segunda-feira, 6 de maio de 2013

ATENÇÃO - Dia do Uso Racional de Medicamentos lembra dos perigos da automedicação

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Foto: Fiocruz
Neste domingo, 5 de maio, é comemorado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos. A data foi criada para alertar sobre as preocupações do Ministério da Saúde frente ao uso indiscriminado de medicamentos e automedicação, que geram o risco de intoxicação, além destacar sobre a maneira correta de tomar remédios.
Dentre as causas de intoxicação registradas em todo o país, as causadas por medicamentos ocupa o primeiro lugar, à frente dos produtos de limpeza, dos agrotóxicos e dos alimentos estragados. Uma pesquisa do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), ligado à Fundação Oswaldo Cruz, mostrou que dos quase 108 mil casos registrados de intoxicação humana, os medicamentos lideraram a lista de principais agentes tóxicos com 30,5% das ocorrências.
O uso irracional além de gerar custos ao paciente, que pode não estar sendo tratado da maneira mais adequada e assim levará mais tempo para a cura, também onera o Sistema de Saúde. A farmacêutica e consultora técnica do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do MS, Geisa Maria Grijó, explica como isso acontece: “Conheço o caso de uma pessoa que ficou tomando chá durante um bom tempo para curar gripe. Além de não curar, ela acabou tendo um quadro de pneumonia severa e ficou internada durante um mês. Um prejuízo para o organismo dela e um gasto para a saúde. Às vezes, ao invés de se ajudar, a pessoa está se prejudicando por querer se curar sem saber exatamente o que tem. Ela poderia ter evitado isso indo ao médico e tomando os remédios certos”.
Automedicação – A automedicação é a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas para tratamento de doenças cujos sintomas são percebidos pelo usuário, sem a avaliação prévia de um profissional de saúde. A farmacêutica Geisa Maria Grijó, explica que remédios são mais perigosos do que parecem ser. “Têm pessoas que tomam dois comprimidos de remédio para dor de cabeça porque acham que um só não vai fazer efeito. As pessoas têm que entender que o medicamento também é uma droga. É um principio ativo de uma droga. Em excesso ou com mau uso pode trazer malefícios”, explica.
O médico que prescreve também precisa estar atualizado com informações isentas de interesses da indústria farmacêutica. A prescrição também deve sempre vir acompanhada de uma orientação adequada, pois de nada adianta um paciente tomar determinado medicamento para pressão alta ou diabetes, por exemplo, e não seguir outras orientações de cuidados com a saúde.
Uso racional – Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso racional acontece quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade. O uso racional também implica na oferta de tratamentos, insumos e tecnologias com base nas melhores práticas terapêuticas e assistenciais, amparadas em evidências científicas seguras, estudos clínicos com resultados confiáveis, e que, principalmente, tenham sido avaliados pelas instâncias regulatórias e de fiscalização no País, no caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ações do Ministério da Saúde – Com o intuito de incentivar o Uso Racional de Medicamentos, o Ministério da Saúde mantém uma lista de medicamentos essenciais (RENAME), além de coordenar o Comitê Nacional para Uso Racional de Medicamentos, incentivar o ensino deste conteúdo nos cursos de graduação e pós-graduação, contribuir para a divulgação de informações isentas de interesse privados e coordenar programas que promovem o acesso aos medicamentos em todo o país, como o Aqui Tem Farmácia Popular.



Camilla Terra / Blog da Saúde

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