Oficina de Vídeo/Cinema - Prof°Bruno Bentolila
“Riodiversidade” foi o tema escolhido para o Projeto Político Pedagógico nesse ano de 2010. A partir da temática, os alunos Oficina de Pintura Contemporânea manusearam fotos dos pontos turísticos da Cidade do Rio de Janeiro encontradas em livros, revistas, cartões postais.
Por ser o Ano Internacional da Biodiversidade. Explicamos sobre a abrangência da palavra Biodiversidade...Viram que é o conjunto de espécies que estabelece uma inter-relação no qual cada ser, por mais simples que seja, tem uma função fundamental na composição do ecossistema. Quando uma mata é destruída, além da perda de biodiversidade, que é para sempre, todo o carbono estocado na vegetação (tronco, galhos e folhas) é lançado para a atmosfera na forma de gás carbônico, juntamente com outros gases, agravando, e muito, o problema do aquecimento global.
Eles escolheram o JARDIM BOTÂNICO como fonte de inspiração para produção artística.
Na aula seguinte a escolha do tema, exibimos para eles o filme “Um Pé de Quê”, apresentado por Regina Casé.
Nossos alunos conheceram e entenderam um pouco da importância do lugar. Criado por D. João VI, em 1831 para um jardim de aclimação para cultivar e adaptar plantas e especiarias do Oriente. Saiba mais
Por ser o Ano Internacional da Biodiversidade. Explicamos sobre a abrangência da palavra Biodiversidade...Viram que é o conjunto de espécies que estabelece uma inter-relação no qual cada ser, por mais simples que seja, tem uma função fundamental na composição do ecossistema. Quando uma mata é destruída, além da perda de biodiversidade, que é para sempre, todo o carbono estocado na vegetação (tronco, galhos e folhas) é lançado para a atmosfera na forma de gás carbônico, juntamente com outros gases, agravando, e muito, o problema do aquecimento global.
Eles escolheram o JARDIM BOTÂNICO como fonte de inspiração para produção artística.
Na aula seguinte a escolha do tema, exibimos para eles o filme “Um Pé de Quê”, apresentado por Regina Casé.
Nossos alunos conheceram e entenderam um pouco da importância do lugar. Criado por D. João VI, em 1831 para um jardim de aclimação para cultivar e adaptar plantas e especiarias do Oriente. Saiba mais
Onde foram aclimatadas várias espécies exóticas ao bioma brasileiro, em 1822 foi aberto à visitação.
Viram a importância do herbário na preservação das espécies da flora onde são guardados exemplares colhidos em um determinado local, geralmente composto de milhões de exemplares, acumulados ao longo de muitos anos e que documentam a flora de um o mais continente, essas espécies são prensadas e secas, dispostas segundo determinada ordem e disponíveis para referencia ou estudo. Conheceram grandes nomes que trabalharam para o seu enriquecimento entre eles Roberto Burle Marx e Margareth Mee.
Paisagista brasileiro nascido em São Paulo, SP, que se tornou conhecido por dar às criações uma orientação ecológica. Ainda criança, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, onde estudou pintura e arquitetura na Escola Nacional de Belas-Artes. Iniciou a carreira de paisagista (1933). Sua primeira obra relevante foi o jardim do prédio do Ministério da Educação (1938), “palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro”. A sua obra, esteve na maioria das vezes conjugada à de Oscar Niemeyer e de outros arquitetos, o parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, e os jardins da sede da UNESCO, em Paris (década de 1960). Além da pintura também criou tapeçarias e jóias, bem como murais em concreto, mosaico, azulejos e granito. Para seu Sítio em (1949), denominada de Sítio Burle Marx, começou a levar sua coleção de plantas, iniciada quando tinha seis anos de idade. E lá permaneceu até sua morte em 4 de junho (1994).
Conhecido por sua preocupação ambiental na preservação da flora brasileira, ele inovou ao usar plantas nativas do Brasil em suas criações e isso se tornou sua característica marcante. O “estilo Burle Max” tornou-se sinônimo de paisagismo brasileiro no mundo.
Margaret Mee (1909-1988) foi uma artista Inglesa, que se apaixonou pela flora brasileira. Considerada uma das mais importantes ilustradoras botânicas do século XX. Em 1952, veio ao Brasil lecionar arte na Escola Britânica de São Paulo. Defensora da biodiversidade e da conservação do seu ecossistema colaborou de maneira fundamental para o desenvolvimento da botânica, pois desenhava com riqueza de detalhes a flora brasileira como, bromélias, orquídeas, cactos, flores. A fidelidade da forma e da cor sempre impressionou.
