domingo, 18 de dezembro de 2011

Parâmetros urgentes para a Educação brasileira

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Parâmetros urgentes para a Educação brasileira: O principal item da pauta de debates da educação brasileira em 2012 já desponta no horizonte: as expectativas de aprendizagem para cada etapa de ensino nas escolas de todo o país. Entre o final deste mês e o início do próximo ano, o MEC deve divulgar uma prévia do documento que vai estabelecer parâmetros claros sobre o que os estudantes devem ter aprendido ao final de cada ano cursado. A partir daí haverá consultas públicas e um documento final é esperado para o final de 2012.

Na prática, isso significa que os pais saberão, por exemplo, qual o domínio da linguagem que seus filhos devem apresentar ao final do ciclo de alfabetização, por volta dos oito anos. Ou quanto de matemática eles devem saber ao passar do ensino fundamental para o ensino médio.

A iniciativa do MEC vai na direção correta, mas deve causar muita polêmica. Sempre haverá os que vão se levantar para dizer, em nome de posições ideológicas que ignoram o direito de aprender das crianças e jovens, que tudo é relativo, que não é possível estabelecer parâmetros nacionais e que diferenças regionais e sociais devem ser respeitadas. E o problema está exatamente aí: respeitar o que se chama de diferenças pode ser, na prática, se conformar com deficiências de ordem estrutural, social e familiar. A escola tem obrigação de não apenas oferecer oportunidades iguais como também buscar resultados equânimes, tanto quanto possível.

"Não podemos deixar o aluno ficar atrasado. Identificada a dificuldade, ele deve ir para o reforço, única maneira de fazer com que eles cheguem ao final com a idade correta e aprendendo", resumiu bem Ruben Klein, consultor da Fundação Cesgranrio a "O Estado de S. Paulo". E, para isso, é fundamental que haja parâmetros objetivos de aprendizado.

O país já conta com diretrizes curriculares. A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) prevê uma base curricular comum para o País. E há os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Mas são linhas genéricas, muito abrangentes, pouco objetivas e, por isso mesmo, de difícil tradução no cotidiano escolar. A ideia do MEC, é deixar claro a que resultado o aluno tem direito e as condições necessárias para isso. Vale destacar, porém, que não se trata da tentativa de estabelecer um currículo nacional, engessando os conteúdos a serem ensinados. Estados, municípios e escolas, devem ter sua autonomia preservada. Mas terão de apresentar resultados dentro das expectativas de aprendizagem definidas.

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