Especialistas vão conversar com as crianças e suas famílias.
Serviço estará disponível a partir de dezembro em escolas municipais.
Depois da ocupação policial, os alunos das escolas municipais do Conjunto de Favelas do Alemão e da Vila Cruzeiro, na Penha, Zona Norte do Rio, vão receber um apoio especial da Secretaria Municipal de Educação: uma força-tarefa de especialistas para tentar minimizar os traumas sofridos pelas crianças e suas famílias. A medida estará disponível nos meses de dezembro e janeiro.
De acordo com a secretária de Educação, Cláudia Costin, após todos os fatos ocorridos na semana passada, psicólogos, pedagogos e assistentes sociais vão ajudar os estudantes e seus pais a superar o problema.
“Os especialistas dizem que a melhor estratégia não é fingir que nada aconteceu e, sim, permitir que essas crianças, em um ambiente protegido, possam pôr para fora suas preocupações. Possam contar o que passaram. O trabalho vai ser para isso”, disse Cláudia Costin.
A secretaria também irá desenvolver outras atividades junto ao corpo docente das escolas municipais. “Vão haver também trabalhos com desenhos e redações sobre o que eles viveram e, sobretudo, quais são suas esperanças do futuro diferente que eles vão ter agora. As diretoras já estão orientadas. Temos que substituir os heróis dessas crianças. Ontem (quarta-feira), estive na Vila Cruzeiro e em conversas com crianças, uma disse que agora sonha em ser professora e outro que queria ser policial”, explicou a secretária.
Novas creches
De acordo com Cláudia Costin, pelo menos 20 novas creches serão instaladas na Vila Cruzeiro e no conjunto de favelas do Alemão. “Infelizmente um dos subprodutos do tráfico é o número elevado de meninas grávidas, muitas ainda adolescentes. Precisamos dar um atendimento de creche qualificado para atender as crianças dessas comunidades.
“Vamos trabalhar o (projeto) “Escolas do Amanhã” tentando explicar para as crianças que elas podem ter um futuro diferente. Oferecendo condições como um ensino de ciências diferente com laboratórios nas salas de aula, além de uma metodologia mais dinâmica com mães e avós voluntárias dentro da própria escola. Ou seja, condições diferenciadas para que as crianças possam ter um futuro”, explicou a secretária.
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