segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Confira dicas para escolher a escola certa para o seu filho

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Confira dicas para escolher a escola certa para o seu filho:

RIO - Escolher a escola ideal para matricular o filho exige, segundo especialistas em Educação, que os pais tenham um olhar atento para o dia a dia da família, conheçam suas expectativas em relação ao colégio e se informem se os valores familiares estão de acordo com os do espaço.

— Não adianta matricular em escola tradicional e religiosa, com excelentes alunos, se em casa religião não tem peso e os pais são contra esse tipo de aula. E não ajuda pôr em escola disciplinada, se em casa a criança não tem hora de dormir ou comer. A mensagem da escola e a da família têm de ser a mesma — diz João Batista, presidente do Instituto Alfa e Beto.

Para o professor da USP Ocimar Alavarsi, consultar famílias de alunos que já se formaram na escola também colabora para uma decisão mais madura.

— Antes de se decidir, os pais devem consultar famílias de alunos que já se formaram na escola. E também as de estudantes matriculados. Conversar com a direção é válido, mas ouvir outras opiniões contribui para tirar dúvidas. E é preciso conhecer o projeto pedagógico, para comparar seus valores com os da escola. Assim, a chance de acertar é maior — explica o professor.

Prestes a matricular a filha Joana, de 2 anos, numa pré-escola, o médico Ricardo Igreja e a mulher Mariana visitaram várias escolas perto de casa, no Jardim Botânico, no Rio.

— Queríamos uma escola ampla, na qual ela pudesse brincar, algo essencial nessa fase, e que nos permitisse continuar levando a Joana ao Jardim Botânico de manhã. Algumas pessoas se preocupam desde essa idade em escolher escolas disputadas, mas para a gente é hora de a Joana ir para a escola brincar.

Abaixo, confira dicas do que deve ser observado na hora de escolher a escola em cada segmento.

Creche

Pais de bebês que vão frequentar creche devem, segundo especialistas, optar por colégios que estejam perto de suas casas. "Isso faz com que as crianças fiquem menos expostas ao trânsito e que possam sair de casa já quase na hora de a aula começar", diz João Batista, presidente do Instituto Alfa e Beto. Para Quézia Bombonato, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, é importante que os pais conheçam a formação dos profissionais: "Na creche, é preciso saber se há um professor orientando os cuidadores e quantos adultos são responsáveis pelo berçário, além do número de crianças. A higiene, claro, deve ser observada, assim como se auxiliam a família no processo de tirar fralda, mamadeira e chupeta."

Pré-escola

"Na pré-escola é bom se certificar se a criança terá espaço para brincar, para dormir, desenvolver a coordenação motora e ouvir histórias", diz Quézia Bombonato. Professora da Faculdade de Educação da PUC-SP, Neide de Aquino Noffs alerta para a importância de poucos alunos em sala: "Numa turma com crianças de 3 anos, o ideal é ter no máximo 15 alunos. Isso garante o relacionamento aluno-professor e dá a oportunidade de uma educação mais individualizada." Outro aspecto, segundo João Batista, precisa ser levado em conta: "Os pais devem conhecer crianças que passaram pelo colégio em que desejam matricular seus filhos e conversar com os responsáveis. Isso é importante para descobrir como foi a transição delas para o Ensino Fundamental".

Fundamental I e II

"É importante saber se a escola alfabetiza no primeiro ano do Ensino Fundamental, que é a série em que o professor é mais bem preparado para ensinar a ler e a escrever", diz João Batista, do Alfa e Beto. No entanto, nessa fase, os pais já devem se certificar se a escola tem ou não uma filosofia compatível com a da família, dizem os especialistas. "Crianças no 2, 3 e 4 anos ainda dependem muito dos pais na hora de fazer a lição de casa. Então, se eles reclamam de ter que parar para ajudar, se acham desagradável deixar de sair por conta dessa tarefa, isso vai virar um atrito. As medidas disciplinares da escola precisam ser levadas em conta, além da maneira como são resolvidos os conflitos entre os alunos. Não adianta escolher um colégio que não é coerente com o que a família acredita", explica Quézia Bombonato. "Tem pai que matricula na escola em que ele gostaria de estar. Mas vale lembrar que criança feliz se abre para o aprendizado", diz Sonia Wanderley, coordenadora do CAP-Uerj.

