sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"A Criança e o Número" detalha processo de aprendizagem no mundo infantil

MARCELO JUCÁ
colaboração para a Livraria da Folha

matemática, ou os números, em geral, amedrontam grande porcentagem de pais e alunos, às vezes, até sem razão. Medo de recuperação e aulas particulares são normais e geram muita angústia. Mas, como já comprovaram os livros "Incríveis Passatempos Matemáticos" e "O Enigma de Einstein", quando se aprende a lógica dos raciocínios e das contas, todos os problemas ficam divertidos de serem solucionados.

Para controlar a ansiedade de pais preocupados com o desempenho dos filhos nas aulas de matemática e geometria, uma dica legal é ler o livro "A Criança e o Número", da estudiosa Constance Kamii. Sua obra é referência na área de educação e princípios de ensino de números, e auxilia professores (e pais) a compreenderem a percepção infantil dos alunos nas primeiras experiências numéricas. Um clássico, por assim dizer, e que mesmo 25 anos após sua primeira edição, continua orientando diversos educadores.

No livro, a autora resgata conceitos de aprendizagem das crianças, comenta resultados de estudos aplicados, a importância do estímulo do professor na fase de construção do número, os objetivos de ensinar a matéria e situações para despertar o interesse das crianças pelas quantidades e processos matemáticos, além de questionar métodos de ensino equivocados e que não cumprem seu papel de educar.


Com muitos exemplos, "A Criança e o Número" é uma obra cheia de referências, com indicações sobre a questão de autonomia do sujeito e o sucesso da aprendizagem numérica na escola e fora dela. Então, sem traumas. Pais e professores possuem um material amplo para acompanhar os estudos e progressos do prodígio.

"Concebo a construção do número como o principal objetivo para a aritmética das crianças escolarizadas de 4 a 6 anos, dentro do contexto da autonomia como finalidade ampla da educação", escreve a estudiosa.

Constance Kamii foi aluna e trabalhou com o suíço Jean Piaget, o que lhe rendeu ideias e campo de pesquisa amplo para direcionar ela mesma suas descobertas sobre a autonomia e as inteligências das crianças.

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