sábado, 5 de maio de 2012

FIQUE SABENDO - PSE - Conhecer a causa é o principal desafio no tratamento da labirintite

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Conhecer a causa é o principal desafio no tratamento da labirintite:
Um quadro aflitivo em que há tontura giratória, geralmente acompanhada de náusea e vômito. Em alguns casos, pressão ou barulho no ouvido, uma espécie de zumbido. Esses são os principais sinais de que a pessoa possa estar com labirintite, uma infecção no labirinto, o órgão responsável pelo equilíbrio, localizado dentro da orelha interna.
Na opinião de Leopoldo Simões, otorrino do Hospital Federal da Lagoa, vinculado ao Ministério da Saúde, o maior problema não está nos sintomas em si, mas na descoberta do que está provocando-os. “É preciso determinar a causa da labirintite. Tratar os sintomas é simples, se for usada a medicação adequada. O que nem sempre conseguimos é chegar à causa, mesmo com todos os avanços da medicina. Estamos pesquisando muito hoje as causas autoimunes, que surgiriam com o organismo agredindo a si próprio”, explica o médico.
A doença que acomete pessoas de todas as idades, das crianças à terceira idade, pode ser desencadeada por ter diferentes motivos. “A causa pode estar no próprio labirinto ou na periferia dele, em algum distúrbio vascular, circulatório ou do metabolismo, ligado ao açúcar no sangue, à gordura e até a um hormônio. Toda operação do metabolismo pode levar a uma crise do labirinto, como hipertensão, diabetes e taxas de gordura elevadas no sangue”, prossegue.
“Se a causa, por exemplo, for diabetes, que o paciente não havia sido diagnosticado, ao fazer o controle, os sintomas da labirintite serão amenizados. No caso de hipertensão, controlando-se a pressão, ele melhora”, explica. Problemas no sistema nervoso central do cérebro, com indicação de alguma doença neurológica, que acarretem em crises do labirinto exigem tratamento medicamentoso contínuo. “Se o paciente deixar de tomar o remédio, ele vai sentir os sintomas em seguida”, afirma.
Leopoldo Simões afirma que a hereditariedade está presente nos casos de labirintite. “Sempre buscamos saber o histórico familiar, pois há muitas causas hereditárias envolvidas. As pessoas que têm casos na família estão mais vulneráveis”.
Tontura giratória - O médico conta que muitas pessoas associam qualquer tipo de tontura ao labirinto, o que é um equívoco. “A labirintite tem como principal sintoma a tontura giratória. O paciente tem a sensação de que o ambiente está girando ou de que ele mesmo está girando em relação ao ambiente. A característica da tontura associada ao labirinto é essa. Se o paciente, por exemplo, tem hipoglicemia, ele sente-se mal, tem uma tontura e apaga. Isso nada tem a ver com o labirinto. Isso é falta de açúcar”, relata.
O estilo de vida da pessoa está intimamente ligado aos sintomas da doença. “A pessoa que leva uma vida saudável, com exercícios e uma alimentação balanceada, com pouco açúcar e gordura, tem menos chances de ter tonturas dos que não têm essa preocupação. O quadro só se altera em pessoas com idades mais avançadas. Nesses casos, mesmo com uma vida saudável, a tontura aparece com maior frequência”, finaliza.
Fonte: Marcos Moura/ Comunicação Interna do Ministério da Saúde

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