Ensino Médio

Professor da Faculdade de Educação da USP, Ocimar Alavarsi diz que os responsáveis devem se perguntar o que esperam do colégio: "A ideia é preparar para o vestibular? Então, vale consultar o desempenho da escola no Enem. Ou é melhor que seja uma escola que preza o bem-estar do aluno, que valoriza atividades artísticas? O colégio tem um alto índice de reprovação? Alguns pais odeiam isso e outros acham interessante. É importante ter boas informações antes de decidir". Segundo Quézia, vale ficar de olho no perfil dos alunos já matriculados: "É uma fase em que agradar ao grupo de amigos é mais importante do que agradar aos pais. Então, vale saber com quem o filho vai passar a maior parte do tempo".

Preocupações em qualquer idade

"Sendo bebê, criança ou adolescente, a segurança precisa ser levada em conta. Pais devem observar a infraestrutura da escola, se tem escada, corrimão, se o berçário tem gente suficiente tomando conta, mas também a vizinhança. Para isso, o bom é visitar o local em vários horários. Sabendo o que acontece ao redor, fica mais fácil lidar com qualquer situação", diz Neide Noffs, que lembra ainda que a formação dos profissionais deve ser observada: "Professores têm que ter formação específica para a área em que atuam. E a direção precisa ser qualificada, ter, no mínimo, formação em Pedagogia. Se for para operar, a gente quer um cirurgião, quer o especialista. Tem que ser assim na escola também".

Custo

Escolher a escola correta passa também, de acordo com os especialistas, pela questão financeira. "É preciso ter recursos para pagar a escola. Para isso, os pais têm que saber o custo total e não só da mensalidade. Matricular e comprometer boa parte da renda da família não é o melhor", diz Ocimar Alavarsi, da USP. "Antes da matrícula, os pais precisam saber, por exemplo, se o colégio oferece viagens e passeios, que elevam o custo. E também quanto vão gastar com o material escolar. Além de se os estudantes matriculados têm a mesma condição social, se o filho conseguirá participar dos programas, se vai ficar à vontade para levar os amigos em casa e se não se sentirá excluído", diz Quézia Bombonato.

II SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

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II SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA: Como já se tornou tradicional, a escola trabalhou muito o tema Consciência Negra, também organizando uma programação especial envolvendo mais os alunos do PEJA e os diversos profissionais da escola.

PROGRAMAÇÃO
Segunda-feira: 13:30h – Apresentação do filme: Zumbi somos nós
21/11 14h – Debate e Oficina de trabalhos diversificados: redação, pesquisa, cartazes, álbum, etc.
19h – Apresentação do filme: Zumbi somos nós
20h - Debate e Oficina de trabalhos diversificados: redação, pesquisa, cartazes,álbum, etc

Terça-feira: 13:30h – Apresentação do filme: Quanto vale ou é por quilo ?
22/11 15h – Debate e elaboração de relatório
19h - Apresentação do filme: Quanto vale ou é por quilo ?
20:30h - Debate e elaboração de relatório


Quarta-feira: 13:30h – Entrevista com a professora Rejane / A questão da discriminação racial
23/11 14h – Leitura e interpretação de texto sobre o tema
19h - Entrevista com a professora Rejane / A questão da discriminação racial
20h - Leitura e interpretação de texto sobre o tema


Quinta-feira: 13:30h – Oficina de danças afrobrasileiras com a profª Ana Paula
24/11 Exibição e divulgação de lutas marciais, em especial a capoeira
15h - Exposição de trabalhos
19h – Apresentação de slides sobre a influência africana na cultura brasileira

Sexta-feira: 13:30h – Oficina de máscaras com a profª Cristiane de Educação Artística
25/11 15h – Apresentação do filme Kiriku, lenda de origem africana e dinâmica de grupo
19h - Apresentação do filme Kiriku, lenda de origem africana e dinâmica de grupo rascunho 16:25:00 de CIEP Antonio Candeia Filho

Entrevista com criador dos consultórios de rua.

