O Estado do Rio de Janeiro registrou 9.311 casos suspeitos de dengue
até o dia 23 de fevereiro. As informações são da Secretaria de Estado
da Saúde do Rio de Janeiro, divulgadas nesta quarta-feira. Foram somados
4.432 casos em janeiro e 4.879 em fevereiro.
Ainda segundo a secretaria, até o momento foram registradas
quatro mortes: uma no município de Nova Iguaçu, uma em Magé, uma em Cabo
Frio e uma em São Gonçalo. Os municípios com maiores taxas de
incidência são: Bom Jesus do Itabapoana (1.475,2 casos/100 mil
habitantes), Santo Antônio de Pádua (702,5 casos/100 mil habitantes),
Cambuci (424,8 casos/100 mil habitantes); Magé (423,0 casos/100 mil
habitantes), Cantagalo (322,8 casos/100 mil habitantes).
Mário Sérgio Ribeiro, assessor técnico da Subsecretaria de
Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, diz que já era esperado um
aumento no número de casos. "O vírus responsável por este aumento teve
um pico há mais de 15 anos; ou seja, há muitas pessoas que não estão
imunizadas contra ele", explica ele. Apesar de não considerar uma
epidemia, Ribeiro diz que o número de casos é preocupante, e o governo
está combatendo o vírus continuamente.
O principal investimento público contra a dengue são as
campanhas de conscientização da população. "O mais importante é a
eliminação do criadouro do mosquito", diz Ribeiro. Desde 2008, a
Subsecretaria de Vigilância em Saúde já fez parcerias com entidades como
a ONG Afroreggae para alcançar mais pessoas, e com o Corpo de Bombeiros
de mais de 30 municípios para ter auxílio na eliminação de focos do
mosquito dentro das residências.
Contra esse aumento recente de casos, a Subsecretaria vai
investir em centros de hidratação, com bebedouros e maior volume de soro
e outros insumos para tratar pacientes já contaminados. Os centros
serão dentro de unidades de atendimento de saúde já existentes, e devem
ser implantados até o fim da primeira semana de março. O pico de alta no
número de casos é esperado para os meses de maio e junho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário