sábado, 3 de março de 2012

"Idade Mídia - Um programa que abre canais para que o estudante seja o ator de seu aprendizado"

http://programajornaleeducacao.blogspot.com/

"Idade Mídia - Um programa que abre canais para que o estudante seja o ator de seu aprendizado":
Era começo de 2002 quando o conceituado Colégio Bandeirantes, escola particular de São Paulo, recebeu uma proposta inusitada dos jornalistas Alexandre Le Voci Sayad e Gilberto Dimenstein. A ideia era que os alunos pudessem desenvolver sua própria revista na escola, com autonomia para decidir temas e discuti-los, pensando numa formação crítica, experimentação de linguagens, comunicação, expressão, educomunicação.

Naquele mesmo ano nascia o Idade Mídia, em vigor até hoje, sob a coordenação de Alexandre, que resolveu colocar no papel a trajetória desse projeto onde o jovem é sujeito e narrador de sua história, sua aprendizagem. Arquiteto de seu conhecimento!

Muita gente tem vontade de criar um projeto, mas não sabe como começar, desanima-se porque não sabe o que vai enfrentar ou tem medo de como será o processo. Talvez o livro "Idade Mídia - A Comunicação Reinventada na Escola", de Alexandre Le Voci Sayad, publicado pela Aleph Editora e já nas livrarias do país, possa ser um estímulo, porque mostra um caminho, um processo, erros e acertos, além de depoimentos de pessoas envolvidas com o projeto. Mostra de que maneira o Idade Mídia "tocou" cada um dos alunos e fez diferença em suas vidas.

Pra contar um pouco do livro e do projeto, conversamos com Alexandre, que é jornalista, educomunicador, coordenador do Idade Mídia, secretário executivo da REDE CEP (Rede de Comunicação Educação e Participação) e mais um monte de outros cargos, voluntários ou não, que envolvem o ideal da comunicação voltada para o desenvolvimento. Boa leitura! (Cristiane Parente)


Alexandre Le Voci Sayad
Cristiane Parente - O livro Idade Mídia fala do projeto que você e Dimenstein começaram a desenvolver no Colégio Bandeirantes, em São Paulo, e que continua até hoje, dez anos depois, coordenado por você. Por que você resolveu escrever sobre esse projeto?

Alexandre Le Voci Sayad - Dez anos foram suficientes para criar não só um projeto que envolve comunicação, mas um modelo de educação que procura dialogar com o jovem e as grandes questões que cercam o aprendizado hoje. É tempo suficiente para se medir eficiência e o impacto da aprendizagem nos alunos. Resolvi contar tudo isso num livro e num blog para inspirar outras belas histórias.

Cristiane Parente - Como você definiria o Idade Mídia?

Alexandre Le Voci Sayad - Um programa que abre canais para que o estudante seja o ator de seu aprendizado, se expresse e esteja apto a desenvolver projetos com sucesso, além de acreditar na sua capacidade de realização.

Cristiane Parente - De que maneira você acha que ele pode contribuir para que educadores sintam-se estimulados a trabalhar com mídia nas escolas numa perspectiva emancipadora?

Alexandre Le Voci Sayad - Os projetos em comunicação (e aqui eu incluo também as artes numa perspectiva mais ampla) são a única maneira de realizar uma educação que interesse ao jovem em plena época em que os meio estão cada vez mais baratos e difundidos.
É parte da realidade da vida dos estudantes, Por que não trazê-la para dentro do ambiente de aprendizado? É uma chance de ouro para reposicionar a escola como espaço importante de aprendizado, e assim torná-la relevante ao estudante. Isso se traduz, em médio prazo, na redução da evasão escolar.


CP - O livro não é uma produção individual sua. Há colaborações de Daniela Moreira, Fernando Rossetti, Ismar de Oliveira Soares, Marina Consolmagno, Sérgio Rizzo e Sylvio Ayala. Que relação essas pessoas possuem com o projeto Idade Mídia?


ALVS - Sou uma espécie de facilitador, ou complicador, no processo de aprendizagem no Idade Mídia. Mais um maestro do curso do que um músico da orquestra. O programa tem como princípio expandir o tempo e o espaço escolar e, justamente por isso, conto com a colaboração de diversos atores de fora do ambiente escolar para arejar e dinamizar o curso. Esses colaboradores do livro estão entre os mais de trinta que, de alguma maneira, contribuíram com o Idade Mídia nesses dez anos. Vão do Marcelo Tas, passando pela Sarah Oliveira, Sérgio Rizzo e Ismar Soares.

