segunda-feira, 29 de abril de 2013

Caminhada Autismo & Realidade teve apoio do MS

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou neste domingo (28), da 3ª Corrida e Caminhada Autismo & Realidade pela Conscientização, realizada na Ponte Estaiada, em São Paulo. O circuito contou com dois trajetos, um com oito e outro terá quatro quilômetros. O evento foi viabilizado pela ONG Autismo & Realidade – com organização do Instituto de Desenvolvimento do Esporte, Educação, Inclusão, Arte, Cultura e Sustentabilidade (Ideia) – e teve objetivo de aprofundar, divulgar e destacar o conhecimento sobre o Autismo.
No último dia (02), o Ministério da Saúde lançou o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e a Diretriz de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA), que traz pela primeira vez uma tabela com indicadores do desenvolvimento infantil e sinais de alerta para que médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) possam fazer uma identificação precoce do autismo, em crianças de até três anos.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que “a caminhada atinge dois grandes objetivos. Primeiro trazer o tema para que a sociedade tenha atenção sobre o assunto. Em segundo, pressionar o governo para organizar serviços de atenção ao autista, não só na área da saúde, mas em todas as demais, sobretudo na inserção no mercado de trabalho”, completou.
Padilha esclareceu ainda que o Programa Viver Sem Limites do Ministério da Saúde, criou, pela primeira vez, a diretriz para que os profissionais de saúde, médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos possam cuidar tanto da criança quanto do adulto autista. “Agora há centros novos, focados, tanto na saúde como na atenção aos pais familiares, além de estar focado na inserção no mercado de trabalho e para que possam cuidar de si próprios quando os pais não puderem estar mais presentes”, disse, reforçando que é “preciso cuidar bem das crianças com autismo, porque isso faz com que sejam adultos melhores, com menos problemas. O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais. Isso torna mais fácil encaminhá-la para os primeiros atendimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde”, destacou o ministro.
Além desta iniciativa, o Ministério da Saúde disponibiliza para os profissionais de saúde, instrumentos de uso livre (sem obrigatoriedade do pagamento de direitos autorais) para o rastreamento/triagem de indicadores de desenvolvimento que possam diagnosticar o TEA.
Tratamento - Após o diagnóstico do paciente e a comunicação à família, inicia-se a fase do tratamento e da habilitação/reabilitação nos pontos de atenção da Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência.
O autismo implica em alterações de linguagem e de sociabilidade que afetam diretamente – com maior ou menor intensidade – grande parte dos pacientes. O paciente também pode sofrer limitação de suas capacidades funcionais e nas interações sociais, o que demanda cuidados específicos e singulares de acompanhamento médico, habilitação e reabilitação ao longo das diferentes fases da vida.
O grau de intensidade do transtorno definirá o tratamento dos pacientes. Aqueles com menor intensidade deverão ser tratados nos Centros Especializados de Reabilitação (CER) do SUS. Hoje, existem no país, 22 centros em construção, 23 em habilitação e 11 convênios de qualificação para que entidades que já funcionam, passem a funcionar como CER. Já os pacientes com intensidade maior do transtorno serão encaminhados para centros específicos, que serão habilitados pelo Ministério da Saúde.
Recursos - Os investimentos fazem parte do plano Viver Sem Limites, que no ano passado investiu R$ 891 milhões na saúde da pessoa com deficiência. Até 2014 a previsão é que o programa disponibilize R$ 1,4 bilhão. A diretriz é resultado do esforço conjunto da sociedade civil e do governo brasileiro. Coordenado pelo Ministério da Saúde, um grupo de pesquisadores e especialistas e várias entidades, elaborou o material, oferecendo orientações relativas ao cuidado à saúde das Pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo, no campo da habilitação/reabilitação na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência. A diretriz será distribuída em todo Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Zeca Moreira /Agência Saúde

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