Em 1968, veio morar no subúrbio do Rio de Janeiro, seguindo a sugestão do artista paisagista botânico Roberto Burle Marx, quem a acompanhou nas expedições. Normalmente, além da observação da natureza, tinham o objetivo de coletar espécies de plantas tropicais para os seus jardins.
Iniciando seu estágio no Jardim Botânico, ela acaba trabalhando nos anos 70 e 80. Dessa maneira, Margaret contribuiu muito para o enriquecimento dos Jardins do Rio de Janeiro, doando espécies de plantas recolhidas nessas viagens.
Várias espécies coletadas por ela depois de ser pintadas eram enviadas para o sítio do amigo Burle Marx, que hoje ajudaram a compor o Orquidário e o Bromeliário do Jardim Botânico. Em uma das suas citações Burle Marx disse:
“A obra de Margaret Mee é de inestimável valor para a ciência botânica e para aqueles que, por amor, buscam uma melhor compreensão da natureza.”
Hoje temos um Jardim Botânico contemporâneo, que está ampliando seu campo de atuação. Empenhado na inclusão social, conduzindo projetos com as comunidades vizinhas quer sejam residenciais, escolares ou empresariais. Esta vertente do Jardim Botânico demonstra seu caráter dinâmico e inovador; promovendo ações que buscam congregar pessoas em torno da melhoria da qualidade de vida.
Pela beleza, exuberância e variedade da Flora, muitos artistas tem despertado inspiração e desejo de usá-las como tema em seus trabalhos, existindo até aqueles que dedicam a maior parte de sua obra a essa temática. Falamos que era lá que o maestro: Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim compunha belas canções “regendo a sinfonia dos pássaros” Buscando inspiração debaixo da sombra das árvores centenárias, deixando para trás o calor e o caos da cidade.
Passando seus 200 anos de criação, talvez seja o melhor momento para o Jardim Botânico mostrar seu acervo. Falamos que é possível avistar o Corcovado! Ficaram sabendo o porquê do nome, ao dizer que vem do formato corvo do morro, que lembra uma “corcunda” ou “corcova”.
Onde se destaca a estátua do Cristo Redentor que pode ser vista desde muito longe, tanto por navegadores vindos do mar aberto, como do fundo da Baia de Guanabara, da Baixada Fluminense ou até da Região Serrana. Saiba mais.
A pintura de Jorge Guinle é uma prova da pintura permanentemente viva. Guinle (1947-1987) surge no fim dos anos 70, no sentido contrário da desmaterialização da arte em voga na década e influencia o surgimento da Geração 80, tornando-se uma importante ligação entre esses dois períodos da arte brasileira.
Para este artista importava trabalhar com os recursos próprios da pintura, retirando dela um forte poder expressivo. Neste esforço para desenvolver a linguagem pictórica, ele avançou na tradição da pintura brasileira, atualizando o movimento internacional da Trans vanguarda, que pregava contundentes efeitos visuais e ênfase no uso da matéria.
Nascido em Nova York, Jorge veio ainda bebê para o Brasil. Depois também morou muito tempo em Paris e nos EUA, antes de fixar-se em definitivo no Brasil. Destas experiências e vivências, trazia em sua bagagem um profundo conhecimento de arte. Muito culto, partilhava em sua vida e aplicava na sua produção as referências que coletava ao longo de seus estudos e viagens.
...De imediato, a obra de Guinle surpreende pelas intensas relações cromáticas e pelo dinâmico jogo de áreas coloridas. Sua obra traduz a vibração da vida, perceptível na utilização das cores primárias, que dialogam e contrastam entre si e na generosidade da convivência entre desiguais grandes e pequenas manchas, que se perdem na indefinição de seus limites. Passagens de cores, recursos gráficos, traços sinuosos, contrastes de luz e sombra imprimem movimentos à tela. Por isso o olhar fica muito tempo extasiado pelas pinceladas rítmicas, pela presença do intenso vermelho e do denso azul e pelos largos gestos que o artista traça na obra.
Guinle usou de toda liberdade no seu fazer artístico, traduzida na matéria pictórica e expressiva e na exigência de um campo amplo, que só cabe numa grande tela.
Compulsivo, varava noites e noites produzindo suas telas, em trabalhos simultâneos que levavam impressos em si todo o vigor e energia do artista. Seu estúdio era seu próprio apartamento no Rio de Janeiro, a própria imagem do caos, com tintas espalhadas por todos os lados. Desde a entrada do prédio até seu apartamento, gotas de tinta se espalhavam pelo chão e mostravam o caminho.