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Entrevista com criador dos consultórios de rua.:
Idealizador do primeiro consultório de rua, mecanismo de abordagem de usuários de drogas encampado no novo plano do governo federal contra o crack, o médico Antonio Nery Filho critica o uso da atividade como porta para internação involuntária.
Essa possibilidade foi levantada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Professor na Universidade Federal da Bahia e coordenador do Cetad (Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas), Nery Filho relativiza o problema do crack em comparação a outras drogas.
FOLHA - Por que o senhor afirma que o crack não é o principal problema do país?
ANTONIO NERY -O crack foi alçado a uma posição na saúde pública brasileira que não corresponde à realidade. Sobretudo se comparado ao álcool, tabaco e medicamentos psicotrópicos usados fora do contexto médico e às substâncias voláteis.
O uso do crack se reduz a população específica. Não penso que se possa falar em "Brasil contra o crack" pois ele não tem uma dimensão que mereça o engajamento.
O sr. foi o idealizador do primeiro consultório de rua. Como vê o fato de a atividade ser incorporada ao plano do crack do governo?
De modo algum uma atividade pode ser incorporada a um plano para o crack. Seria muito mais eficaz um plano da maconha, cocaína em pó e, por que não, do álcool. Falar do plano do crack eu me recuso. A atividade que criamos na Bahia não é voltada para o crack e não deveria estar incorporada em um plano específico para uma droga, mas em um projeto de atendimento às pessoas que consomem drogas em situação de completa exclusão social.
Como foi criado o consultório?
Nós verificamos, em 1995, que havia na Bahia uma população que não tinha possibilidade de procurar um serviço de saúde por sua mais absoluta exclusão social.
Há pessoas que não têm a menor possibilidade de se mover na direção de qualquer coisa que não seja da morte. Nós constatamos, após dez anos trabalhando no Cetad, que essas pessoas nunca iam ao serviço e aí tivemos a ideia de criar um dispositivo com uma equipe multidisciplinar. Fomos onde essas pessoas estão.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que os consultórios de rua poderiam fazer o encaminhamento para a internação involuntária...
Se fizerem isso estarão deturpando completamente a ideia original. Eu me oponho totalmente que o consultório de rua se torne instrumento de internação compulsória.
Internações compulsórias nunca deram resultado nos últimos 50 anos. Nem para doentes mentais inteiramente psicóticos têm sido feitas.
Voltar 50 anos para fazer uma higienização das ruas das cidades brasileiras me parece um retrocesso para não dizer um absurdo do ponto de vista técnico.
Sabemos, após 30 anos trabalhando, que quando vamos para as ruas e nos tornamos o instrumento dessa internação compulsória, as pessoas fogem de nós como o diabo foge da cruz.
Vem agora uma proposta completamente anacrônica do Ministério da Saúde e propõe aquilo que nós todos da saúde mental mais abominamos (...) Deveríamos criar centros de atendimento psicossocial no lugar de dispor R$ 418 milhões para se enfrentar um fantasma criado artificialmente no Brasil.
O que difere a internação compulsória da involuntária?
A internação involuntária é igual à compulsória. Involuntária significa que a pessoa internada não aceita, então é compulsória. Alguém da lei decide, interpreta a lei.
E é uma interpretação errônea, porque a lei mudou e hoje a internação é um instrumento de recurso último.
Em nenhum caso o consultório de rua faria essa abordagem para, nos casos extremos, definir a internação?
Sou radical e frontalmente contra a internação involuntária, sobretudo de pessoas que usam drogas na rua e não estão psicóticas, não perderam a capacidade de entendimento e determinação.
O Estado brasileiro está dizendo que os usuários na rua são incapazes de decidir se querem ser internados.
Digo que 90% das pessoas que usam drogas se beneficiam bem do atendimento ambulatorial. Por que optar pelo mais caro, colocando essas pessoas em instâncias compulsoriamente?
Por trás disso tem o movimento das comunidades terapêuticas. A maioria é de caráter religioso. As pessoas não suportam rezar o dia todo e achar que Jesus vai substituir o crack, a cocaína, o álcool ou qualquer coisa do tipo.
ANDRÉIA SADI 
JOHANNA NUBLAT 
DE BRASÍLIA - FOLHA DE SÃO PAULO (11/12/2011)

Unesco vai lançar documento com orientações para países combaterem homofobia nas escolas

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Unesco vai lançar documento com orientações para países combaterem homofobia nas escolas:

Comitiva visitou as instalações da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos.