CP – Qual foi a principal dificuldade de implementação do Idade Mídia naquela época, há dez anos e qual dificuldade você vê hoje, se um educador resolvesse criar um projeto como o Idade Mídia? Está mais fácil? Mais difícil?

ALVS - Quando surgiu em 2002, a internet ainda não era esse fenômeno de mudança paradigmática social que é hoje. Não havia redes sociais. O Idade Mídia foi uma aposta ousada. Muita gente, e aqui eu incluo muitos professores, não entendiam a realidade próxima de uma era em que a informação seria commodit – em que o aluno muito possivelmente poderia estar mais bem informado que o professor sobre determinado assunto. Fui muitas vezes mal compreendido ou mesmo tratado como um lunático quando já falava sobre esse tema – na verdade já falava em palestras sobre a necessidade de uma mudança nos modelos educativos desde o ano de 1999.
Hoje esse discurso é praxe – há mais elementos no cotidiano que o fazem ser mais facilmente entendido. Em projetos como o Idade Mídia, ninguém sai perdendo. Os professores, os alunos e a escola ganham sempre. Quando isso passa a ser enxergado, os canais passam a se abrir.


CP - Como você, enquanto jornalista, se viu dentro da escola? Que papeis podem ser desempenhados por jornalistas ou pelos educomunicadores nos espaços educativos, especialmente agora que já temos uma licenciatura na área (USP) e um bacharelado (UFCG) e maior reconhecimento em relação ao conceito? Você se considera um educomunicador?

ALVS - Sim, me considero um educomunicador, ou melhor, um comunicador que encontrou na educação um campo fértil para a inovação. Foi difícil começar com vinte e poucos anos querendo que todos me vissem como educador no colégio mais sofisticado de São Paulo. Agora me sinto mais ambientado.
Acho que os profissionais de fora do campo da educação têm sempre muito a colaborar com ela; isso vai alem do comunicador. As universidade de pedagogia, em sua maioria, formam pesquisadores em educação (e olhe lá!) e o mercado docente não atrai os melhores profissionais.
Ou seja, eu acho que os demais profissionais que canalizarem e votarem seus talentos no sentido de melhorar os modelos de ensino serão fundamentais para uma educação de ponta - seja ela pública ou privada.
No campo da comunicação, vejo com bons olhos as licenciaturas, porque ousam misturar outras áreas à reativa “pedagogia pura” como cátedra.


CP – Que resultados você pôde ver após dez anos de Idade Mídia nos alunos que dele participaram? Tanto os resultados relacionados à questão mais didática, da escola e seus conteúdos, como resultados em termos mais pessoais e de amadurecimento dos alunos.

ALVS - Não tenho notícia de um ex-aluno que não tenha realizado algum projeto pessoal ou profissional do qual não se orgulhe. Todos construíram com autonomia o que, nas suas percepções, consideravam o sucesso. Nisso eu inclui os 30% de estudantes da periferia da cidade e os 70% que tiveram a sorte de poder estudar sem bolsa no Bandeirantes.
Esse sucesso se deve à capacidade de expressão, de escrita, de relacionamento, de construção de redes e de ousadia de tentar coisas novas e criativas. O lema do Idade Mídia sempre foi: “Ouse ser tolo”.


CP - Um projeto como o Idade Mídia pode dar certo em qualquer escola? Que princípios devem ser seguidos para que o projeto não vire uma imitação acrítica do que já é feito pela grande mídia ou vire apenas um projeto institucional da escola?

