segunda-feira, 11 de julho de 2011

Limites são essenciais! #educação

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Limites são essenciais! #educação: "


Amor acima de qualquer coisa. Cuidados, dedicação, carinho e empatia são também ferramentas que os pais de hoje buscam para educar seus filhos no caminho certo, justo e esperado. Todos os pais conhecem sua cria e sabem bem como agradar seus filhos, mas ainda assim os filhos lhes oferecem dilemas diários e nunca deixamos de nos colocar em cheque, analisar as escolhas e aplicações, nos inquirindo sobre erros e acertos.


Falando estritamente sobre mim, mesmo que meu filho #aos3, dê inúmeros exemplos de graça, sociabilidade e inteligência em seu dia a dia, a cada exemplo negativo – mesmo sabendo que não se tratam de falhas, mas sim experimentações e que fazem parte da faixa etária e de sua experiência como pessoa – como mãe, eu me coloco em reflexão.


E entre muitos questionamentos eu pergunto, além do amor incondicional o que mais nossos filhos precisam? E como garantir que sejam homens de bem? Afinal é isso que todas nós, mães, queremos.


Ao encontro deste questionamento já li muitos livros e artigos a respeito e, apesar de recorrente, nem sempre escrevo sobre o tema para não ficar massante e parecer uma cobrança – já que mães se cobram e são “julgadas” o tempo todo -mas li na sexta-feira uma curta referência a isso no Portal IG e resolvi esmiuçar.


“Depois do amor, a coisa mais importante que eles podem dar aos filhos tem sido esquecida e muitas vezes confundida com repressão: é a disciplina. Mas falta a muitos pais conhecimento – para estabelecer os limites corretos, sem reprimir os filhos – e firmeza – para fazer com que eles sejam cumpridos sem lançar mão das palmadas”. (Método Brazelton, do psiquiatra infantil T. Berry Brazelton)


Ah, mas como é difícil ensinar a tal DISCIPLINA…


s.f. O conjunto dos regulamentos destinados a manter a boa ordem em qualquer assembléia ou corporação; a boa ordem resultante da observância desses regulamentos: a disciplina militar;

Submissão ou respeito a um regulamento.


Pais que não querem “estragar” os filhos com mimos e concessões devem manter-se afastados dos prêmios e compensações seja pela ausência numa apresentação escolar, pela viagem prolongada que gerou saudades ou pela ausência diária por uma rotina de trabalho exaustiva. Neste caso, evitar o consumo como consolação* afetará sim a disciplina e educação dos filhos. Outra ferramenta que pode ajudar e não complicar o dia a dia e a compreensão dos valores entre crianças é a forma como as valorizamos, como elogiamos seus acertos* e, sobretudo, como nós mostramos a elas o que fazer, quando e como… Dar o exemplo certo, já que nossas crianças estão atentas e repetem àquilo que vivenciam*, também é fundamental e isso pode começar com exemplos simples como cumprir nossos compromissos, não falhar com promessas e metas pessoais, arrumar o quarto/a casa, cuidar de nossos pertences e valorizar os que estão próximos de nós. Cada atitude é vista e “registrada”, mesmo que você não perceba.


Penso que o importante para ensinarmos mais a nossos filhos, moldando sua personalidade e inserindo neles a disciplina que julgamos correta em nosso lar (verdadeiramente, em nossa comunidade) é haver diálogo entre a Família. Àquele diálogo que pouco existiu entre pais e filhos nas gerações anteriores, mas que é símbolo da atual geração de casais e novos pais. Lembrando, claro, que nem sempre seremos atendidos, afinal, estabelecer conversa, transparência e verdade entre o que pensamos e como queremos ser atendidos são coisas distintas e é preciso ter em mente que diálogo é troca e análise, não é imposição.


E mais importante ainda, lembrar que – na linha avesso à palmadas – o “manter diálogo” com crianças pequenas é atividade daquelas que mais exigem paciência seja pela capacidade de compreensão dos pequenos (ainda limitada, por mais que tenham percepção do sentimento e tom e intenção das palavras mais do que do vocabulário em si) como pelo equilíbrio emocional dos pais e sua percepção sobre os atos do filho (a), já que muitas vezes nem tudo é tão grande como parece ser hora do stress.


“Mesmo estabelecendo regras, rotinas e desenvolvendo um vínculo saudável com a criança, ela vai testar os limites impostos. Nessa hora, entender o papel da birra* e saber como reagir serão armas essenciais…” Lembre que crianças fazem coisas de crianças*.


E sobre a velha comparação* entre como nossos avós educaram nossos pais e como nós fomos educados por eles, incluindo castigos, palmadas ou apenas valores morais, gosto e referencio as palavras da escritora/educadora Tania Zagury:


“O que ocorreu foi que uma série de fatores se conjugou nas últimas décadas, tornando educar um desafio gigantesco: a influência das novas mídias exacerbando o consumismo; a corrupção (e a impunidade) por parte dos que deveriam dar o exemplo aos mais jovens; a desestruturação da família; a ausência de ambos os pais em casa são apenas alguns deles. Com isso, os pais acabaram perdendo o foco do que é realmente importante. Muitos hoje consideram sua tarefa principal “fazer o filho feliz”, o que acaba resultando em apenas satisfazer desejos e vontades. Anteriormente era “fazer dos filhos, homens de bem”, significando priorizar fundamentos éticos na educação. E isso se alcança com muito diálogo, ensinando a pensar e a não se deixar conduzir por mídias ou grupos. No entanto, é tarefa quase inexequível para quem não tem certeza do que é prioritário”.






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