Nas telas, sua pintura expressionista, abstrata, forte e vibrante, destacou-se das demais. Guinle, dentre os de sua geração, é um dos nomes mais importantes e respeitados, servindo de referência e inspiração para tantos outros.
Sua trajetória aconteceu no Brasil em sua totalidade. Aqui ele fixou residência, produziu suas obras e conquistou valor, respeito e admiração. Percorria o mundo visitando feiras e exposições, mas não chegou a alcançar expressão no exterior.
Entre 1985 e 1986 sua pintura se mostrou com mais força. Depois, durante o avanço de sua doença, foi tornando-se cada vez mais suave. Jorge Guinle continuou produzindo até a sua morte.
Uma pessoa brilhante, inteligente e extremamente generosa com seus amigos, que se relacionava muito bem com outros artistas. Observador, não escolhia momento ou lugar para extravasar sua criatividade, desenhando sem parar. Se estávamos sentados em um bar, Jorge escolhia as pessoas e as desenhava ou produzia caricaturas. Era sempre uma presença surpreendente e divertida, com comentários pertinentes a respeito de qualquer assunto.
Profundamente ligado a todas as expressões de arte, também gostava de escrever sobre o assunto. Relacionava-se muito bem com os outros artistas de sua época. Entrevistava estes artistas e falava sobre os trabalhos aos quais ele tinha acesso, publicando textos excelentes em jornais e nas revistas especializadas.
Sua produção concentra-se nos últimos sete anos de sua vida. Apesar da curta carreira, interrompida pela sua morte precoce, sua produção foi bastante rica, intensa e expressou um acelerado amadurecimento artístico. Em uma década construiu uma carreira que o tornou referência para a pintura contemporânea'.
Texto de LUISA STRINA
Perguntaram-me qual o artista que representa o povo Carioca, eu pensei bem, e disse: vou apresentar a vocês o Artista Plástico Jorge Guinle, na aula seguinte, mostrei imagem de seus trabalhos e contei um pouco da sua vida.
Selecionamos para releitura, sua produção mais significativa. As pinturas que concentram nos seus últimos sete anos de vida, por chamar atenção pelo vigor e pela complexa referência aos movimentos. Falamos que o seu trabalho constitui-se num importante incentivador do grupo de jovens artistas conhecido como Geração 80 originário da Escola Artes Visuais do Parque do Lage, no Rio de Janeiro (O movimento resgatou a pintura gestual, experimental, reabilitando o gosto , a alegria de pintar ).Essa fase é uma explosão de cores, formas, direções, curvas, contrastes, texturas. Um banquete para aqueles que se atraem pelo estímulo visual. O trabalho de Jorge Guinle é, antes de tudo, uma experiência sensorial.
Para retratar as obras de Jorge Guinle, utilizamos colagem de tecidos em malha colorida. Mostramos a eles o quanto a colagem é importante na arte.
“Uma técnica que através da qual, desenvolve-se a capacidade criativa” na 'descoberta' de cores, texturas, formas, pois garante a curiosidade na experimentação de materiais. Consideramos uma grande aliada dos artistas, uma vez que essa técnica ajuda no desenvolvimento da criatividade (técnica também conhecida como“assemblage”).
Presente ao longo dos tempos, ela foi exercitada por vários grandes nomes das artes plásticas, como: Picasso, Matisse, Georges Braque, Hélio Oiticica, Guignard, Lygia Clark, Marcel Duchamp... Foi o nosso primeiro momento de criação e tivemos como inspiração as obras de Jorge Guinle, ao exibirmos slides de suas obras.
Tendo em mãos as suas reproduções como referência, desenvolvemos várias etapas, elegemos os tamanhos e tipos dos suportes, selecionamos as cores, os retalhos, até chegar o momento de produção final da composição.
Foi para nós um grandioso momento de comprovamos na prática a importância e eficácia dessa técnica, que se mostrou um precioso recurso de ferramenta.
No começo a proposta causou certo estranhamento por utilizar tecidos coloridos no lugar de tinta. Dissemos a eles que colagem também é classificada como técnica de pintura e que muitos artistas utilizaram parcialmente em suas pinturas que também tem a nomenclatura de Assemblage. São técnicas que aplicamos com os alunos em vários níveis de escolaridades, nos quais se busca que se expressem através da forma, da cor, do espaço, do volume e da textura suas produções plásticas. Acreditamos que educando o olhar dos nossos alunos, possibilitando atividades que estejam além do fascínio das cores, das formas, dos ritmos e composições, eles possam compreender e pensar criticamente sobre as imagens apresentadas.