ALVS - A autonomia na gestão do projeto é um fator de sucesso do Idade Mídia que não pode ser esquecido. Tive muita independência para que os estudantes sempre fossem os condutores do processo e do produto, por parte da direção da escola. Ninguém quis ler uma única linha que seria publicada, nem fez nenhuma exigência. Essa relação de confiança é fundamental e, na minha visão, possível de ser construída em outros locais.
No livro, eu considero o Idade Mídia um projeto mãe; acho que deve inspirar outros que se baseiem em seus princípios e objetivos – na sua essência. Assim ele se torna flexível a vários ambientes – não precisa ser replicado exatamente igual. Há um direcionamento no livro, mas não uma fórmula mágica.
O processo educativo, que dura um ano, é fundamental para que os alunos pensem e criem algo autêntico e não mimetizem o Jornal Nacional. O livro detalha bem partes do processo que servem de ruptura de limites e ampliação de repertório para os estudantes. É importante que o curso apresente a possibilidade de se sonhar com o novo e de também criar estratégias para transformar esse sonho em realidade.


CP - Você acredita em projetos como o Idade Mídia como fazendo parte de uma política pública de uso dos meios nas escolas de forma crítico e criativa? O que uma política pública que pensasse uma educação para/pelos/com os meios poderiam trazer para a Educação brasileira e a formação de toda uma geração?


ALVS - Traria uma nova importância para a escola, pois colocaria o jovem no centro do aprendizado e o faria produtor de conhecimento também.
Nunca ninguém perguntou o que o estudante quer viver na escola – o que ele deseja aprender, qual a escola que ele sonha.
As políticas públicas em educação são sempre baseadas no ego dos educadores e gestores ou nas demandas da economia, mas jamais tem o estudante no centro, como ator.
Não se trata só de uma educação para/pelos/com os meios, mas sobretudo da produção da própria comunicação e intervenção do estudante no "ecossistema comunicativo" da escola com sua voz. Essa é uma maneira de fazê-lo sentir-se parte da escola e da educação - como um ator. De apropriar-se mesmo das questões da escola.

Uma educação que faça sentido para eles é fundamental para que consigam se formar com qualidade no que aprenderam.

Emissão da declaração de rendimentos 2011

http://educopedia2010.blogspot.com/

Emissão da declaração de rendimentos 2011:
Caros Educopedistas,

Segue email enviado pelo MEC.
Att, Equipe Educopédia


"Prezados Coordenadores,

Segue o link o link para emissão da declaração de rendimentos 2011: http://www.fnde.gov.br/sigefweb/index.php/declaracao-rendimento.
Cabe esclarecer que a bolsa auxílio deve ser informada no camporeferente a rendimentos isentos e não tributáveis.


Att.,
Gleis Jesus
Equipe de Formação
Coordenação Geral de Tecnologias da Educação
COGETEC/DCE/SEB
Ministério da Educação
"


IDÉIA PARA PÁSCOA - Coelhos de papel

Coelhos de papel:
A mesa ganha um toque de elegância com os coelhos de papel. Use como cartão para marcar o lugar dos convidados ou para dar o toque final em um pacote de presente. São vendidos no site Etsy.

PSE - NSEC06 - Higienizar o aparelho do ar condicionado evita doenças

http://blogdalergia.blogspot.com/

Atenção a higiene do ar condicionado.

Higienizar o aparelho do ar condicionado evita doenças:
Você tem hábito de limpar o ar condicionado de sua casa ou do seu carro? Uma pesquisa mostrou que a resposta é não, na maioria das vezes. Ou então: limpo de vez em quando. Ou ainda: eu lavo o filtro de tempos em tempos...

E o susto é grande quando amostras coletadas de filtros de aparelhos são analisadas, demonstrando a presença de fungos de várias espécies. Estes fungos se acumulam, crescendo nos aparelhos que ficam sem limpeza e quando inalados se acumulam no nariz, na garganta e nos pulmões, podendo agravar as alergias respiratórias. Crianças e idosos estão mais sujeitos a riscos pois costumam permanecer no ambiente domiciliar por mais tempo e tem imunidade mais frágil.

