Para as capitais, entre 2009 a 2012, o percentual de adolescentes que experimentaram o cigarro caiu de 24,2% para 22,3%, o que significa uma queda real de 8%. Ações de combate ao tabaco estão entre as prioridades do Governo Federal e uma série de medidas para reduzir a atratividade, sobretudo entre jovens, do cigarro vem sendo liderada pelo Ministério da Saúde, como a limitação de publicidade do tabaco, a proibição de patrocínio de eventos culturais pela indústria e a inserção de imagens de advertência sobre as consequências do hábito de fumar nas carteiras de cigarro, e a comercialização de cigarros com sabor, preferido entre adolescentes brasileiros.
Álcool e outras drogas – O consumo de álcool aumenta o risco de violência e acidentes, uma das principais causas de mortalidade em adolescentes e adultos jovens brasileiros. Além disso, o uso de bebida alcoólica está associado ao sexo desprotegido que pode levar a uma gravidez indesejada e a um aumento da vulnerabilidade de adquirir as DSTs/AIDS. Episódios de embriaguez foram relatados por 21,8% dos estudantes e 10% relataram ter tido problemas com suas famílias ou amigos, faltaram às aulas ou se envolveram em brigas, porque tinham bebido.
Outro dado preocupante é a experimentação de drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança perfume, ecstasy): 7,3%. Entre os jovens com 15 anos, 2,6% usaram drogas antes dos 13 anos de idade. O uso de drogas ilícitas está relacionado a uma série de problemas, incluindo baixo desempenho escolar ou abandono da escola, envolvimento com violência e comportamentos depressivos. O uso de crack foi relatado 0,5%.
Crack, é possível vencer – O Ministério da Saúde investiu R$ 840 milhões na implantação das ações do Programa “Crack, É Possível Vencer!” em todo o País. Até o momento, 18 unidades federativas e 48 municípios com mais de 200 mil habitantes já aderiram ao programa. Os recursos são destinados à implantação ou qualificação de Consultórios na Rua, Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), Unidades de Acolhimento (UA) e na criação de leitos em enfermarias especializadas em saúde mental, em UA e em CAPS. Desde o início do programa foram criados 914 novos leitos nesses serviços.
Em todo o País, foram habilitados e estão em funcionamento 32 CAPS AD III, 18 Unidades de Acolhimento, e 45 Consultórios na Rua. A Rede de Saúde Mental conta hoje com 1981 Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). Juntos eles podem realizar 40,15 milhões de atendimentos por ano. Desse total, os CAPs Álcool e Drogas podem realizar mais de 7,8 milhões a cada 12 meses (em 2011 essa capacidade era de 6,2 milhões de procedimentos – aumento de 25%). Ao todo, o Ministério da Saúde vai investir R$ 2 bilhões até 2014 nas ações do programa.
Fonte: Fabiane Schmidt / Agência Saúde
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