AS BORBOLETAS!
Como surgiram as borboletas?
A proposta das borboletas surgiu, após encontrarmos uma borboleta no ateliê.Sendo assim resolvemos pesquisar sobre a sua metamorfose e o seu ciclo de vida.
A turma viu um vídeo em que a lagarta se transformava em borboleta. Viram que: As borboletas põem ovos, que viram lagartas, comem folhas, crescem rápido, formam a crisálida e casulo, lá dentro, depois de alguns dias, se transformam em borboletas, rompem os casulos, secam as asas e saem para voar, acasalam e o ciclo se repete.
É interessante mesmo! Cantaram a 'música '...Borboletinha ta na cozinha, fazendo chocolate para madrinha, poti, poti, perna de pau, olho de vidro e nariz de pica pau..., que já haviam aprendido na série anterior e aproveitando o momento!.
Mostramos slaid´s com a música da cantora Pop Luciana Melo, que diz em sua letra: Borboletas são tão belas o que seria delas se não pudessem voar? O céu e as estrelas não poderiam vê-las passar Lá fora eu vejo um...
Produção das borboletas
Buscamos em lojas de artesanatos vários papeis de decoupage com a temática “borboleta”. Os alunos da oficina de produção selecionaram as mais interessantes e de variados tamanhos.
Ao agrupar, colaram em papel tamanho A3, promovendo matrizes, que em seguida tiramos varias fotocopias dos exemplares selecionados por eles.
Os alunos recortaram todas as borboletas, a proposta foi bem aceita pelos alunos, mostrei como recortar na pratica. Para os alunos pequenos aproveitei para exercitar a coordenação motora, a percepção e a concentração.
Utilizaram as borboletas recortadas para modelo na busca de inspiração, sensibilizando-os em suas leituras e criações.
Ao observar fotografias e reproduções de borboletas, eles desenharam e pintaram.
Observação: Não gostaríamos de propor como recomendação a pratica de figuras já pré estabelecidas e prontas (Sei que é um assunto bastante controvertido, não recomendaria aos colegas professores o uso de “imagens já prontas para recortar”, não acredito, por experiência própria, que resultados criativos venham de tal atividades, muito ao contrário, cerceia-se a atividade criadora com a imposição de moldes pré estabelecidos, mais aplicando como exercício a coordenação motora, achei necessário aplicar essa técnica).
OS CASULOS
Em seguida veio a proposta dos casulos. Já com os casulos, nossos alunos não partiram de nenhum exemplo concreto, suas inspirações vieram no momento que assistira o filme de animação, mostrando a metamorfose da lagarta, que em seu processo de transformação constrói suas crisálidas e casulos.
Eles criaram casulos, tendo como suportes canudos de papelão e tubo plástico, utilizaram barbantes com fios naturais para modelar as peças, que impermeabilizadas com cola branca, ficaram preparadas para receber pintura.
Os casulos se tornaram objetos escultóricos! Idéia que nos deslumbra, pela surpresa da originalidade. Desde a sua criação, suas formas, vão muito alem da beleza plástica, materializam o conceito de arte.
As cores alegres despertam o olhar para as texturas, formas e volumes da obra, uma riqueza de detalhes.
Todo um colorido aplicado em fios de barbantes crus nos convocam a usar o tato, atraídos pelas texturas e das formas de seus bojos. São esculturas de cores vibrantes aplicadas nos volumes, que apresentam cores da infância. São vários os casulo, objetos escultóricos, angulosos, coloridos e leves. São também majestosos, enigmáticos, poéticos. Deslumbram pela surpresa de originalidade de criação.
Inspirados na riqueza da paisagem tropical do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, das árvores nativas de Mata Atlântica representam um cenário de exuberante esplendor, destacando-se pelas variedades e pelas peculiaridades das coleções de plantas, com suas raras espécies da floresta brasileira e a diversidade de árvores compondo a paisagem tropical.
Para retratar a Mata Atlântica, nossos alunos elegeram na representação do elemento plástico, o Cipó que pertence a um grupo de plantas que germinam no solo, mantêm-se enraizadas durante toda sua vida. Crescem em direção a luz disponível sobre as folhagens e galhos das árvores e também muito encontrado na Mata Atlântica. (http://world.mongabay.com/brazilian/004.html).
Marca registrada das floresta tropicais – embora ocorram também em outros ecossistemas – cipós brasileiro exibem uma diversidade impressionante, seja na Mata Atlântica, seja na Amazônia. Diferentes das árvores e ervas, essas estranhas plantas de longas fibras chamam mais a atenção dos viajantes por suas formas retorcidas, emaranhadas, espiraladas, enfeixadas ou trançadas.