Seguem algumas dicas de limpeza:
  • Lave o filtro que fica na parte da frente dos aparelhos residenciais no mínimo uma vez por mes. Quando estão sujos, reduzem o desempenho do produto e pioram a qualidade de ar que você respira. Lave em água corrente por alguns minutos até ficar limpinho e deixe secar antes de recolocar no aparelho. Se você mora em áreas poluídas, lave o filtro com mais frequencia.
  • Existe um tipo de filtro adicional, capaz de reter partículas muito pequenas. Este dispositivo tem custo baixo e pode melhorar qualidade do ar condicionado.
  • A limpeza completa do aparelho é feita em locais autorizados e deve obedecer a orientação do manual. Mas, um fator que influencia é o tempo de uso do aparelho: se este é utilizado apenas no verão, é importante que na primavera se providencie a limpeza geral e verificação do filtro. Mas, se o seu aparelho é usado permantemente, deve ser limpo com intervalos menores.
  • O filtro do ar no carro deve ser trocado entre três e seis meses. Se o motorista viajar pouco e não rodar muito com o veículo em estradas de terra, a troca pode ser uma vez por ano. Da mesma maneira, periodicamente deve ser realizada a higienização dos dutos de ventilação.

Fonte : G1

Educação e Sociedade Contemporânea

http://educaja.com.br/
Educação e Sociedade Contemporânea: Quero convidar vocês para assistirem o vídeo da Palestra ministrada por Lucy Duró no Rio Grande do Sul no Congresso do Ensino Privado Gaúcho. Lucy Duró já esteve aqui no Educa Já! diversas vezes sempre contribuindo para uma Educação de … Continue reading

Alerta para Hantavirose na América Latina

http://cievsrio.wordpress.com/
Vamos observar as orientações do Ministério da Saúde.
Alerta para Hantavirose na América Latina:


Nos últimos meses, o aumento do número de casos de Hantavirose na América Latina, sobretudo no Chile, tem causado forte repercussão na opinião pública mundial. Em meados do ano passado, autoridades sanitárias chilenas chegaram a decretar estado de emergência sanitária nas regiões de Bío-Bío e Los Ríos, após a notificação de 29 casos, sendo 10 deles fatais.


De acordo com o Ministério da Saúde chileno, foram registrados 246 casos da doença nos últimos cinco anos, incluindo casos urbanos. E neste ano a realidade não poderia ser diferente, tendo em vista que passados dois meses e já se registram 18 casos da doença na região, com uma taxa de mortalidade que chega a 37,5%, o que significa que a cada três pessoas infectadas pelo Hantavírus, uma morre.


Nas Américas, a Hantavirose é considerada umas das principais doenças emergentes, a qual se manifesta de diferentes formas, desde uma doença febril aguda inespecífica até quadros pulmonares e cardiovasculares mais graves. Em geral, são conhecidas duas formas graves da doença: Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHRS) e a Síndrome Cardiopulmonar pelo Hantavírus (SCPH).


Embora seja mais prevalente na Ásia e na Europa, onde a FHRS é a forma mais predominante, a doença encontra-se amplamente distribuída em diversos países do continente americano, sobretudo, como uma doença emergente, na forma de SCPH. A taxa de letalidade da hantavirose americana pode alcançar até 50%. No Brasil, foi descrita pela primeira vez em 1993 e atualmente registra-se sua ocorrência em vários estados do país, com incidência crescente.


Ambas as formas são transmitidas ao homem através de partículas virais eliminadas nas fezes e urina de roedores domésticos e silvestres. No entanto, foram descritas outras formas de transmissão menos recorrentes, dentre as quais, a percutânea, mediante lesões por mordeduras ou arranhões de roedores, além do contato direto com mucosas (conjuntival, da boca ou do nariz), por meio de mãos contaminadas com excrementos de roedores infectados.



A doença é causada por um vírus RNA pertencente à família Buyanviridae, do gênero hantavírus. Existem diversas cepas do vírus, dependendo da região de ocorrência. Cada cepa de vírus tem tropismo (afinidade) por uma determinada espécie de roedor silvestre.


Em média, o período de incubação dura de 2 a 3 semanas. Os sintomas caracterizam-se por febre, dores musculares, dores abdominais, cefaleia intensa, náuseas vômitos e diarreia. Em torno de 4 a 6 dias de doença, podem surgir graves complicações mediante comprometimento cardiopulmonar e renal, os quais necessitam internação e suporte em Unidade de Terapia Intensiva, monitorização hemodinâmica e uso de drogas vasoativas.


No Brasil, no período de novembro de 1993 a dezembro de 2008, foram registrados 1.119 casos da doença, sendo mais prevalente nas regiões Sul (39,3%), Sudeste (30,2%) e Centro-oeste (22,3%). Além disso, metade dos indivíduos acometidos (50%) residia em área rural e 65% exerciam ocupação relacionada a atividades agrícolas e/ou pecuária, conforme dados do Ministério da Saúde.


