domingo, 1 de abril de 2012

PIC - No Rio, creches situadas em áreas de risco terão programa piloto

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No Rio, creches situadas em áreas de risco terão programa piloto:
SÃO PAULO - A Prefeitura do Rio estima que, até maio, os coordenadores de pais comecem a atuar em 15 ou 20 creches municipais situadas em áreas de risco, em todas as regiões da cidade.
Essas unidades fazem parte de um programa municipal chamado Primeira Infância Completa (PIC), no qual famílias que não conseguiram vaga para que seus filhos frequentem diariamente creches públicas ou que optaram por não as matricular vivenciam, aos sábados, a rotina de um dia de creche. Além disso, os pais recebem aulas para auxiliar no desenvolvimento de seus filhos, que, para serem beneficiados, devem ter até 3 anos e 11 meses.
A ideia é que os coordenadores de pais do programa Excelência em Gestão Educacional acompanhem essas crianças aos sábados e conversem com os pais. Eles vão ficar atentos a bebês que não estão com desenvolvimento adequado à idade, o que pode ocorrer, por exemplo, com crianças que não andam e nem falam na idade esperada. Nesses casos, eles agendarão visitas às casas das famílias para estreitar o contato.
— Em casa, os orientadores vão ajudar os pais a estimular a criança. Vão ler para elas e falar dos cuidados com alimentação, sono e nutrição. Eles vão ver o que a criança está comendo em casa, checar se os pais estão levando a criança ao pediatra e também orientar sobre outros benefícios a que a família tem direito e não está usufruindo — detalha a secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin.
A escolha de creches que ficam em áreas de conflito foi feita porque a secretaria acredita que a tensão criada pela violência influencia na educação dos pequenos.
— Crianças que vivem em áreas de risco são submetidas a muito estresse. A violência coloca uma tensão enorme nos pais, e isso acaba por influenciar os bebês — afirma Claudia.
Segundo ela, há dois anos, a prefeitura fez uma avaliação que detectou que a evolução de muitas crianças de creches municipais não era adequada.
O projeto piloto durará um ano, mas pode ser ampliado, conforme avaliação dos resultados. Se houver progressos, as 52 creches que fazem parte do PIC podem aderir à iniciativa. E o programa pode chegar também às crianças que frequentam as creches diariamente.
As expectativas em relação aos resultados, segundo a secretária, são grandes:
— Se as crianças tiverem um bom começo, as chances de se desenvolverem adequadamente serão maiores.
A prefeitura já colocou em prática outro projeto no qual as casas de estudantes também são visitadas. A iniciativa atinge 151 escolas do ensino fundamental localizadas em áreas controladas pelo tráfico ou por milícias, e, segundo a secretaria, a evasão escolar nessas instituições caiu de 5,1%, em 2008, para 3,18%, em dezembro de 2011.

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