quinta-feira, 14 de abril de 2011

Hardwares na Atenção Primária

Hardwares na Atenção Primária: "

Fábio Castro


A imagem abaixo dá uma boa idéia do principal requisito de hardware para uso na Atenção Primária (clique nas imagens para ampliar).



A quantidade de informações que um médico tem que acessar durante o atendimento é muito grande. Uma tela bem grande seria bem vinda. As telas planas atuais (LED, Plasma e LCD) já estão com custo acessível e não tem o problema dos volumosos monitores da tecnologia de tubos de vácuo. O consumo de energia também é bem menor além de causar pouca ou nenhuma irradiação para o usuário. A definição da tela não é um requisito importante a não ser para a visualização de imagens.


A imagem abaixo também é outra situação que necessitaria um hardware dedicado.



Os dispositivos de tela móvel como os tablets já estão se espalhando a começar pelo iPAD da Apple (mas com muita restrição para instalar programas). Estão tendo sucesso pois na maioria das vezes o usuário não tem necessidade de entrar uma grande quantidade de dados. Basta tocar na tela e as vezes digitar algumas informações.


Para uso frequente no consultório já teriam limitações pois o médicos tem necessidade de entrar uma grande quantidade de dados sendo necessário um teclado. As telas touchscreen apenas substituem o mouse, mas são inadequadas para substituir o teclado. Por outro lado um iPAD (ou similar) poderia ter uso parcial durante um atendimento fora do consultório. Na prática do PSF seria uma visita domiciliar. Durante o atendimento seria entrado informações bem específicas como dados vitais, exames, pedidos de medicação, encaminhamentos. O resto das informações seriam entradas depois do atendimento já de volta a unidade de saúde. Seriam impressos a documentação pedida que depois seria entregue ao paciente pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Seria a mesma situação de uma corrida de leito em um hospital com o médico não tendo que voltar toda hora para ver dados e realizar os pedidos em um computador. O Prontuário Eletrônico tem que ter a opção de reconhecer que o atendimento está sendo feito em várias etapas sem considerar que são vários encontros.


O iPAD e similares também podem receber um teclado o que significa que pode ser usado em outras partes do serviço como a recepção, acolhimento, sala de vacina, reunião de equipe e grupos operativos. O médico iria gostar de usar como uma segunda tela para mostrar dados (se for viável) e até mostrar dados para o paciente além de usar alguma outra ferramenta como a câmera fotográfica.


Os requisitos dos hardwares atuais incluem a TI verde (tecnologia de informação). Os hardwares devem consumir o mínimo de energia elétrica possível. A tecnologia “paperless” é outro objetivo e já é uma realidade no Prontuário Eletrônico com certificação para não precisar documentar o atendimento em papel. No futuro poderemos ver o uso de cartões para guardar documentos como receitas, pedidos de exames, encaminhamento etc.


Cerca de 64% dos médicos nos EUA já estão usando smartphones no trabalho para acessar aplicativos médicos como prescrição eletrônica. O IBGE usou Smartphones para realizar o Censo 2010 e já estão sendo usados pelos ACS durante a visita domiciliar.


A virtualização pode ser o próximo passo no avanço no acesso a internet. As futuras versões de programas muito usados como o Word da Microsoft não serão instaladas no computador e sim acessados pela internet. Claro que o usuário irá precisa de uma boa conexão, mas tem a vantagem de poder mudar fácil de computador em caso de falha. Significa que se o meu computador der problema eu poderia acessar o prontuário eletrônico pelo meu smartphone. Não poderia imprimir receitas, mas não perderia o acesso aos dados.


Aparelhos eletrônicos capazes de medir a temperatura, pressão arterial e saturimetros já estão disponíveis até com capacidade de passar os dados direto para o computador. Já estão disponíveis no mercado estetoscópios com gravador de som passando os dados para o computador. Seria mais interessante se já sugerissem o diagnóstico e fornecessem recursos para comparar e auxiliar o diagnóstico.


No futuro poderá ser viável o uso de câmeras para realizar fundoscopia e otoscopia com os dados sendo enviados direto para especialistas que dariam o laudo. Para realizar teledermatologia seria necessário uma câmera de alta definição que agora estão ficando cada vez mais baratas.



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