fonte : O GLOBO
RIO - O número de bairros cariocas que já sofrem com um surto de dengue aumentou. De acordo com o último balanço da Secretaria municipal de Saúde, atualizado nesta quarta-feira, subiu de nove para 13, em uma semana, o número de localidades com taxa de incidência acima de 300 casos por grupo de cem mil habitantes, o que caracteriza o surto. O bairro com mais alta taxa da cidade continua sendo Pedra de Guaratiba, com 1.119,3 casos por cem mil; seguido da Saúde, na Zona Portuária, com 646,7 por cem mil. A lista de bairros com surto passou a incluir Santo Cristo, Rio Comprido, Santa Teresa e Acari. Desde o início do ano já foram registrados 7.030 casos de dengue no município do Rio.
Diante do crescimento da doença, terrenos que servem de depósitos a céu aberto escondem possíveis focos de Aedes aegypti. No Centro, um dos bairros que continua na lista de surto (taxa de incidência de 470,4), o depósito de veículos da Avenida Benedito Hipólito, perto do Sambódromo, tem carros abandonados e possíveis focos de Aedes. A Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop), que na semana passada negara ser responsável pelo local, na quarta-feira admitiu que administra o depósito, mas alegou que, antes do carnaval, agentes da Secretaria de Saúde aplicaram larvicida na área.
No Santo Cristo, onde também há surto, um terreno com centenas de máquinas caça-níqueis apreendidas em operações policiais, próximo à Rodoviária Novo Rio, está repleto de carcaças. Com a chuva dos últimos dias, o material virou depósito de água empoçada. Segundo Sérgio Caldas, subsecretário da Polícia Civil, o terreno pertence à Companhia Docas e foi cedido ao órgão, que usava apenas a parte coberta. Como a autorização para incinerar as máquinas ainda não saiu, a polícia, por falta de espaço, precisou ocupar a área ao ar livre:
- Enquanto não conseguirmos tirar as máquinas da área descoberta, vamos pedir à prefeitura para intensificar o fumacê - prometeu Caldas.
A prefeitura informou que aumentou o contingente de agentes de saúde para o controle da dengue em toda cidade - 40% a mais só no Centro - e intensificou o uso do fumacê portátil nas áreas mais afetadas.
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