sexta-feira, 13 de maio de 2011

Semana cinquenta e dois

Dia chuvoso, uma das opções é um bom livro.
Aproveitem o final de semana.
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Semana cinquenta e dois: "
Os lançamentos da semana são:



Tóquio proibida, de Jake Adelstein (Tradução de Donaldson M. Garschagen)

Nesta reportagem de tirar o fôlego, um jornalista americano traz à tona o submundo do crime japonês e revela uma Tóquio desconhecida, soturna e ameaçadora. Adelstein narra em ritmo de thriller os doze anos que passou no Japão como jornalista, investigando casos de sequestro, pornografia infantil, extorsão e tráfico de órgãos. Por trás de tudo, paira a sombra da yakuza, a poderosa máfia japonesa. Explorando as relações da yakuza com o governo, Adelstein depara com uma história de repercussões internacionais, envolvendo um chefão poderoso — o que lhe rende uma ameaça de morte e o faz mergulhar num jogo de corrupção, intrigas e mistérios, digno dos grandes romances policias.

O homem de Beijing, de Henning Mankell (Tradução de George Schlesinger)

No início de 2006, em Hesjövallen, povoado do norte de Suécia, dezenove pessoas são assassinadas por um psicopata cruel e metódico. Antes dos cortes mutilantes da grande lâmina que as liquida uma a uma, as vítimas são amarradas e submetidas a demorados tipos de tortura, no que parece um sinistro ritual de vingança. Apenas três vizinhos, únicos sobreviventes e possíveis testemunhas do massacre, são poupados: um casal de velhos hippies, isolado pela nevasca e pelo volume da música, e uma idosa mentalmente perturbada, perdida na estrada. Como a juíza Birgitta Roslin logo descobrirá, m diário esquecido e uma fita vermelha abandonada na neve são as únicas pistas capazes de levar à identidade do criminoso.

Na colônia penal, de Sylvain Ricard & Maël (Tradução de Carol Bensimon)

Versão em quadrinhos da clássica novela de Kafka, que retrata uma humanidade covarde e indiferente à sua própria violência. Enviado a uma colônia penal para dar sua opinião sobre os métodos nela empregados, um viajante descobre ali um sistema judiciário bárbaro. Ele assiste a uma execução em que o condenado é preso a uma máquina, que inscreve em seu corpo a sentença, até que a morte venha. Além dele e do próprio condenado, participam da cena apenas um soldado e o oficial encarregado de ministrar a justiça, o que será feito com o auxílio da máquina, expressamente concebida para que cada condenado sinta na carne o peso e a especificidade da sentença que recebeu.

A quem de direito, de Martín Caparrós (Tradução de Lucia Jahn e Heloisa Jahn)

No povoado de Tres Perdices, um padre é encontrado morto a punhaladas em sua igreja. O assassinato é a ponta de uma cadeia de fatos iniciada na ditadura militar que, entre 1976 e 1983, prendeu, torturou e “desapareceu” cerca de 30 mil pessoas na Argentina. Carlos — protagonista do livro — militou na esquerda revolucionária. Hoje sozinho, sem trabalho, doente, desiludido da política, se recusa a ter uma vida útil para a sociedade, como se diz, e a manter uma relação afetiva com a mulher que o visita. Seu único objetivo, enquanto a doença avança, é esclarecer o que se passou com Estela, sua companheira de juventude: trinta anos antes, grávida, ela foi sequestrada, torturada e “desaparecida”. Sua investigação desnuda o funcionamento da máquina de morte que foi o período militar na Argentina. Ao mesmo tempo, mostra o que pensavam os militantes que enfrentavam essa máquina feroz: qual era o projeto pelo qual estavam dispostos a dar a vida.

O centauro no jardim, de Moacyr Scliar

No interior do Rio Grande do Sul, na pacata família Tratskovsky, nasce um centauro: um ser metade homem, metade cavalo. Seu nome é Guedali, quarto filho de um casal de imigrantes judeus russos. A partir desse evento fantástico, Moacyr Scliar constrói um romance que se situa entre a fábula e o realismo, evidenciando a dualidade da vida em sociedade, em que é preciso harmonizar individualismo e coletividade. A figura do centauro também ilustra a divisão étnica e religiosa dos judeus, um povo perseguido por sua singularidade. Guedali cresce solitário, excluído da sociedade. Numa narrativa provocadora, ele rememora sua vida desde o nascimento em Quatro Irmãos, passando pela juventude em Porto Alegre, até chegar ao Marrocos. O livro foi eleito como um dos cem melhores livros de temática judaica escritos nos últimos duzentos anos.

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