Em 2012, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) vai lançar um documento com orientações a governos de todo o mundo para o enfrentamento da homofobia em ambiente escolar. O bullying contra estudantes LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e transexuais) foi tema de uma reunião promovida pela entidade na última semana no Rio de Janeiro, com a presença de especialistas de 25 países.



Leia Mais:

-Unesco organiza consulta internacional para combater homofobia nas escolas


Os participantes conheceram experiências de combate ao problema desenvolvidas por diferentes países e houve o consenso de que a homofobia prejudica o desempenho de alunos homossexuais e muitas vezes leva a uma trajetória escolar interrompida, já que o jovem acaba desistindo de estudar por causa das agressões sofridas. Entre as principais recomendações que vão constar no documento estão a formulação de políticas específicas para atender esse público, o treinamento de professores para lidar com a questão e a produção de materiais de combate ao preconceito contra homossexuais nas escolas.


Nesta semana, durante evento em Nova York, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que o bullying contra crianças e jovens homossexuais é um problema que ocorre em escolas de todas as partes do mundo. “Ele afeta os jovens durante todo o caminho para a vida adulta, causando enorme e desnecessário sofrimento. Crianças intimidadas podem entrar em depressão e abandonar a escola. Algumas são até mesmo levadas ao suicídio. Isso é um ultraje moral, uma grave violação dos direitos humanos, além de ser uma crise de saúde pública”, defendeu.


Segundo dados divulgados pela Unesco, nos Estados Unidos, mais de 90% dos estudantes LGBTs dizem ter sido vítimas de assédio homofóbico. Na Nova Zelândia, 98% dos homossexuais contam que já foram abusados verbal ou fisicamente na escola. Pesquisa realizada em 2009 pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) apontou que no Brasil 87% da comunidade escolar – sejam alunos, pais, professores ou servidores – têm algum grau de preconceito contra homossexuais.


O Ministério da Educação (MEC) estava preparando um kit contra a homofobia que seria distribuído em escolas de ensino médio. O material continha vídeos e cartilhas elaboradas por entidades que defendem os direitos da população LGBT. A produção do material, entretanto, foi suspensa pelo governo após reclamações de parlamentares da bancada religiosa sobre o seu conteúdo, que também desagradou à presidenta Dilma Rousseff.


(Agência Brasil)

MEC quer 4,5 milhões de estudantes no programa Mais Educação em 2012

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MEC quer 4,5 milhões de estudantes no programa Mais Educação em 2012:

O Mais Educação atenderá no próximo ano aproximadamente 4,5 milhões de estudantes e estará presente em cerca de 3,5 mil municípios, segundo a diretora de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC), Jaqueline Moll. Atualmente, três milhões de crianças são atendidas pelo programa.


Para atingir a nova meta, o Ministério conta com as 14,9 mil escolas públicas urbanas de ensino fundamental que hoje estão no Mais Educação e as novas adesões — o MEC espera a inclusão de pelo menos dez mil novos estabelecimentos de ensino.


Para isso, o Ministério já pré-selecionou 14,2 mil novas escolas públicas urbanas como prioritárias para a oferta de educação integral em 2012. A expansão também compreende unidades escolares dos territórios do programa Brasil sem Miséria, onde a população carente participa de ações do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).


O coordenador de ações educacionais complementares da SEB, Leandro Fialho, explica que nos territórios do Brasil sem Miséria estudam mais de 50% dos alunos beneficiários do programa Bolsa Família, especialmente nas regiões Nordeste e Norte. Esse público, segundo ele, é prioritário nos programas do governo federal e passará a ser atendido também por programas de educação integral. As escolas dos territórios foram definidas pelo MEC e pelo MDS.


A ampliação da educação integral atende a meta número 6 do projeto de lei que institui o Plano Nacional de Educação (PNE) para os próximos dez anos. O relatório da Comissão Especial que analisou o plano foi apresentado na Câmara dos Deputados, na última semana. A meta prevê a oferta de educação em tempo integral para 25% dos alunos das escolas públicas de educação básica.