As medidas de controle e profilaxia são baseadas no manejo ambiental, através de práticas de higiene e medidas corretivas no ambiente, como: saneamento básico, melhorias nas condições de trabalho e moradia, juntamente com medidas de controle de roedores (desratização). Frente a isto, o Ministério da Saúde recomenda algumas medidas específicas, dentre as quais:



  • Eliminar resíduos, entulhos e objetos inúteis que possam servir como abrigo de roedores;

  • Armazenar insumos e produtos agrícolas (grãos, hortifrutigranjeiros e frutas) em recipientes apropriados distantes do solo;

  • Produtos armazenados no interior dos domicílios devem ser conservados em recipientes fechados e distantes do solo;

  • Vedar fendas ou quaisquer aberturas para bloquear a entrada de roedores no domicílio;

  • Remover, preferencialmente no período noturno, sobras de alimentos de animais domésticos;

  • Acondicionar lixos orgânico e inorgânico em latões com tampa e/ou em sacos plásticos mantidos em suporte distantes do solo.

  • Promover lavagem adequada das mãos;

  • Promover a limpeza regular do interior e peridomicílio.


Obs: Em geral, tais medidas são eficazes contra a proliferação de roedores. No entanto, nos locais em que há alta infestação, a desratização mediante processo químico pode ser necessária, desde que realizada por profissional especializado.


Até sexta-feira que vem,

Equipe CIEVSRIO.



PSE - NSEC06 - Brotoeja / Miliária

http://drauziovarella.com.br/

Informações importantes no verão.
Espero que gostem.
Brotoeja / Miliária:

Brotoeja é o nome popular de miliária, uma dermatite inflamatória aguda causada pela obstrução dos dutos excretores das glândulas sudoríparas, o que impede a saída do suor. As lesões aparecem, em geral, no tronco, pescoço, nas axilas e nas dobras de pele, sob a forma de pequenas vesículas, pápulas ou pústulas. Ambientes quentes e úmidos, o excesso de roupas e agasalhos assim como a febre alta favorecem esse tipo de erupção cutânea.


A aparência das lesões varia de acordo com a profundidade em que ocorreu o bloqueio no duto excretor, aquele que o suor percorre para alcançar o lado de fora do corpo. As bolhas podem ser pequenas, transparentes e sem sinal de inflamação (miliária cristalina), quando o bloqueio incidiu num ponto mais superficial da epiderme, ou podem adquirir o aspecto de pápulas vermelhas e inflamadas (miliária rubra), quando ocorreu em região intermediária ou, ainda, de pústulas grandes (miliária profunda ou pustulosa), (quando a interrupação ocorreu na região inicial do duto.


Sintomas


Os principais sintomas da brotoeja são coceira e queimação. Coçar pode favorecer o rompimento das bolhas e o aparecimento de pequenas lesões e crostas no local. Pontos de pus e nódulos são sinais de infecção por bactérias.


Diagnóstico


O diagnóstico clínico considera a aparência das lesões e os sintomas. Em alguns casos, é importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças de pele, como a foliculite (infecção dos folículos pilosos por bactérias) e a hidradenite (inflamação das glândulas sudoríparas apócrinas).


Prevenção


A melhor forma de prevenir a manifestação da miliária é evitar situações que provoquem calor e possam provocar sudorese abundante.


Tratamento


Para ser instituído, o tratamento da brotoeja (miliária) leva em conta as características das lesões, o local onde se instalaram e a idade do paciente. Em crianças pequenas, por exemplo, restringe-se a medidas para refrescar a pele com o objetivo é aliviar o desconforto. Para tanto, é importante manter o ambiente fresco e ventilado, usar roupas leves e aumentar a frequência dos banhos. Loção de calamina também pode ser útil.


No entanto, casos mais graves determinados por infecções secundárias exigem acompanhamento médico e a indicação de medicamentos como corticoides e antibióticos, por exemplo.


