segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Padilha anuncia leitos de UTI e de retaguarda

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Padilha anuncia leitos de UTI e de retaguarda:

Foto: Erasmo Salomão - ASCOM/MS


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou o aumento da oferta de leitos de UTI e de retaguarda para o hospital estadual Albert Schweitzer, em Realengo, no Rio de Janeiro, neste sábado (25). O déficit de leitos na unidade da Zona Oeste foi uma das dificuldades apontadas no diagnóstico do pronto-socorro feito pelo S.O.S Emergências e apresentado ao ministro, durante sua segunda visita à unidade. Além disso, no próximo mês, será implementado no hospital o monitoramento dos leitos da emergência, pelo sistema Kan Ban. A unidade também conta com recursos financeiros para a instalação de pontos de computadores no setor, facilitando assim a informatização total de dados e prontuários dos pacientes. Uma obra de adaptação das salas do pronto-socorro também está prevista no plano de ação.


O Albert Schweitzer já conta com 45 leitos de UTI adulta, pediátrica e neonatal. Em abril, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro inaugura mais 43 leitos de terapia intensiva adulta no hospital. Além disso, o ministério firmará parceria com as secretarias estadual e municipal de Saúde para a abertura de 50 leitos de internação de retaguarda em uma unidade conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS) localizada nas proximidades do hospital. A proposta, segundo Padilha, é que esses novos leitos sejam qualificados e funcionem como uma enfermaria avançada do Albert Schweitzer, atendida por profissionais capacitados. Para tanto, o ministério aumentará o valor da diária paga pelo SUS para esses leitos clínicos dos atuais R$ 150 para aproximadamente R$ 300, em média.


“O S.O.S Emergências é uma ação em que vamos a fundo nos problemas dos hospitais. O Albert Schweitzer já está recebendo do ministério R$ 3,6 milhões por ano para as melhorias. Outros R$ 3 milhões para a aquisição de equipamentos para aprimorar o atendimento, e mais R$ 200 mil para apoio à informatização. A partir deste diagnóstico que foi feito, estamos identificando outras necessidades de investimentos. Por isso o ministério está dando um incentivo para a abertura desses novos leitos de retaguarda, pagando mais pela internação”, disse o ministro.


Sistema – Com a implantação da ferramenta Kan Ban de monitoramento de leitos, o Albert Schweitzer poderá fazer uma melhor avaliação das situações que corroboram para a permanência prolongada dos pacientes na emergência, um dos problemas apontados no diagnóstico. Nas placas de fácil visualização são feitas marcações que indicam se o tempo em que o paciente ocupa um determinado leito. Desta forma, o sistema busca acender alertas aos profissionais para buscarem mais rapidamente soluções de encaminhamento para os pacientes que podem ser transferidos para leitos de internação, UTI ou ter alta.


O diagnóstico, que foi elaborado pelo Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH) – formado por profissionais do Albert Schweitzer, da SES e do Ministério da Saúde -apontou ainda a necessidade de realização de uma adaptação da área física da emergência. A obra já foi autorizada pela Secretaria Estadual de Saúde e, segundo o ministro Padilha, será realizada em dois meses. O projeto elaborado prevê a criação de espaços para que os pacientes de menor gravidade sejam atendidos separadamente daqueles em condições mais críticas, como os acidentados. “Assim será dado um atendimento mais adequado a esses pacientes”, disse o ministro.


Outras Medidas – O diagnóstico também detectou dificuldade de visualização e perda de exames; dificuldade na obtenção de prontuários e boletins; demanda de pacientes traumato-ortopédicos acima da capacidade instalada; necessidade de capacitação no manejo de pacientes críticos; retorno de pacientes internados à emergência por agravamento do quadro; elevado índice de suspensão de cirurgias e a inexistência na região de programa de assistência domiciliar que possa dar continuidade ao tratamento dos pacientes em condições de alta.


Para enfrentar essas dificuldades, o Albert Schweitzer já começou a elaborar os protocolos assistenciais e a capacitação dos profissionais da área médica e administrativos. A ampliação da rede de assistência domiciliar, pela ação do programa Melhor em Casa, será pactuada pelo Ministério da Saúde com Estado e o Município do Rio de Janeiro.


Rede – O S.O.S. Emergênciasé uma ação estratégica do Ministério da Saúde, lançada em 2011, com o objetivo de qualificar e melhorar o atendimento das principais emergências que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ela integra a Rede Saúde Toda Hora e, além do Albert Schweitzer, foi implantada no Hospital Municipal Miguel Couto, também no Rio de Janeiro, e em mais nove unidades de grande porte localizados em oito capitais: São Paulo (SP), Brasília (DF), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (BH) e Goiânia (GO). Todos os hospitais selecionados são referências regionais, possuem pronto-socorro e realizam grande número de internações e atendimentos ambulatoriais. A meta é que até 2014 o S.O.S Emergências atinja os 40 maiores prontos-socorros brasileiros, em 26 estados e no Distrito Federal.


Fonte: Elaine Duim / Agência Saúde

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