terça-feira, 23 de outubro de 2012

TRABALHO INTERESSANTE - Professor faz uso da web 3.0 para ensinar educação física

http://porvir.org/
Professor faz uso da web 3.0 para ensinar educação física:
No Rio de Janeiro, um professor de educação física está usando tecnologia para ensinar educação física para estudantes de ensino fundamental. O que parece ser um contrassenso é, na verdade, a solução utilizada para romper o tradicionalismo que ainda rege o ensino da disciplina. Essa é a proposta de Marcelo Souza, criador do Educação Física na web 3.0, projeto focado na pesquisa, no ensino e na produção de conhecimento pelos próprios alunos.
A iniciativa vem sendo realizada desde o ano passado com estudantes do 8º e 9º anos da Fundação Bradesco. O trabalho com os mais de 300 de alunos já rendeu a Souza o segundo lugar na categoria escolas particulares do Prêmio Microsoft Educadores Inovadores 2012, realizado no mês passado. “A disciplina de educação física ainda é tradicional e mantém hábitos muito conservadores. A minha provocação foi justamente questionar a escola do século passado. Para isso, decidi adotar o aprendizado baseado em projetos, utilizando a web 3.0”, afirma.

crédito Divulgação Marcelo Souza Educação Física na web 3.0

O projeto é pautado em dois aspectos básicos. O primeiro deles é fazer com que os alunos se tornem produtores de conhecimento. As aulas, que poderiam ser meramente recreativas, dão lugar a oficinas de criação digital. Em vez da quadra de esportes entram os laboratórios de informática onde os jovens precisam utilizar os recursos tecnológicos para pesquisar, produzir e sistematizar conteúdos sobre IMC (Índice de Massa Corporal), exercícios aeróbicos, resistência muscular, anabolizantes, suplementos, musculação para o adolescente e até mesmo anorexia. Os materiais produzidos pelos alunos vão para o blog Saúde na Escola, para as redes sociais e Youtube como forma de levar a mais pessoas a discussão sobre saúde, qualidade de vida e exercício físico.
Segundo Souza, a produção digital faz com que os alunos trabalhem de modo colaborativo e passem a ser contadores de histórias e consigam, principalmente, disseminar para mais pessoas esse aprendizado. “Na realidade da web 3.0, o aluno produz, organiza e customiza suas informações para melhorar seu aprendizado. Ele busca em diferentes fontes, analisa, contesta e seleciona informações, para construir e produzir conhecimentos. E partem, sobretudo, de situações cotidianas e reais, o que acaba estimulando também a curiosidade e criatividade deles”, afirma.
Outro ponto do projeto é despertar nos alunos o espírito de autonomia. A ideia é torná-los capazes de gerenciar as atividades corporais fora da escola. Para isso, fazem um estudo de meio, ou seja, mapeiam em seus bairros os espaços adequados para a prática das atividades físicas como é o caso das academias de saúde. “Depois de torná-lo produtor de conhecimento, a partir do momento que ele conhece seu bairro e identifica quais onde estão e quais são os lugares propícios para a prática de atividades físicas, ele acaba se tornando mais fisicamente ativo e, principalmente, expande essa prática para a família, amigos e comunidade”, diz.

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