sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Into recruta voluntários com osteoporose para tratamento durante um ano


POR PÂMELA OLIVEIRA

Rio - Quatrocentos pacientes com osteoporose grave terão acesso a exames e medicamentos gratuitamente por um ano, durante o projeto Osteoprev, que avaliará aeficácia de quatro remédios usados contra a doença. Um dos critérios para participar do estudo, realizado pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é ter mais de 60 anos: as inscrições já podem ser feitas.

“Para participar do estudo é preciso ter osteoporose grave. Ou seja, o homem ou a mulher deve ter tido fratura por causa de um traumatismo de baixa intensidade, como uma pequena queda. Geralmente essas fraturas são no punho, braço ou no quadril”, diz Maria Eugenia Duarte, uma das coordenadoras da pesquisa, acrescentando que não é preciso ter o diagnóstico de um médico previamente. 

Maria Eugênia explica ainda que idosos que não tiveram fraturas, mas sentem dor nas costas, perderam altura e ficaram com a coluna curvada também podem ser voluntários. Para participar, o paciente precisa ainda não ter usado medicamentos contra a osteoporose no último ano, a não ser cálcio e fósforo. “É importante para não mascarar o estudo”, diz. Os pacientes serão divididos em quatro grupos, que receberão quatro diferentes remédios e terão seis consultas. O tratamento é gratuito, incluindo remédio, exame de sangue, radiografia, densitometria, tomografia e transporte até a Rua do Rezende, no Centro, onde fica o Into. “Vamos selecionar a partir de um grupo maior de voluntários, entre 600 a 800. Em duas ou três semanas começaremos a convidar os candidatos para a primeira entrevista”, diz a a médica. 

O resultado do estudo indicará qual o remédio mais adequado para cada paciente com osteoporose atendido pelo Sistema Único de Saúde.

Instituto tem equipamentos de ponta

Alta tecnologia, cirurgias complexas e estudos de regeneração óssea com células-tronco são algumas das atividades desenvolvidas pelo Into. O instituto, que conta com mais de dois mil profissionais, inaugurou, em 2008, um laboratório de Pesquisa Neuromuscular com aparelhos capazes de medir a força muscular.

Os pacientes do Into, referência nacional, sofrem com longas filas: cerca de dez mil pessoas esperam por cirurgia. O tempo médio de espera é de 3 anos para as especialidades mais requisitadas: joelho, trauma, quadril e coluna.

Osteoporose: Mulheres têm mais risco

- A osteoporose se caracteriza pela diminuição da massa óssea, aumentando o risco de fraturas principalmente de braço, punho e quadril.

- A doença têm diversas causas, como deficiência de estrogênio na manopausa, predisposição genética e uso de alguns medicamentos, como corticoides. 

- Mulheres têm maior risco de ter a doença. A incidência aumenta com a idade.

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