terça-feira, 13 de novembro de 2012

Os diversos fatores de risco para a embolia pulmonar

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Foto: TVGlobo/ Divulgação
No domingo (11/11/2012), o diretor e ator Marcos Paulo morreu por embolia pulmonar sem apresentar – aparentemente – nenhum sinal de problema com sua saúde, depois de lutar contra o câncer de esôfago em 2011. A embolia pulmonar pode não provocar sintomas, ou provocar sintomas leves que passam despercebidos. Ela é causada pela obstrução das artérias que levam o sangue até o pulmão e, se o coágulo (trombos ou êmbolos) for muito grande, pode interromper completamente a circulação pulmonar e ser mortal.
Médicos ouvidos pelo portal G1 destacaram o câncer e a viagem (imobilidade prolongada) como fatores que agravam o risco de embolia pulmonar: as células cancerosas liberam fragmentos de substâncias na circulação, e eles podem se acumular e formar coágulos; já o risco por imobilidade prolongada é quando uma pessoa passa muito tempo sentada – sem andar e ativar o músculo da panturrilha –, o que compromete a circulação da perna e o sangue tende a coagular. Essa situação é muito comum em longas viagens de avião. A principal recomendação é ficar em pé e caminhar pelo avião e, nas viagens de carro ou de ônibus, aproveitar cada oportunidade para descer do veículo e andar um pouco.
Em seu artigo, o Dr. Drauzio Varella destaca diversos fatores de risco para a embolia pulmonar:
  • Imobilidade prolongada;
  • Cirurgias extensas;
  • Câncer;
  • Traumas;
  • Anticoncepcionais com estrógeno;
  • Reposição hormonal;
  • Gravidez e pós-parto;
  • Varizes;
  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Idade superior a 40 anos;
  • DPOC; e distúrbios na coagulação do sangue.
Como diagnosticar?
Segundo o Dr. Drauzio, o levantamento da história clínica e dos fatores de risco do paciente são os primeiros passos para o diagnóstico da embolia pulmonar. Existem, no entanto, exames de laboratório e de imagem que ajudam a esclarecer a suspeita da doença. São eles: o d-dímero que pode ser realizado tão logo seja iniciado o atendimento, a gasometria arterial para medir o nível de oxigênio no sangue, a arteriografia pulmonar, a cintilografia de ventilação pulmonar, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.
O eletrocardiograma e a radiografia de tórax, embora inespecíficos, podem revelar alterações discretas provocadas pela embolia e infarto pulmonar.
Tratamento
O tratamento inicial da embolia pulmonar inclui a administração de oxigênio e medicamentos. A implantação de um filtro na veia cava pode ser um recurso para o tratamento de pacientes com contraindicações para o uso de medicamentos anticoagulantes e nas recidivas, a fim de evitar que novos coágulos atinjam os pulmões.
A embolectomia (retirada do êmbolo pulmonar) é uma intervenção cirúrgica que deve ser considerada apenas nos quadros de embolia pulmonar maciça.

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