Sua presença tornou-se hábito nas casas do subúrbio do Rio de Janeiro.
Uma serie com tubos flexíveis com movimentos encantadores e divertidos. Entre suas formas coloridas, com simples movimentos majestosos. Assim como, se pode compor cores ou formas, de modo que pode compor movimentos de livre flutuação, um efeito muito elegante e experimental com tecidos coloridos.
Uma arte de pendurar, promovendo efeito artístico que dá liberdade para girar, e estímulos visuais.
Movimentos criação uma forma de arte onde as cores vivas dos tecidos foram revestidas nos tubos flexíveis, elementos, a arte visual equilibrado de movimento são penduradas livremente.
Apresentamos aos alunos uma prensa utilizada para a desidratação das folhas onde se extrai as informação sobre espécies das plantas, condicionadas entre folhas de jornal velho.Uma pranchas de madeira, tecnicamente conhecidas como prensas.
Eles viram a importância de se preservar as espécies da flora através do herbário que é uma coleção de plantas, prensadas e secas, dispostas segundo determinada ordem e disponíveis para referencia ou estudo.
Como fazer um herbário?
Uma prensa que seca o material colhido?
São duas placas de madeira, com furos nos quatros cantos e quatro parafusos compridos com porcas de orelhas e jornais, sobre uma das placas de madeira, coloca-se vários jornais, depois um exemplar completo da espécie a herborizar (com caule, folhas e flores/frutos, eventualmente raízes) dentro de um jornal e, novamente, jornais vazios. Não esquecer, de colocar junto a cada planta colhida, uma etiqueta com os seguintes elementos: nome da planta (científico, se conhecido, ou vulgar), local da colheita (o mais pormenorizado possível, com distrito, conselho, lugar, ecologia, se é seco/úmido, próximo de caminhos, altitude, etc.) data da colheita, nome do coletor.
É importante haver jornais entre os exemplares, para a umidade que sai das plantas seja absorvida e assim, evita-se o crescimento de fungos (bolores) nas plantas e fermentações.
Depois de prensadas todas as plantas colhidas, coloca-se, a outra placa de madeira e apertam-se as porcas de orelhas dos parafusos, até sentir alguma pressão, de modo que as plantas fiquem espalmadas, mas não esborrachadas!!!. Têm que se mudar os jornais com frequência, de início todos os dias e, posteriormente, à medida que a planta vai secando, vai-se diminuindo a frequência de substituição dos mesmos.
Para surpresa de nossos alunos, recebemos a doação de uma prensa confeccionada pelo Sr. Fernando Coropos, pai da nossa diretora Mônica Coropos, ajudando a enriquecer nossa obra.
Parque da Vizinhança Dias Gomes
No dia 13 de outubro de 2010, os alunos, do Núcleo de Arte Grande Otelo, tiveram a oportunidade de apresentar uma pequena parte dos trabalhos “Jardim Botânico” produzidos na oficina de pintura/artes visuais. Reafirmando a importância das artes, dos artistas e do papel que eles exercem na construção do conhecimento. Com dedicação e pesquisa, nossos alunos buscaram conscientizar o público mostrando a importância de se proteger a natureza.
Foi importante expor a produção dos nossos alunos, promovendo maior visibilidade no contexto fora da escola. Acreditamos que, na maneira criativa de expor as obras, despertou atitudes de curiosidade, atraindo a atenção, para uma observação mais atenta e cuidadosa sobre os conceitos da arte contemporânea. O público pode observar como nossos alunos exploraram o tema, dando diferentes soluções.
No dia 9 de novembro, foi à sensibilização para a Aula-passeio no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Alunos e Professores do Núcleo de Arte Grande Otelo tiveram o privilégio de receber a escritora Renata de Faria Pereira. Com sua simpatia e carisma, aliados a profundos conhecimentos em paisagismo, arte e Educação Ambiental, Renata apresentou seu projeto “Acreditar para ver”, passeio cultural. Disse que foi Concebido de modo a oferecer aos professores e alunos, informações necessárias à implantação de prática de Educação Ambiental.
Esclareceu que o projeto 'Acreditar para ver' é um filhote de um projeto maior chamado CAMINHOS DO RIO, de passeios culturais para estudantes do Ensino Fundamental.
A escritora mostrou seu material pedagógico, com atividades que incentivam a descoberta de espécies vegetais por meio de curiosidade, brincadeiras e desenhos, tratando, de forma criativa, as questões ambientais, auxiliando no apoio didático, favorecendo a ampliação do vocabulário e desenvolvendo habilidades artísticas e as competências dos nossos alunos.