Recomendações


* Evite passar cremes, loções e filtros solares gordurosos especialmente nos dias de muito calor;


* Ligue o aparelho de ar condicionado ou ventiladores nos dias muito quentes para evitar a produção excessiva de suor;


* Coloque maisena na água de banho do bebê com erupções na pele. O velho conselho da vovó ajuda a aliviar os sintomas da brotoeja;


* Dê preferência às roupas de algodão que ajudam a absorver o suor;


* Consulte um médico dermatologista ou pediatra se as lesões características da brotoeja apresentarem sinais de infecção.


PSE - NSEC06 - Pitiríase versicolor

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Pitiríase versicolor:

Pitiriase versicolor é uma infecção superficial da pele provocada pela levedura lipodependente Malassezia furfur, dos fungos Pityrosporum orbiculare e Pityrosporum ovale. A presença dessas leveduras é extremamente comum na pele de todos os seres humanos, de forma especial nas áreas mais gordurosas do corpo, como tronco, braços, face, pescoço e couro cabeludo. São fatores de rico para o aparecimento das lesões calor, umidade, pele oleosa, sudorese abundante e baixa resistência imunológica.

A doença afeta indistintamente homens e mulheres jovens e sua principal característica é a mudança na pigmentação da pele. Ela também é conhecida pelos nomes tínea ou tinha versicolor, pano branco e micose de praia.


Sintomas


Em geral, as lesões são assintomáticas, mas alguns pacientes se queixam de leve coceira. Elas aparecem sob a forma de múltiplas manchas descamativas, hipo ou hiperpigmentadas, que variam do branco ao castanho ou são avermelhadas. Na verdade, elas ficam mais evidentes quando a pessoa toma sol, porque se destacam na pele bronzeada não comprometida pela infecção. As lesões pequenas e isoladas no inicio podem confluir numa área maior dispigmentada.


Diagnóstico


O diagnóstico clinico baseia-se no aspecto e localização das lesões. O exame micológico direto ajuda a identificar o tipo de fungo e a lâmpada de Wood, a extensão e características das lesões micóticas. É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com a hanseníase, a pitiríase rósea, a dermatite atópica e seborreica para orientar o tratamento.


Tratamento


Como a pitiriase versicolor é uma infecção fúngica superficial, costuma responder bem ao uso tópico de loções à base de sulfeto de selênio nas áreas atingidas num período que varia entre sete e 14 dias. A aplicação deve ser repetida depois semanalmente durante um mês para evitar recidivas. Nessa fase, também é recomendado o uso de xampus e sabonetes especiais, que agem contra os fungos, deixando a espuma permanecer por alguns minutos na pele do corpo e no couro cabeludo.

Quando o paciente tem dificuldade em manter a adesão a essa forma de tratamento, é possível recorrer a medicamentos por via oral, como o cetaconazol, o itraconazol e o fluconazol durante uma semana, dez dias.


Recomendações


* Saiba que a pitiríase versicolor é chamada impropriamente de micose de praia. O fungo que provoca a doença habita naturalmente a pele dos seres humanos e, sob determinadas circunstâncias, produz a infecção;

* Consulte um dermatologista se aparecerem manchas no corpo, especialmente na parte superior do tronco que não pegam cor quando você toma s


PSE - NSEC06 - Intoxicação alimentar

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Intoxicação alimentar:

Intoxicação alimentar, ou gastrintestinal (gastroenterocolite aguda), é um problema de saúde causado pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E.coli, Staphilococus, Clostridium), vírus (Rotavírus), ou por suas respectivas toxinas, ou ainda por fungos ou por componentes tóxicos encontrados em certos vegetais (comigo-ninguém-pode, mandioca brava) e produtos químicos. A contaminação pode ocorrer durante a manipulação, preparo, conservação e/ou armazenamento dos alimentos.

Nas crianças e idosos, a intoxicação alimentar pode ser uma doença grave.


Causas


Na maioria dos casos, a infecção bacteriana é a principal causa de intoxicação alimentar. Os diferentes tipos de Salmonella e o Staphilococus aureus são os mais frequentes agentes da infecção, uma vez que são capazes de viver e multiplicar-se no interior dos intestinos.

A Salmonella é transmitida pela ingestão de alimentos, especialmente carne, ovos e leite, que foram contaminados ao entrar em contato com as fezes de animais infectados. No caso dos Staphilococus aureus, comumente encontrado na pele das pessoas sem causar danos, a intoxicação é provocada por uma toxina que a bactéria produz e contamina os alimentos no momento de seu preparo ou manuseio.

