada (veja a fala de Sofia abaixo).

"O meu pai às vezes me chama de Sofião...Eu não gosto dele quando faz isso comigo." Sofia, 5 anos

"É preciso ter atenção à rigidez dessa diferenciação e à criação de estereótipos que não contemplem a diversidade entre as pessoas", alerta Ribeiro. Nesse aspecto, a escola tem um papel importante. A maneira como a instituição lida com as diferenças físicas e a igualdade de oportunidades são maneiras de ensinar o respeito à diversidade e de não reafirmar clichês questionáveis - como o fato de a menina ser passiva, e o menino, destemido ou mesmo autoritário.

Da mesma forma, a equipe docente tem responsabilidade em explicitar as regras da cultura em que os pequenos estão inseridos. É preciso ter atenção, sobretudo, à distinção do que cabe no espaço público e no privado. A masturbação, por exemplo, requer um espaço privado para ser realizada, assim como urinar e defecar. "O professor deve intervir ao ver um menino manipulando a genitália em local público, mas o foco não deve ser a ação em si. A questão é o local apropriado", diz Maria Helena. "O adulto não deve repreender a criança apenas porque ele mesmo está incomodado. Se ela estiver se tocando em local privado, como a cabine de um banheiro, não é adequado pedir para parar."

Construída no início da vida, a identificação com o gênero se vincula à cultura em que cada criança se insere.

O desafio para o professor é enorme: ao mesmo tempo em que deve preservar a intimidade das crianças e não culpabilizá-las por manifestações de sexualidade, ele é responsável por um processo educativo que aborde valores, diferenças individuais e grupais, de costumes e de crenças. Isso é fundamental tan-to na infância como na adolescência, quando a questão ressurge a todo vapor. O mesmo te-ma voltará a ser abordado na série Desenvolvimento Infantil e Juvenil - que, a partir do mês que vem, direciona o olhar para o comportamento dos jovens.

* Os desenhos e os diálogos publicados nesta reportagem são de crianças de 3 a 5 anos da Creche Central da Universidade de São Paulo (USP)

Como agir quando uma criança da creche ou da pré-escola se masturba muito?

Bruna Nicolielo (bruna.nicolielo@abril.com.br). Com reportagem de Rita Trevisan
NOVA ESCOLA
Mais sobre sexualidade infantil

O primeiro passo é falar com ela para tentar entender o que está ocorrendo. Uma simples coceira, por exemplo, pode motivar a insistência em tocar os órgãos genitais. Não convém reprimi-la, apenas ouvi-la e orientá-la corretamente.

Em outros casos, a criança pode estar passando por um período de ansiedade por causa de um acontecimento pontual na família, como a chegada de um novo irmão, e a masturbação seria o caminho encontrado por ela para extravasar esse sentimento.

Uma conversa com os pais poderá ser útil para investigar se houve mudança na rotina e nos hábitos da criança. De qualquer forma, o ideal é não transferir o problema para a família antes de tentar solucioná-lo com a própria criança no âmbito da escola.

Basta o educador chamá-la para uma conversa em particular, fora da sala, em que deve explicar que tocar as partes íntimas do corpo é algo muito pessoal e que não deve ocorrer em público. O único cuidado é não olhar para a sexualidade infantil como se olha a sexualidade do jovem ou do adulto, tendo a clareza de que, para a criança, o ato não envolve nenhuma malícia.

Ministério da Saúde investe na formação em Saúde Mental

Atenção a este informe do Ministério da Saúde

Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-Saúde apóia o desenvolvimento de processos formativos para a área de Saúde Mental.

O Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação e da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas – SENAD/GSI/PR, dá início ao Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-Saúde/Saúde Mental - crack, álcool e outras drogas, com o lançamento de Portaria e Edital, publicados no Diário Oficial da União, para a seleção de projetos a serem desenvolvidos por Instituições de Educação Superiores (IES), em parceria com Secretarias Municipais e/ou Estaduais de Saúde. O Programa oferece bolsas para professores, estudantes de graduação e profissionais da área de saúde mental. O PET-Saúde/Saúde Mental/Crack quer estimular a formação de grupos de aprendizagem tutorial para atuar na atenção em saúde mental, crack, álcool e outras drogas, dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os grupos receberão bolsas de educação pelo trabalho que correspondem aos valores pagos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O valor das bolsas dos tutores acadêmicos (professores) e dos preceptores (profissionais dos serviços) é de R$ 1.045,98 e a bolsa incentivo para os estudantes é de R$ 360,00 – correspondente ao valor da bolsa de iniciação científica.

Para participar do Programa, os interessados deverão apresentar projetos para avaliação e aprovação dos Ministérios da Saúde, Ministério da Educação e SENAD, com proposta de pesquisa(s) especificando seu(s) objetivo(s) e sua relação com a atenção em saúde mental, crack, álcool e outras drogas no SUS.

Podem se inscrever IES públicas ou privadas sem fins lucrativos que integram o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) ou que desenvolvam atividades curriculares em serviço junto à rede pública de serviços de saúde, atestada pelo respectivo gestor municipal e/ou estadual de saúde.

Regulamentado pela Portaria Interministerial nº 421, de 3 de março de 2010, o PET-Saúde – Saúde da Família e Vigilância em Saúde oferece, atualmente, cerca de 10 mil bolsas/mês e avança na consolidação das mudanças na graduação que vêm sendo implementadas pelo Pró-Saúde. Além disso, favorece o processo de integração ensino-serviço-comunidade, reconhecendo e valorizando o papel dos profissionais de saúde. Neste sentido, o novo PET-Saúde/Saúde Mental/Crack objetiva a qualificação dos profissionais da rede de atenção psicossocial e estudantes da área da saúde.

O período para apresentação de propostas vai até 12 de novembro de 2010. Os resultados têm divulgação prevista para 30 de novembro de 2010.

Outras informações sobre o Programa estão disponíveis no site
www.saude.gov.br/sgtes/petsaude
ou podem ser obtidas pelo e-mail
petsaudemental@saude.gov.br