terça-feira, 4 de setembro de 2012

FIQUE SABENDO - Governo Federal incentiva consumo regular de peixe

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Governo Federal incentiva consumo regular de peixe:
Para incentivar o consumo regular de pescado pelas famílias brasileiras, o Governo Federal começou nesta segunda-feira (3) a 9ª Semana do Peixe. Com o lema “Pescado. Dá água na boca e faz bem pra saúde”, a campanha, que segue até 17 de setembro, prevê a realização de eventos gastronômicos e a distribuição de cartazes e cartilhas informativas com orientações sobre como verificar a qualidade do produto na hora da compra, como limpar o pescado e diversas receitas regionais, com quantidades reduzidas de sal e de gorduras.
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-09, o consumo anual de peixe do brasileiro é de nove quilos de pescado por habitante ao ano. A meta da campanha é aumentar o número para 12 kg de pescado habitante/ano, quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, recomenda o consumo de peixe fresco pelo menos duas vezes por semana. Comer pescado frequentemente previne doenças cardiovasculares, diminui o nível de colesterol e a ansiedade, além de ativar a memória.
A coordenadora geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde (CGAN), Patrícia Jaime, reforça a importância das ações que incentivam o consumo de pescado. “Apesar de toda a nossa riqueza do ponto de vista de costa marítima – o que permitiria uma distribuição grande de pescados – o consumo de peixe no País é considerado baixo. Por isso, o esforço é importante tanto para a área econômica do País, pois o desenvolvimento da indústria da pesca permite a inserção de trabalhadores e pescadores, quanto para a área da saúde”, destaca.
De acordo com a última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), promovida pelo Ministério da Saúde,  o excesso de peso e a obesidade aumentaram nos últimos seis anos no Brasil. A proporção de pessoas acima do peso no País avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%. Além disso, o estudo revelou que a população brasileira se alimenta inadequadamente e consome gordura saturada em excesso: 34,6% não dispensam a carne gordurosa.
A obesidade é um forte fator de risco para saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. Pessoas obesas também têm mais chance de sofrer com doenças cardiovasculares, principalmente isquêmicas (infarto, trombose, embolia e arteriosclerose), além de problemas ortopédicos, asma, apneia do sono, alguns tipos de câncer, esteatose hepática e distúrbios psicológicos.
E os peixes têm vantagens em relação a outras carnes. Isso porque quase todos têm ômega 3 e são fonte de ferro, vitamina B12, cálcio, sendo alimentos muito saudáveis para a composição nutricional. Dependendo da forma como é preparado, tem valor calórico menor do que as outras carnes. Só não vale empanar e fritar. Segundo Patrícia Jaime, as receitas à base de peixe não podem ser preparadas com gordura vegetal hidrogenada. “A recomendação é prepará-las com pouca quantidade de gordura, de preferência que seja poliinsaturada à base de azeites. Estas receitas devem ter como acompanhamento verduras, legumes e também frutas, dependendo da criatividade do chef, porque também tem os fatores sabor, aroma, textura. E tem o ponto de vista de nutrientes que esta preparação culinária estará oferecendo, como vitaminas, minerais e fibras”, explica a coordenadora do CGAN.
Para aqueles que consumem peixe em conserva, um alerta: apesar de ele garantir vários dos nutrientes naturais do peixe in natura, aumenta a densidade calórica do peixe. “É importante para o consumidor entender que o processo de manutenção e conservação do peixe enlatado força o uso de algumas substâncias que não são naturais. Por exemplo, a salmoura pode aumentar a quantidade de sódio no alimento, seja em azeite ou em óleo comestíveis. Então, se por um lado tem a manutenção do ômega 3 que é positivo, por outro lado, em tempos de epidemia de obesidade, é um alimento de maior densidade energética, calórica. É importante, como todo alimento industrializado, observar as qualidades dessa embalagem, se não tem dano na lata, a data de validade do produto. Na hora do compra, o consumidor precisa estar atento porque qualquer dano pode trazer prejuízo à qualidade sanitária do peixe em conserva”, ressalta Patrícia Jaime.
Na hora da compra, é preciso observar se o peixe fresco, por exemplo, tem pele firme, bem aderida, úmida e sem a presença de manchas; se os olhos estão brilhantes e salientes; se as escamas estão unidas entre si, brilhantes e fortemente aderidas à pele; se as guelras possuem cor que vai do rosa ao vermelho intenso, brilhantes e sem viscosidade; e se tem odor característico e não repugnante.

Gabriella Vieira e Mônica Plaza / Blog da Saúde

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