Não é permitida a retirada de qualquer material botânico pelo público visitante! Mesmo os que estejam no chão.
Preserve o ambiente que você está! Não risque os troncos das árvores, não pise no gramado e nas plantas e não tente subir nas árvores.
Não alimente os animais! Os animais silvestres não possuem muitas defesas biológicas contra doenças.
Estaremos em um ambiente freqüentados por diversas pessoas e é de grande importância a percepção sonora do ambiente, então não grite!
Lugar de lixo é na lixeira! Nunca no chão!
Não se separe do seu grupo!
JARDIM BOTÂNICO
O Projeto RIODIVERSIDADE, do Núcleo de Arte Grande Otelo, teve como ponto alto - e muito esperado! - a ida dos nossos alunos ao Jardim Botânico. Para a realização da aula-passeio, nosso projeto convidou a escritora Renata de Faria Pereira com seu projeto Caminhos do Rio, que desenvolve junto a muitas escolas. Seguindo a proposta da escritora, antes da aula-passeio, os alunos participaram de um 'workshop', com a ajuda dos professores, em classe, onde receberam um caderno de apoio com atividades para prepará-los e sensibilizá-los sobre os conteúdos propostos para caminhada. Ali, em sala, eles realizaram algumas atividades do caderno e assistiram também a uma pequena projeção, com imagens de lindas espécies vegetais. Nossa! tudo era uma grande novidade!. A beleza das imagens motivava todo o grupo às descobertas que iriam vivenciar.
Para aquisição do 'passaporte' dos nossos estudantes ao Jardim Botânico, com gratuidade, a professora Mônica Coropos participou de um encontro com a Divisão Educativa do Jardim, recebendo orientações de biólogos, professores e pesquisadores - ação educativa que visa mostrar a importância do Jardim Botânico e seu papel no desempenho de múltiplas funções, dentre elas, a de enriquecer projetos culturais de comunidades escolares de nossa cidade. A ação educativa do mais belo jardim do Rio, ao demonstrar seu caráter dinâmico e inovador, voltado à educação das crianças e jovens cariocas, congrega inevitavelmente todos nós na busca por uma vida melhor.
Nossa visita ao Jardim Botânico privilegiou a DIVERSIDADE - que encontramos, aos milhares, nas formas, texturas, tamanhos e cores das plantas - nas raízes, caules, folhas e copas, e até na incidência da luz através das altas folhagens da floresta.
Não há dúvidas que foi tudo preparado com muito carinho. Tivemos a ventura de contar com a valorosa participação de muitos voluntários, dentre eles, a escritora Renata, a mãe de família, Maria Isabel Figueira de Melo (Belinha), e o 'empresário-oculto', que resolvermos chamar de 'beija-flor'. Eles nos receberem de braços abertos, deram a cada estudante um bolinho de chocolate e uma bolsinha de lanche, contendo ovos cozidos, maçãs, todinhos, sanduíches e biscoitos!
Nossa querida 6ª Coordenadoria Regional de Educação, também nos proporcionou outro rico lanche, juntamente com o translado de nossos alunos em um magnífico ônibus, com banheiro e ar-refrigerado. Os professores Jabim Nunes e Mônica Coropos, sendo ela Chefe do Núcleo de Arte, acompanharam o grupo do início ao fim.
“Foi uma experiência excelente para nossa equipe, constatar que, ao final de um ano de trabalho e dedicação, temos alunos prontos para produzir e criar, com olhar sensível, aguçado e crítico, para as diversas possibilidades de se fazer Arte”. Olhá-los a manusear o caderno de atividades Caminhos do Rio, durante o passeio, foi muito compensador.
Afinal, não foi uma visita de pura diversão e lazer, apenas. Tínhamos o compromisso com o conhecimento, com a arte e a ciência, e com o desenvolvimento de suas múltiplas linguagens, habilidades e competências. Durante a caminhada, com o caderno de atividades em mãos, a escritora ia ajudando a turma a verificar, ao vivo e a cores, as espécies vegetais. Era surpreendente como os estudantes ficavam maravilhados com as descobertas.
A capuchinha, então, foi um sucesso! Vimos um pouquinho de tudo. Antes de entrar no parque, conhecemos a árvore 'rosa da montanha', a folha que parece um lírio, a 'enforcadeira' e o lago das tartarugas. Visitamos o 'Jardim sensorial', onde sentimos muitas espécies com perfumes e conhecemos formas e texturas diferentes, como a hortelã, a erva-doce, o coração magoado e a cebolinha. Depois, vimos o 'Mogno' e o 'Pau-Brasil', o lago com a cachoeira e o cactário, que foi incrível.
