O projeto que integra tantos jovens é coordenado pela violoncelista Fiorella Solares e deve ser estendido para outras comunidades pacificadas do Rio.
A pacificação de favelas no Rio de Janeiro permitiu, entre muitas outras coisas, a integração de crianças de quatro comunidades diferentes. Juntas, elas aprendem a sonhar.
Os meninos vão chegando aos poucos e já começam a afinar os instrumentos, a maioria é do Morro Dona Marta. Crianças e jovens aprendem a tocar em uma orquestra de cordas: violino, viola, violoncelo e contrabaixo. No começo, acordes harmônicos e melodias simples. Aos poucos, a coisa toda vai se sofisticando. A professora Brenda é rigorosa na disciplina.
Érica não achava que gostava de música erudita. Na verdade, ela nem tinha ouvido. Hoje, a menina já faz planos. “Daqui vão sair grandes músicos, eu tenho certeza. Eu quero ser uma delas”, aposta.
Rodrigo sempre gostou de musica. “Eu me sinto dentro do violino”, conta. Ele quase desistiu diante das dificuldades, mas, agora, brilha. “Meu sonho é ser spalla da Orquestra Sinfônica Brasileira”, diz.
Para os adolescentes, essa hora é cheia de boas sensações. “Alegria, satisfação, prazer”, revela um dos jovens.
O projeto que integra tantos jovens é coordenado pela violoncelista Fiorella Solares e deve ser estendido para outras comunidades pacificadas do Rio. “Se colocamos um instrumento nas mãos deles, educamos e mostramos o que a música tem para dizer, todos podem”, diz a professora.
Os alunos também querem que mais jovens de outras comunidades participem dos encontros musicais. “Dá futuro para muitas e muitas crianças, em vez de ficar largado pelas favelas, a gente fazer um projeto que dá muito mais um futuro”, planeja um rapaz.
No fim do ensaio, os alunos se reuniram do lado fora para fazer uma homenagem especial para a cidade do Rio de Janeiro. Em pouco tempo, encheram a tarde carioca deste sábado com os acordes da alegria e da paz.
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