Outra causa possível, embora menos comum, de intoxicação alimentar é a infecção por um dos tipos da bactéria Clostridium que, em vez do intestino, ataca o sistema nervoso.


Sintomas


Independentemente do microrganismo determinante, os efeitos da intoxicação alimentar aguda são todos parecidos: náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólicas, mal-estar. Nos quadros mais graves, podem ocorrer desidratação, perda de peso e queda da pressão arterial.

Nos casos específicos de alimentos contaminados pelo Clostridium, quando a intoxicação é causada por uma das variedades da bactéria responsável pela doença chamada botulismo, além dos distúrbios gastrintestinais que nem sempre aparecem, os sintomas podem ser indicativos de alterações neurológicas, como visão dupla e dificuldade para focalizar objetos, falar e engolir.


Diagnóstico


Normalmente, o diagnóstico é clínico e leva em conta os sintomas da doença. É sempre importante verificar a existência de pessoas próximas com os mesmos sinais da infecção e identificar o tipo de micro-organismo presente no alimento suspeito de contaminação. Exames de laboratório de fezes ajudam a reconhecer o parasita que causou a infecção, um recurso importante para orientar o tratamento medicamentoso.


Prevenção


A prevenção das intoxicações alimentares está diretamente associada ao saneamento básico, aos cuidados no preparo dos alimentos e a medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro.

A grande dificuldade da prevenção é o fato de os alimentos contaminados não apresentarem sinais da presença do micro-organismo. Ao contrário, em geral, sua aparência, gosto e cheiro costumam ser absolutamente normais.


Tratamento


Paciente com intoxicação alimentar deve fazer repouso e ingerir muito líquido. Nos casos de perda maior de líquidos e risco de desidratação, devem ser indicados medicamentos para controlar as náuseas e os vômitos, assim como ministrar a reposição de líquidos e sais por via endovenosa.

O tratamento das infecções alimentares bacterianas inclui o uso de antibióticos específicos.


Recomendações


* Como os alimentos contaminados por certos parasitas são os grandes responsáveis das intoxicações alimentares, é indispensável estar atento na hora da compra, transporte, armazenamento e preparo das refeições. Portanto:


* Lave bem as mãos antes das refeições ou de lidar com alimentos;


* Embale adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira ou no freeser;


* Lave os utensílios de cozinha, especialmente depois de ter lidado com alimentos crus;


* Evite comer carne crua e mal passada qualquer que seja sua procedência; especialmente a carne e os miúdos de frango, assim como os ovos devem ser bem cozidos porque são os transmissores mais comuns da bactéria Salmonella;


* Não se esqueça de que ovos crus são ingredientes de pratos como a maionese e certos doces;


* Só tome leite fervido ou pasteurizado;


* Mergulhe verduras e hortaliças que serão ingeridas cruas numa solução de água com hipoclorito de sódio ou preparada com uma colher de água sanitária para cada litro de água;


* Não ingira alimentos em conserva cujas embalagens estejam estufadas ou amassadas.


PSE - NSEC06 - Osteoporose

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PSE - NSEC06
Osteoporose:

Osteoporose é uma condição metabólica que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas.

Para entender o que acontece, é preciso lembrar que os ossos são compostos de uma matriz na qual se depositam complexos minerais com cálcio. Outra característica importante é que eles estão em constante processo de renovação, já que são formados por células chamadas osteoclastos encarregadas de reabsorver as áreas envelhecidas e por outras, os osteoblastos, cuja função de produzir ossos novos. Esse processo permanente e constante possibilita a reconstituição do osso quando ocorrem fraturas e explica por que a mais ou menos a cada dez anos o esqueleto humano se renovs por inteiro.

Com o tempo, porém, a absorção das células velhas aumenta e a de formação de novas células ósseas diminui. O resultado é que os ossos se tornam mais porosos, perdem resistência. Perdas mais leves de massa óssea caracterizam a osteopenia. Perdas maiores são próprias da osteoporose e podem ser responsáveis por fraturas espontâneas ou causadas por pequenos impactos, como um simples espirro ou uma crise de tosse, por exemplo.

