segunda-feira, 21 de março de 2011

Bullying não é rito de passagem nem deve ser encarado como brincadeira

Bullying não é rito de passagem nem deve ser encarado como brincadeira: "Quem leu o “Gente fina”, do irreverente Bruno Drummond, publicado ontem (20/03/2011), na Revista “O Globo”, que reproduzo abaixo, talvez tenha achado ‘engraçada’ a forma como o pai trata o seu filho que vai se queixar de ter sido vítima de bullying no colégio.






Bruno Drummond 'Gente fina'
Revista 'O Globo', 20/03/2011, p. 21

Não há nada de ‘engraçado’, e o bullying não deve nunca ser encarado como brincadeira de criança ou de adolescente em rito de passagem para a vida adulta. Ao contrário: a historinha do Bruno Drummond nos leva a refletir até que ponto a família pode ser responsabilizada pela propensão do bullying, quer seja estimulando autoria de prática tão negativa quanto condenável, ou mesmo ampliando as barreiras para que as vítimas de comportamentos agressivos em escolas e colégios possam externar seu sofrimento, frustrações, perseguições e tortura psicológica praticados por colegas.
Ainda citando o “Gente fina” do Bruno Drummond, se o próprio pai manda o filho falar “que nem homem” e o trata de “quatrolho!”, que atitude poderíamos esperar desta criança ou deste adolescente?





Capa do livro 'Diga NÃO para o Bullying!
de autoria de Aramis A. Lopes Neto e
Lucia Helena Saavedra.

Publicado pela Associação Brasileira
Multiprofissional de Proteção
à Infância e à Adolescência.
Rio de Janeiro, 2003.





Se a prática do bullying começa muitas vezes na própria família, a escola, que é parte da sociedade, e acaba reproduzindo certos princípios e sistema de pensamento, também pode se tornar um ambiente propenso a tais atitudes comportamentais. Daí a importância de campanhas em todo o mundo, para que professores, familiares, médicos e profissionais de saúde possam ter acesso às informações sobre o bullying e as estratégias possíveis para evitar a sua propagação.
Uma semana antes de fazer a sua viagem ao Brasil, o presidente Barack Obama, dos Estados Unidos, fez a abertura de uma conferência de prevenção ao bullying na Casa Branca. Contando com a presença de professores, especialistas, pais e alunos vindos de várias partes do país, o tema foi discutido durante seis horas, e o próprio presidente da maior nação democrática do planeta declarou ter sofrido bullying quando criança:
““ Abrindo o dia de trabalho, Obama disse ” Com as orelhas grandes e o nome que tenho, não fui imune a esse fenômeno”. Afirmou também que o objetivo da conferência é que o bullying não mais seja aceito como um mero rito de passagem.” Conforme Blog http://bullyingnaoebrincadeira.com.br/



O presidente dos Estados Unidos
Barack Obama, tendo ao seu lado a
esposa Michelle, na abertura da
Conferência de combate e prevenção
ao bullying, realizada na Casa Branca,
uma semana antes da viagem feita
ao Brasil.

O Brasil também precisa compreender o quanto devem ser urgentes, as campanhas e ações de prevenção e combate ao bullying, como já vem fazendo a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, através de inserções de alertas nos programas produzidos pela MultiRio e também nas campanhas incentivadas pelo RIOEDUCA para que os professores relatem casos que possam servir como reflexão para tão grave tema, e assim venham a promover a redução do comportamento agressivo entre os alunos. É um bom caminho!
Sinvaldo do Nascimento Souza
Professor representante da 10ª CRE no RIOEDUCA
"

Um comentário:

  1. eu achei muito engraçada a tirinha do Bruno, ele tá mostrando q o bullying, as vezes, começa em casa...

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