segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Entenda mais sobre o câncer de pele

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Entenda mais sobre o câncer de pele:

Foto: Corbis Images
Na última semana, o Ministério da Saúde lançou consulta pública para incluir na rede de atendimento oncológico do Sistema Único de Saúde (SUS) a chamada quimioterapia adjuvante, terapia que consiste no uso do Interferona, um medicamento aplicado por injeção, que ajuda o organismo a reagir contra o melanoma cutâneo, tipo raro de câncer de pele.
O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no País. A estimativa é que até o final do ano 500 mil novos casos sejam diagnosticados. O câncer de pele é dividido em dois tipos: melanoma e não-melanoma. O primeiro é o mais agressivo, uma lesão preta, que vai se desenvolver, se transformar e produzir metástases (alastramento da doença). Pode ser um câncer fatal, ao contrário da maioria dos cânceres de pele não-melanoma, que são os tumores com poder de destruição local muito grande e não levam ao óbito.
Segundo o chefe da Seção de Dermatologia do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), Dolival Lobão, qualquer ferimento que a pessoa tem na pele que não fecha no prazo de até 15 dias é uma lesão. “Esse ferimento suspeito pode se tornar um câncer não-melanoma. Mas se qualquer pinta, ou aquelas pintinhas escuras que algumas pessoas já nascem com ela, começam a se desenvolver, elas são suspeitas de melanoma. Por isso, é muito importante que a pessoa procure um dermatologista para analisar essas manchas”, reforça.
O câncer de pele pode ser ocasionado pela pré-disposição genética. “Agora o que vem induzir essa pré-disposição são as exposições solares. A exposição solar é o principal fator que leva ao câncer de pele”, destaca Lobão. Assim, a forma mais eficaz de prevenir a doença é fugir do sol. “O filtro solar é uma grande arma, podemos nos prevenir também com roupas adequadas. Já existem determinadas roupas confeccionadas junto com o protetor. O uso de bonés e chapéus também é indicado. O contato direto com sol tem que ser evitado principalmente pelas pessoas que têm a pele muito clara”, explica o dermatologista.
Ele lembra, ainda, que a presença do sol independe da temperatura. Ou seja, o uso do protetor tem de ser diário, mesmo se o tempo estiver nublado e com chuva. “Atualmente, a incidência do câncer de pele é maior do que anos anteriores. Na estratosfera, temos a camada de ozônio e, como sabemos, essa camada está sendo destruída pela poluição. E com isso os raios ultravioletas penetram na nossa pele sem nenhum tipo de filtro. Daí a necessidade de usar o filtro solar”, destaca.
É importante explicar que os raios solares são divididos em raios ultravioletas A e B. O A causa envelhecimento e o B causa câncer. O A é encontrado de 7h da manhã às 7h da noite na mesma intensidade. O B é mais forte por voltas das 12h. “Então a indicação de tomar sol até às 10h da manhã e depois das 17h pode evitar o câncer, mas não o envelhecimento”, ressalta Dolival Lobão.
O tratamento para o câncer de pele é basicamente cirúrgico. Mas já existem outras modalidades  terapêuticas não-agressivas e não-cirúrgicas, indicadas para cânceres iniciais. O SUS oferece todo tipo de tratamento contra o câncer de pele gratuitamente.
Mônica Plaza / Blog da Saúde

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