quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O dia que conheci Rubem Alves

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O dia que conheci Rubem Alves:
Eu gosto de gente que brilha e que te deixa com vontade de grudar nelas e nunca mais largar. Mas tem uns que ainda conseguem ir além! Que irradiam e que te emocionam, te inspiram, te dão uma alegria gigantesca e estantânea pelo simples fato de estar vivo. Na minha vida eu tive a sorte de conhecer duas pessoas desse último tipo. Uma foi o professor Antônio Carlos Gomes da Costa, que, infelizmente, faleceu no começo desse ano. O outro foi Rubem Alves, que conheci ontem, que me cumprimentou e que fez o dia 29/11/11 um dos mais especiais da minha vida.

Eu sempre gostei dele e, pra ser bem sincero, acho meio difícil ser diferente. Como não gostar de uma pessoa que nos brinda com frases como "Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses"; “A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar”; “A esperança é uma droga alucinógena” e “Eu quero desaprender para aprender de novo. Raspar as tintas com que me pintaram. Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.”

Aí nos conhecemos hoje, na celebração com diretoras de educação infantil, creches e educação especial e ele me deixou com uma vontade enorme de pelo menos tentar compartilhar com o mundo todo a alegria que senti e a sabedoria que irradiou bem perto de mim.

Por isso resolvi escrever aqui algumas frases que ouvi dele:

“Enquanto vocês trabalharem com crianças, terão a juventudo garantida. Não há nada melhor do que continuar brincando”;

“Quem inventou o nome ‘grade curricular’ deve ter sido um carcereiro desempregado. Que coisa horrorosa!”

“O bom professor não é aquele que dá respostas, mas o que provoca a curiosidade. Ainda vou criar um exército de professores do espanto, aqueles que conseguem causar um novo espanto de curiosidade nas crianças a todo momento”;

“Não temos de fazer muita coisa. As crianças elas mesmas são inteligentes, só temos de ajudá-las”;

"É fácil levar as crianças à escola, mas e aprender? A curiosidade é a sede do intelecto";

E não podia faltar a melhor e mais polêmica. Foi mais ou menos assim: “A inteligência é como o pênis. É isso mesmo que vocês ouviram. Ela é cabisbaixa, preguiçosa, fica olhando pra baixo... Mas com o estímulo certo, ela começa a se animar e daqui a pouco tá viva, vibrante e soltando foguetes!”

kkkk... Viva Rubem Alves! Que o universo nos conceda ainda muitos anos com ele!

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