Dali em diante, subimos uma rampa e ingressamos na Mata Atlântica, uma floresta com árvores muito grandes, onde avistamos inclusive a 'Parkia', uma árvore gigante da Amazônia.
Caminhamos, depois, para o lago, da 'Vitória Régia' e da 'casinha' do Frei Leandro e, dali, por um bambuzal, chegamos na alameda das 'Palmeiras imperiais', super altas, e junto à imensa 'Sumauma', com raízes gigantescas, onde tinha muito algodão voando.
Seguimos até a 'Árvore de papel' e, depois, para o 'Pau-ferro', que é na cor ferrugem, com um amarelo ocre, bem forte.
Passamos pelo 'Abricó de macaco', de sua triste história, e chegamos, enfim, no parquinho para o lanche! Descansamos e nos alimentamos.
Barriguinha cheinha, pé no caminho! No final do passeio, conhecemos o 'Bromeliário', onde a cientista Dra. Suzana deu-nos preciosas explicações sobre a importância das espécies encontradas na Mata Atlântica. Na Mata Atlântica, em apenas uma árvore é possível encontrar até quinhentas bromélias, cada qual com enorme quantidade de seres abrigados entre as folhas. As bromélias são imprescindíveis para garantir o equilíbrio ecológico de toda a região. 'Nas florestas tropicais da América existem verdadeiros pântanos suspensos sobre as árvores', escreveu um biólogo francês depois da descoberta, para ele surpreendente: uma variedade enorme de animais aquáticos, típicos habitantes de pântanos e lagoas, consegue viver a 30 metros de altura, junto às copas das árvores. Desde microscópicos protozoários e larvas de insetos até pequenos vertebrados, como os sapinhos arborícolas, sobrevivem naquela altura graças a pequenas quantidades de água de chuva ou de orvalho acumuladas pelas bromélias.
Visitamos também, com Suzana, o 'Orquidário', onde conhecemos orquídeas lindas - brancas, amarelas e cor-de-rosa, grandes e pequenas
Durante a vista tivemos algumas recomendações para garantir momentos agradáveis e proveitosos.
A partir dos elementos encontrados no percurso da caminhada Renata passou informações das mais diversas áreas de conhecimento (ciências naturais, artes visuais, antropologia, entre outras), no intuito de fazer perceber a importância dos vegetais para a vida no planeta, bem como suas intrínsecas relações com as questões sócio-culturais e artísticas.
O ônibus nos apanhou às 14 horas, no portão do jardim, que fica na Rua Pacheco Leão. O Sr. Raimundo nos conduziu com agilidade e segurança. Foi um passeio inesquecível, que esperamos poder repetir um dia!
Texto: Jabim Nunes, Mônica Coropos e Renata Faria.
Para finalizar, reafirmamos que nós, do Núcleo de Arte Grande Otelo, estamos conscientes de que é possível preservar e melhorar as condições ambientais do nosso planeta e da nossa Cidade Maravilhosa! Basta, para tanto, apenas muita coragem e iniciativa, pois acreditamos que estamos fazendo a diferença: somos sonhadores e idealistas, como o Menino do Dedo Verde, transformaremos o mundo.
MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO
Propomos por meio de diferentes modos e níveis do saber, o gosto em admirar, apreciar e julgar quando oportunizamos aos alunos atuarem na elaboração, no planejamento e na organização da exposição.
Ao apropriarem-se dos conceitos, uma vez que são parte integrante de todo processo de organização, os alunos aprendem que a arte é uma linguagem, e como tal, pode ser estudada nos seus princípios formais, levando-os a agirem não somente como contempladores mais interagindo, dialogando, estabelecendo relações na construção do conhecimento...em suma: sentem-se protagonistas do fazer artístico.
Coube a nós diversificarmos nossos métodos, buscando novas formas para desenvolver neles o prazer de aprender e fazer arte despertando sua imaginação, a crítica reflexiva do fazer poético e da leitura do mundo.
Estimulamos sua sensibilidade, propondo-lhes que sejam produtores e espectadores das produções artesanais com as quais interagiram, participaram, dialogaram e estabeleceram relações, dando continuidade à busca do conhecimento a partir dos temas elencados por eles.
Foi muito gratificante para nós acompanharmos todo o processo da oficina, estimulando os alunos, levando-os a refletirem sobre situações pertinentes à arte, buscando soluções para questões que impulsionam a criatividade e, ao ultrapassarem obstáculos, desenvolveram o gosto pela arte.
