sexta-feira, 3 de junho de 2011

Dia Mundial do Meio Ambiente: Levante a bandeira do Consumo Consciente

Boas Idéias!

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Dia Mundial do Meio Ambiente: Levante a bandeira do Consumo Consciente: "


Comemora-se em 5 de junho o Dia Mundial do Meio Ambiente. Trazemos a seguir uma importante reflexão acerca do Consumo Consciente e do que podemos fazer para ajudar nosso planeta a ter um ambiente mais limpo, saudável e propício a vida de todos os seres que aqui vivem!


Um filme de 1952, estrelado por Gregory Peck e Ava Gardner, despertou a atenção do mundo para uma das mais belas paisagens africanas o monte Kilimanjaro, localizado na Tanzânia. Esse clássico hollywoodiano, cujo título é “As Neves do Kilimanjaro” ainda pode ser revisto em alguns canais a cabo, numa dessas sessões que reprisam com alguma constância esses filmes antigos. Já não se pode dizer o mesmo da cobertura de neve que existia no cume daquela montanha...


Semelhante acontecimento foi reportado pela imprensa internacional a respeito dos picos nevados de algumas das montanhas que se encontram na região dos alpes, na fronteira entre a Itália e a Suíça. O gelo dos pólos também tem sofrido com o crescente aquecimento global decorrente da destruição da camada de ozônio, conforme pudemos constatar a partir de artigos disponibilizados pela imprensa ou por Organizações Não-Governamentais que atuam em defesa do meio-ambiente.


Inundações atormentam a vida dos chineses. Incêndios de grandes proporções destroem florestas na Austrália e nos Estados Unidos. Chuvas incessantes ameaçam as safras européias. A seca e a desertificação condenam as terras de alguns estados do Sul e do Nordeste do Brasil. Animais se extinguem, no mundo todo, em virtude do desaparecimento da cobertura vegetal onde viviam. Essas são apenas algumas das manchetes estampadas nos principais jornais do Brasil e do mundo nos últimos dias, semanas ou meses...


Estamos diante de uma série de acontecimentos que deveriam causar grande preocupação mundial. Há, evidentemente, pessoas que estão se debruçando sobre essas catástrofes e tentando entender a magnitude dos impactos causados ao meio-ambiente pelos seres humanos. Mesmo assim a falta de informação sobre o tema e mesmo de reconhecimento das responsabilidades da humanidade quanto as devastações e impactos naturais que abatem o planeta é grandiosa.


Usando a analogia criada pelo professor Nicolau Sevcenko, da Universidade de São Paulo, entramos numa montanha-russa e nesse exato momento da história estamos dentro do looping que encerra qualquer possibilidade de pensarmos em outra coisa que não seja em nossa sobrevivência aos solavancos e sustos que estamos levando. Por esse motivo não conseguimos ir muito além de nossos próprios “umbigos” quando pensamos na existência humana e na preservação da vida no mundo.


Se estão morrendo espécies de aves ou se extinguindo os pandas e jacarés que culpa tenho eu nesse processo? Se as geleiras estão derretendo e as cidades sendo inundadas em outras partes do mundo não é a eles que se devem atribuir as responsabilidades por essas catástrofes? Os incêndios que consomem a Amazônia não são atribuídos a madeireiros ou traficantes de drogas? Essas são algumas colocações que escutamos e que demonstram que as pessoas não apenas estão desinformadas, mas que também querem se isentar de qualquer sentimento de culpa...


A realidade é que todos nós somos responsáveis por tudo aquilo que está acontecendo na Terra. E a problemática não é apenas norte-americana ou japonesa, alemã ou indiana, chinesa ou britânica... É de todos os países e corresponde a luta pela sobrevivência de todas as espécies, inclusive a nossa. Por sermos, teoricamente, os únicos que têm inteligência para pensar e resolver problemas entre os seres vivos que habitam esse planeta também a nós compete a atribuição de tirar o mundo do buraco onde o colocamos...


E o que podemos fazer para ajudar a reverter esse quadro que se apresenta cada vez mais desolador? Precisamos, entre outras coisas, realizar o chamado consumo consciente!


As palavras se tornam mais interessantes ainda quando nos apropriamos delas e pensamos a seu respeito. É o caso, por exemplo, do termo “consumo”. Esse vocábulo tem sido até mesmo demonizado por alguns extremistas quando, na realidade, refere-se a uma prática que seremos incapazes de extinguir enquanto seres dependentes dessa ação para garantir nossa própria sobrevivência. Até mesmo os animais dependem daquilo que classificamos como consumo, evidentemente sem que possamos comparar a ação de outras espécies com aquilo que realizamos em nosso cotidiano...


