19 de novembro de 2010
FONTE: BLOG EDUCAÇÃO
O estudo, divulgado na última quinta-feira (18) aponta os desafios para a educação nos próximos. O retrato, segundo o instituto, está longe do ideal, mas dados sinalizam avanços relevantes. A desigualdade ainda é um dos maiores desafios a serem vencidos.
O Comunicado do Ipea n° 66: PNAD 2009 – Primeiras Análises: Situação da educação brasileira – avanços e problemas mostra que desde 1992, o tempo médio de estudo do brasileiro cresceu 2,3 anos, alcançando 7,5 anos. Se for mantida essa média, o mínimo previsto pela Constituição (8 anos) será alcançado em cinco anos. Porém, a desigualdade ainda é um dos grandes desafios do Brasil quando se trata de melhorar a educação. Confira abaixo algumas conclusões:
Analfabetismo
Segundo o estudo, o analfabetismo na população de 15 anos ou mais ainda é considerado muito alto: 9,7% da população nessa faixa não sabe ler nem escrever. Grandes diferenças são encontradas entre a população urbana e rural (4,4% contra 22,8%), branca e negra (5,9% contra 13,4%), e das regiões Sul e Sudeste (5,5% contra 18,7%). Quando comparados os 20% mais ricos da população e os 20 % mais pobres, a diferença também é grande: 2% contra 18,1%. Quanto à idade, a faixa acima de 40 anos registra o maior percentual: 16,5% de pessoas que não sabem ler e escrever.
Anos de estudo
A média de anos de estudo na população com 15 anos ou mais de idade é de 7,5, abaixo do mínimo de oito anos previsto na Constituição Federal.
Defasagem
Outro problema enfrentado pela educação brasileira é falta de adequação da idade ao grau de ensino. Na faixa entre 15 e 17 anos, mais de 85% das pessoas estão na escola, mas apenas 50,9% frequentam o ensino médio.
O baixo índice de conclusão reflete dificuldades não só na rede escolar como também na vida dos alunos. Atualmente, apenas 66,6% dos alunos que entram no ensino médio conseguem concluí-lo.
Hiato Educacional
A quantidade média de anos de estudo que os brasileiros abaixo da meta da educação (8 anos) precisariam para atingi-la, ou hiato educacional, tem caído, especialmente entre as faixas mais jovens da população. Entre as pessoas com 30 anos ou mais, o hiato é de 5,1 anos, o que fica abaixo da metade da meta. Já na população entre 15 e 17 anos, o hiato cai para 2,8 anos.
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