As unidades de ensino que aderem ao Mais Educação recebem recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os valores são depositados em contas-correntes das escolas, em cota única, para uso na aquisição de materiais, custeio de atividades e pagamento de transporte e alimentação de educadores. Em média, cada unidade recebe R$ 37 mil para aplicar nos dez meses letivos.


Campo

No próximo ano, a expansão do Mais Educação deve incluir, pela primeira vez, escolas de ensino fundamental no campo. De acordo com Jaqueline Moll, estudos preliminares do MEC indicam a possibilidade de ingresso de cinco mil escolas da área rural na educação integral.


Encaminhamentos

A SEB promove uma reunião técnica entre terça e quinta-feira (13 e 15/12), em Brasília, sobre os programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador. Cerca de 300 coordenadores vão discutir a expansão da educação integral em escolas urbanas e do campo e nos territórios do Brasil sem Miséria.


Também, será debatida a forma que os estudantes vinculados ao Ensino Médio Inovador vão participar da educação integral. No próximo ano, o programa será oferecido a estudantes de 17 estados e no Distrito Federal.


Confira a relação de escolas urbanas pré-selecionadas.


As informações são do Ministério da Educação (MEC)

Monet: VISTAS DA CATEDRAL DE ROUEN – LuDiasBH

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Monet: VISTAS DA CATEDRAL DE ROUEN – LuDiasBH:

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Todos os dias eu capto e me surpreendo como alguma coisa que ainda não tinha sabido ver. Que difícil de fazer é essa catedral! Quanto mais avanço, mais me fatiga restituir o que sinto; eu me digo que aquele que diz ter terminado uma tela é um terrível orgulhoso. (Monet)


Monet fez vários quadros paisagísticos em que inseriu igrejas e catedrais. Mas nessa série, ele pegou como tema único a Catedral de Rouen. Foram pintadas cerca de trinta telas, onde reproduz o jogo de luz e as inúmeras mudanças na atmosfera, em vários momentos do dia, através da fachada da catedral. Aqui, o tema central não é a catedral, pois sua arquitetura é quase imperceptível, mas a variação da luz sobre sua fachada em diversos momentos do dia. Essa série é famosa no mundo inteiro.


O pintor chegou a duvidar de sua capacidade de poder transferir para a tela as diferentes mudanças cromáticas, ao pintar a Catedral de Rouen em diferentes momentos. Ele desabafou dizendo que “tudo muda, inclusive a pedra”.


Para pintar os inúmeros quadros da série, Monet submeteu-se a um grande número de sessões, indiferentemente da hora do dia e do tempo. Ele pintou sob o sol, sob a névoa, ao amanhecer, ao entardecer… O método empregado era a substituição de telas, de acordo com as variações da luz. Ele trabalhou no tema em dois períodos distintos, em que houve um intervalo de cerca de um ano. Antes de iniciar a sua pintura, ele estudou a construção e os efeitos luminosos. O seu ateliê foi montado de frente para a catedral.


De um total de trinta telas da Catedral de Rouen, apresentada como se fosse imaterial, foram expostas vinte em 1894. Na época, o jornalista Georges Clemenceau, que viria a ser primeiro-ministro da França e também responsável pela doação das Ninfeias ao Estado francês, mostrou a sua preocupação no sentido que as telas viessem a ser vendidas separadamente, pois, para ele, todo o bloco constituía um único trabalho, ou seja, uma única obra dividida em vinte sequências.


Artistas e críticos acolheram muito bem essa série de Monet, pois se tratava de um grande acontecimento. Pois, como escreveu Georges Clemenceu, tratava-se de “uma forma nova de olhar, de sentir, de expressar uma revolução”. Tanto é que artistas como Picasso, Braque ou Lichtenstein viram essa série de pinturas sobre a Catedral de Rouen como “de importância fundamental na história da arte”, pois “obrigaria gerações inteiras a mudar suas concepções”.


Obs.: A primeira gravura trata-se da reprodução de uma foto da catedral.


Fontes de Pesquisa:


Claude Monet/ Coleção Folha


Grandes Mestres da Pintura/ Editora Abril


Monet/ Editora Taschen


Monet/ Editora Girassol