Apresentamos ao público um expressivo olhar dos nossos alunos pela paixão em defesa do nosso planeta. Dialogando com a produção artística contemporânea nossos alunos buscaram inspirações no jardim Botânico, em Roberto Burle Max, Jorge Guinle, Margareth Mee e na Mata Atlântica. Tiveram oportunidade de conhecer com aprofundamentos os conceitos plásticos, ao apropriar-se de textos históricos - bibliográficos, críticos e, reproduções de obras, vídeos e slid´s, workshop e aula-passeio.
Isso resultou no experimento estético entre o aluno/observador, pesquisador/produtor de arte. E na experiência de todo o processo percorrido frente as suas produções,vivenciando experiências ao dialogar com suas criações fluindo,refletindo e poetizando. Desenvolvendo suas potencialidades nos conceitos da arte, rompendo com temas tradicionais, dando origem a novas obras.
Para criar um clima de floresta ao buscar inspiração na Mata Atlântica, eles elegeram como elemento representativo o cipó, utilizando conduítes elétricos, que ao manipularem sugeriram originalidade, tornando-os um objeto escultórico. Suas criações, vão muito alem da beleza plástica. As inspirações nas obras de Jorge Guinle resultaram nas “descobertas” das cores, formas e texturas. Apropriando-se dos elementos alternativos. Eles abordaram as imensas riquezas das suas obras, os significados contidos nas suas produções. Tiveram oportunidade de conhecer, vivenciar e produzir arte. Agruparam as borboletas em tamanhos e formas variados aplicadas na parede. Os casulos ganharam formas circulares, escultóricas e suspensas, tendo como suportes rodas de bicicletas, propondo o espectador circular por seu redor, reportando nele o olhar para as texturas, cores e volumes em seu coletivo.
Respirem fundo... Sintam o perfume da floresta! Perceba o canto dos pássaros, os tucanos sobre as imensas árvores, a densidade da mata, a variedade de formas das diferentes espécies de plantas, o brilho do sol nas folhagens, os casulos, as borboletas ao nosso redor, os macaquinhos que nos observam, agarrados nos cipós da Mata Atlântica, o vento movimentando as folhas das árvores, a vida da natureza que pulsa a cada instante... Sejam Bem-Vindos!
VISITA NO ATELIER :
Thais Pavel ( Professora)
Cláudia Regina Ferreira (Professora)
Luciana Rodrigues (Professora)
Jô Buarque de Gusmão ( Diretora)
Mônica Coropos ( Chefia)
Bruno Bentolila (NA)
Apoio técnico:
Bruno Bentolila (NA)
Visitando a exposição:
Daise Freitas (xuxú) (Professora),
Eliane Paixão ( GED),
Denise Tomé (GED).
Voluntários:
D. Vera Lúcia de Oliveira Sixee,
Renata Faria Pereira,
Fernando Coropos,
Maria Isabel Figueira de Melo (Belinha).
Meus Consultores Artísticos:
Imaculada da Conceição Marins,
Denise Macieira,
Eduardo Salabert.
Supervisão da escrita Poética: Mara Lúcia Silva dos Santos, Renata de Faria Pereira, Paula de Oliveira.
Assessoria Artística: Regina Ayala Hornung Nunes.
Web Designers: Anderson Dias, Regina Ayala Hornung Nunes.
Revisão de texto: Lara Alves.
O acervo fotográfico leva os créditos dos professores:
Bruno Bentolila,
Eduardo Salabert,
Imaculada da Conceção Marins,
Jabim Nunes,
Mônica Coropos.
AGRADECIMENTOS:
A Deus, Regina Hornung (Minha Esposa), A Equipe de chefia e Professores do Núcleo de Arte Grande Otelo, A Equipe de Diretores do Ciep Zumbi dos Palmares, A 6ª COODENADORIA DE EDUCAÇÃO, D. Vera Lúcia de Oliveira Sixee, Renata Faria Pereira e Pindorama Filmes/Regina Casé.
“Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mais quem vai acompanhado, com certeza vai mais longe!
Bola de Meia, Bola de Gude
14 BIS
Composição: Milton Nascimento
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão
E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão
Gostaríamos de expressar nosso carinho a toda equipe e colaboradores do Ciep Rubens Gomes e, em especial, aos familiares do estudante Wesley Guilber. Que Deus esteja sempre presente nessa comunidade, dando força, alegria, coragem e sabedoria. Muito obrigado! Núcleo de Arte Grande Otelo, 2010.
Prof°. Jabim Nunes
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