Um vasto plano educativo com duração de dez anos e que prevê que os países ibero-americanos invistam cerca de 76 bilhões de euros até 2021 estará no centro da próxima Cúpula Ibero-Americana, que será realizada nos dias 3 e 4 de dezembro na cidade argentina de Mar del Plata.
"Os custos do cumprimento das metas e o custo total do projeto nos dez anos é de cerca de 76 bilhões de euros (US$ 102,824 bilhões)", afirmou nesta terça-feira em uma coletiva de imprensa em Madri o secretário-geral da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), Alvaro Marchesi.
"É certo que a porcentagem maior é para Brasil e México, que são as economias e os países que têm a parte fundamental e o esforço educativo e orçamentário", acrescentou Marchesi. Na coletiva, o secretário-geral esteve acompanhado pelo secretário-geral Ibero-Americano, Enrique Iglesias.
O plano "Metas educativas 2021: a educação que queremos para a geração dos bicentenários", que estará no centro da vigésima Cúpula Ibero-Americana, detalha as metas e os compromissos educativos dos diferentes países, após um longo trabalho de consenso de dois anos desde que, em 2008, os ministros da Educação ibero-americanos reunidos em El Salvador lançaram esta ideia. "São metas muito concretas com níveis de relização específicos e com compromissos coletivos e de cada país", insistiu Marchesi, informando que cada nação disse "até onde pode chegar".
As novas tecnologias têm um papel fundamental no projeto, que visa desenvolver-se com programas de ação compartilhada e prevê a criação de "um fundo solidário para a cooperação e a coesão educativa", que pode superar os 3 bilhões de euros.
"Não podemos crescer (economicamente) apenas com o preço das matérias primas, temos que crescer sobre a base da economia do conhecimento e isso é a educação, daqui parte tudo", considerou Iglesias para enfatizar o tema.
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