Na maioria dos casos, a osteoporose é uma condição relacionada com o envelhecimento. Ela pode manifestar-se em ambos os sexos, mas atinge especialmente as mulheres depois da menopausa por causa da queda na produção do estrógeno.


Causas e fatores de risco


Entre os fatores de risco que podem levar à osteoporose destacam-se:


* história familiar da doença;

* pessoas de pele branca, baixas e magras;

* asiáticos;

* deficiência na produção de hormônios;

* medicamentos à base de cortisona, heparina e no tratamento da epilepsia;

* alimentação deficiente em cálcio e vitamina D;

* baixa exposição à luz solar;

* imobilização e repouso prolongados;

* sedentarismo;

* tabagismo;

* consumo de álcool;

* certos tipos de câncer;

* algumas doenças reumatológicas, endócrinas e hepáticas.


Sintomas


A osteoporose é uma doença de instalação silenciosa. O primeiro sinal pode aparecer quando ela está numa fase mais avançada e costuma ser a fratura espontânea de um osso que ficou poroso e muito fraco, a ponto de não suportar nenhum trauma ou esforço por menor que sejam.

As lesões mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão, que levam a problemas de coluna e à diminuição da estatura e as fraturas do colo do fêmur, punho (osso rádio) e costelas. Nas fases em que se manifesta, a dor está diretamente associada ao local em que ocorreu a fratura ou o desgaste ósseo.


Diagnóstico


A densitometria óssea por raios X é um exame não invasivo fundamental para o diagnóstico da osteoporose. Ele possibilita medir a densidade mineral do osso na coluna lombar e no fêmur para compará-la com valores de referência pré-estabelecidos. Os resultados são classificados em três faixas de densidade decrescente: normal, osteopenia e osteoporose.


Prevenção


Como até os 20 anos, 90% do esqueleto humano estão prontos, medidas de prevenção contra a osteoporose devem ser tomadas desde a infância e, especialmente, na adolescência para garantir a formação da maior massa óssea possível. Para tanto, é preciso pôr em prática três medidas básicas: ingerir cálcio, tomar sol para fixar a vitamina D no organismo e fazer exercícios físicos, Na verdade, essas regras devem ser mantidas durante toda a vida. Principalmente, a atividade física tem efeito protetor sobre o tônus e a massa muscular, que se reflete na melhora do equilíbrio e ajuda a evitar as quedas ao longo da vida.


Tratamento


Como a osteoporose pode ter diferentes causas, é indispensável determinar o que provocou a condição, antes de propor o tratamento, que deve ter por objetivo evitar fraturas, diminuir a dor, quando existe, e manter a função.

Existem várias classes de medicamentos que podem ser utilizadas de acordo com o quadro de cada paciente. São elas: os hormônios sexuais, os bisfosfanatos, grupo que inclui diversas drogas (o mais comum é o alendronato), os modeladores de receptores de estrogênio e a calcitonina de salmão. A administração subcutânea diária do hormônio das paratireoides está reservada para os casos mais graves de osteoporose, e para os intolerantes aos bisfosfonatos.


Recomendações


Sempre é bom lembrar que:


1) a osteoporose não é problema que atinge só as mulheres. Ela afeta também os homens. Nelas, a causa mais comum é a queda na produção de estrógeno depois da menopausa; neles, o índice da massa corpórea abaixo de 20, a falta ou excesso de exercício, diabetes, hipertireoidismo, doença do glúten, drogas contra a epilepsia ou imunossupressores usados em transplantes de órgão;


2) a dieta diária deve incluir alimentos ricos em cálcio como leite, queijos, iogurtes; o cálcio é um mineral indispensável para garantir a recomposição da estrutura óssea;


3) suplementos de cálcio e vitamina D são recomendados para manter a massa óssea, especialmente nos pacientes cujas dietas são pobres em leite e laticínios, e que apanham pouco sol;


4) caminhar, andar de bicicleta, nadar, correr e, especialmente, exercícios com pesos são fundamentais para manter o tônus muscular e prevenir a osteoporose;


5) os esportes mais indicados para a produção contínua de massa óssea são os que provocam grande tensão muscular. Músculos exercitados e em movimento colaboram para que os ossos fiquem mais fortes e reduzem o risco de quedas e fraturas nas pessoas de idade;