O consumo não vai ou deve ser extinto ou suprimido, mas racionalizado a tal ponto que sejamos capazes de evitar os grandes desperdícios do cotidiano. Situações como banhos demorados, papel jogado fora por impressões desnecessárias, material de construção desperdiçado em obras, consumo de produtos desnecessários, lixo que contém materiais recicláveis e tantas outras pequenas práticas do dia-a-dia precisam ser revistas pois constituem a nossa contribuição para que o mundo seja preservado e ganhe a sobrevida necessária...


O clamor por maior consciência é no sentido de que nossas ações sejam conduzidas por um mínimo de bom senso para que, a partir de pequenas mudanças de hábitos diários, possamos realmente fazer diferença na luta pela preservação da vida em nosso país e no mundo. Pode parecer pouco, mas constitui uma contribuição individual que somada a de tantas outras pessoas, pode garantir as próximas gerações de seres vivos desse planeta uma existência minimamente decente e digna...




- Se cada pequeno vazamento que existir no mundo não for vedado estaremos jogando fora enormes quantidades de água doce que é imprescindível para nossa própria sobrevivência...


- Recicle uma latinha de alumínio e ajude a economizar energia elétrica. Cada embalagem desse material que mandamos para o reaproveitamento equivale a uma economia suficiente para manter uma lâmpada de 100 Watts acesa por mais de 3 horas.


- As queimadas estão se tornando cada vez mais freqüentes em várias partes do mundo. Será que isso pode ser atribuído somente aos madeireiros ou aos traficantes?


- Os pandas e tantos outros animais estão em extinção. Você também é responsável por esse fato. Conscientize-se disso e lute por um mundo melhor...




“O atual padrão de produção e consumo é injusto e insustentável. Para satisfazer as necessidades de água, materiais e energia dos mais de seis bilhões de pessoas que hoje vivem na Terra, consumimos 20% mais do que o planeta pode oferecer”.


A afirmação acima consta do projeto Sou + Nós, do Instituto Akatu, que tem como objetivo a conscientização da população quanto a necessidade de racionalizarmos e corrigirmos os nossos hábitos de consumo. Não deveriam ser necessários outros argumentos para corroborar tal tese.


É notável, entretanto, que a aprendizagem humana é muito mais lenta do que se especula ou imagina. Diferentemente daquilo que já puderam constatar estudiosos da área de educação, que teimosamente continuam afirmando que os seres humanos são inteligentes e que a partir de suas habilidades são capazes de realizar maravilhosas intervenções no mundo, a ação predatória contra o meio-ambiente parece nos destinar a um fim comum, a destruição dos ecossistemas e o conseqüente desaparecimento de qualquer rastro de vida na Terra, inclusive a própria humanidade.


Temos que perceber que a nossa casa é o planeta inteiro e que qualquer destruição ocorrida em nossos países, estados ou cidades afeta a vida de pessoas que vivem aqui e em muitas outras localidades. Enquanto nos preocupamos em cultivar belos jardins em nossas residências, pouco ou nada fazemos pelas florestas. Ao mesmo tempo em que aumentamos os gastos com nossos animais de estimação não estamos nem aí com o que ocorre com espécies em extinção.


Gastamos papel demais, jogamos água fora, nosso lixo não é reciclado, poluímos o ar com o uso excessivo de automóveis, resíduos tóxicos como pilhas e baterias acumulam-se e podem contaminar o solo e os lençóis freáticos...


É nesse aparentemente restrito domínio que podemos e devemos fazer a diferença de forma decisiva. Ao controlarmos o uso de recursos que estão em nosso cotidiano podemos ajudar a diminuir muito o desperdício. O consumo consciente é uma fundamental e necessária prática no caminho das sociedades sustentáveis e não podemos mais perder tempo quanto a isso.


Um mundo melhor prevê “uma comunidade planetária sustentável e auto-regulada, que cuida do mundo e acolhe aqueles que nele convivem”, objetivo explicitado através da palavra Yandê, de origem indígena, apregoada pelo Instituto Akatu.


Temos que obrigatoriamente fazer parte dessa tribo. Junte-se a esse esforço. O mundo agradece!


Por João Luís de Almeida Machado
Membro da Academia Caçapavense de Letras

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