sábado, 23 de julho de 2011

Seu filho come bem? Bem é quanto? Ou seria o que?

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Seu filho come bem? Bem é quanto? Ou seria o que?: "

“… No momento minhas maiores dúvidas e preocupações estão relacionadas aos alimentos. Que tipo, que hora, quanto, como, deixo, não deixo, forço ou não… E daí que, no meio dessas conversas, vejo que não sou a única”.


Via Blog Viajando na maternidade




A foto é linda, não acham? E àquela frase lá em cima? Ótima. O melhor sinônimo para #vidademae.


A cada dia que passa percebo mais e mais como é grande o dilema da alimentação entre mães e filhos que, motivados por fases da vida e de seu desenvolvimento, acabam enlouquecendo o pessoal de casa com as negativas para quase todos os alimentos novos ou de sabor e textura duvidosa e/ou, pior, motivados apenas pela birra fazem tempestade em copo d´água e deixam qualquer mãe arrasada.


Eu mesma, vez ou outra acho que vou sucumbir diante das pirraças e argumentações excessivas do meu filho que, #aos3 e meio acha que pode selecionar os alimentos sem qualquer interferência adulta. “Não sou mais bebê, mamãe, sou uma criança grande. Eu escolho a comida”. Claro, a gente ri para não chorar. Dia desses a madrinha ligou em casa, exatamente no horário de almoço e surpresa questionou o transparecer do meu desânimo pela voz… “Às vezes o almoço tem sido uma luta”, respondi e ficou fácil compreender do que se tratava.


Preocupada e sempre atenta ao peso, ao desenvolvimento, participação na escola, disposição para brincar e até ao sono, já que uma criança mal alimentada ou excessivamente alimentada irá demonstrar dificuldades em todas as áreas de atividades, bati na porta do pediatra – que às vezes parece um Santo – para dirimir minhas dúvidas. “Doutor, meu filho tem comido muito mal. Aceita couve e espinafre quando refogadinhos e misturados ao feijão, também como brócolis no vapor, mas não quer nenhuma outra folha ou legume. Frutas? Só banana amassada com aveia ou maçã. Suco de fruta? Só de abacaxi. Outros sabores só na ilusão das latas com açúcar e conservante. Ademais, só cereal, leite, achocolatado, sucos de soja e massas distintas”. Sério, quase choro quando faço meus relatos a ele, coisa que é retribuída com sorrisos e muita calma. Seu filho c0me bem, respondeu o médico. Devagar vai escolher novos alimentos e possivelmente se encantar com muitas coisas que não come hoje, mas dentre as verduras, ele come as melhores. Se também come carne ele está saudável, como apontam a curva de crescimento e demais exames.


Então qual o por quê essa mãe nunca ficar satisfeita? Pouco mais que 5 colheradas parecem pouco demais. Me policio para não reclamar à toa, afinal o CJ gosta de peixe grelhado e frango além das carnes vermelhas e pouco fica doente. Mamou até os 2 anos, livrou-se da intolerância à lactose e cresce a olhos vistos, mas ainda assim não há como ignorar os pratinhos lindos e bem compostos da mamãe sendo deixados de lado ao som e sorrisos de “satisfeito, mamãe querida”.


Algumas dicas do Pediatra para tentarmos melhorar esse apetite, todas nós já conhecemos, mas não custa reforçar:



  • Nada de suco junto às refeições. Se tiver sede, ofereça água;

  • Evite oferecer doces na saída da escola e até enviar merendas muito adocicadas para a escola;

  • Se não almoçar bem, não ganha suco e nem sobremesa depois;

  • Espere que ele demonstre fome para o lanche (mesmo que este já esteja preparado ali do lado);

  • A quantidade dos alimentos é menos importante que a variedade do que ele come;

  • Continue oferecendo frutas em pedaços para que ele coma e continue experimentando texturas. Uma ideia é colocar a fruta inteira ao lado e ele pode fazer suas comparações entre formato, interior e exterior;

  • Se fizer pirraça e não quiser comer, não force. Deixe que saia da mesa e sinta fome. Quando desejar comer, lhe pedirá e você oferecerá o alimento mais conveniente para o horário;

  • Sucos doces e achocolatados antes da janta e/ou próximo do horário de dormir não são bons, pois estimulam o organismo, inibem a fome e prejudicam o soninho;

  • Faça testes mandando seu filho comer na casa da vizinha (com filhos) ou amigo da escola e troque a observação das mães. Muitas vezes para “copiar o outro” seu filho comerá bem melhor lá e vice-versa.

  • Caso perceba que os problemas estão se agravando, troque uma ideia com o Pediatra ou especialista.


E eu acrescento àquela observação básica de vários guias e reportagens sobre a alimentação de pequenos:



  • Você deve oferecer ao menos 10 vezes o mesmo alimento ao seu filho, mas preparado de maneiras diferentes e intercalando as experiências. Se ele não gostar de nenhum prato, possivelmente o paladar dele não é compatível ao alimento mesmo e aí, substitui-se por outro.


E claro, ressalvo uma opinião que já publiquei aqui noutro post:


Para os pequenos, minha sugestão é tentar mantê-los afastados dos refrigerantes, lanches fast food e afins o máximo possível, mas sem fingir que é algo irreal ou proibido e sim dizendo que há comidas e bebidas mais gostosas e tão divertidas quanto.


Com mais ou menos sofrimento, a verdade é que em todos os lares comer é um desafio. É algo a se aprender, não só quando falamos de bebês e crianças pequenas, como inclusive quando falamos em adultos e reeducação alimentar. Importante mesmo vai ser o interesse dos pais e o exemplo que damos aos nossos filhos.


Mas e àquele “como bem?”. Acho que isso varia de acordo com a perspectiva de quem avalia… E você, o que acha?



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