terça-feira, 10 de julho de 2012

FIQUE SABENDO - A diferença entre miopia, hipermetropia e astigmatismo

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Saiba a diferença entre miopia, hipermetropia e astigmatismo:

Foto: Corbis Images
É mais do que normal encontrar alguém usando óculos de grau. Alguns gostam de usá-lo, outros nem tanto. Ao realizar exames rotineiros, o estudante Danilo Lemes, de 16 anos, descobriu que tem miopia e astigmatismo aos 11. “Eu gosto de usar óculos por causa da estética mesmo. Acho mais legal. Só me atrapalha na hora das atividades físicas. No começo também me deu dor de cabeça, mas já me acostumei. Já estou tão acostumado que já entrei no chuveiro e fui deitar na cama com ele”, diz.
Mas mais do que uma questão estética, o uso dessa ferramenta é fundamental para as pessoas com dificuldade de ver, seja de perto ou de longe. Na data em que se comemora o Dia da Saúde Ocular, o Blog da Saúde explica a diferença dos três problemas que mais atingem a visão da população mundial: a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo.
Em uma pessoa normal, os raios de luz passam pela córnea, que é a primeira lente do olho, e quando chegam à outra lente, a retina, eles se juntam em um mesmo ponto para formar a imagem. Segundo o oftalmologista do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), vinculado ao Ministério da Saúde, Egidio Picetti, esse processo não funciona direito com quem tem miopia ou hipermetropia. Os primeiros enxergam mal de longe, enquanto os hipermétropes sofrem para ver de perto. Quem tem astigmatismo não vê direito nem coisas próximas nem afastadas.
“Na miopia, o foco visual se forma antes da retina. Então o paciente tem dificuldade de enxergar de longe. A hipermetropia é o contrário. É quando o foco se forma depois da retina. E o astigmatismo é quando o foco visual, ao invés de se formar em um único ponto, se forma em dois pontos. Pode ser antes e depois da retina. E isso gera uma dificuldade longe e perto. É como se faltasse foco e a visão fica borrada tanto longe quanto perto”, esclarece o médico.
A explicação para tais problemas tem a ver com fatores genéticos. Fatores externos dificilmente geram grau, a não ser que o paciente sofra algum trauma, ou tenha feito alguma cirurgia que altere a anatomia corneana. O oftalmologista ressalta que o grau está relacionado com a distância entre o ponto em que se forma a imagem e a retina. “Esses erros refracionais vão gerar determinados graus. Por exemplo, na miopia, a imagem se forma antes da retina e essa distância entre o ponto que está se formando e a retina é que vai determinar o grau. Quanto maior a distância, maior a necessidade do grau”, destaca.
Existem três possibilidades de corrigir os problemas. “A pessoa pode fazer o uso do óculos para corrigir sem ser definitivamente. Com o uso de lente de contato, a pessoa também consegue corrigir o grau sem ser definitivamente. E existe a possibilidade cirúrgica, na qual o paciente consegue corrigir os três problemas com a cirurgia refrativa. Essa cirurgia é feita com técnicas modernas com laser, onde o médico altera a curvatura da córnea, colocando a imagem que está se formando antes ou depois ou em dois pontos, na retina”, diz Picetti. Para poder realizar a cirurgia é necessário ter três condições básicas: estabilidade de grau, ter mais de 19 anos, e realizar exames que permitam que a córnea seja mexida.
Presbiopia – O oftalmologista destaca que quem faz a cirurgia fica até os 40 anos de idade sem usar óculos ou lente, caso o grau não evolua. Mas a partir dos 40 anos, como todo mundo, a pessoa começa a ter a chamada presbiopia, deficiência de um músculo que faz com que, quando colocamos algo mais perto da visão, percamos o foco do objeto à nossa frente. No momento que esse músculo começa a perder a capacidade de focar, a pessoa começa a esticar o braço e afastar os objetos para serem vistos.
Saiba mais:
Mônica Plaza / Blog da Saúde

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